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O professor Marcelo Vitorino, especialista em marketing e comunicação política, argumenta que a compreensão e conhecimento sobre o uso das múltiplas plataformas de comunicação serão muito utilizados na campanha municipal.
O WhatsApp é o principal meio de comunicação do eleitor brasileiro e parte das informações é trocada em grupos de aplicativo. É o que releva a pesquisa da Gerp em parceria com a Presença Online e a Vitorino&Mendonça. O levantamento, em sua quarta edição, traz o perfil eleitor conectado e busca compreender o que chama de “formação discursiva e simbólica dos eleitores conectados às plataformas tecnológicas de comunicação”.
Foram feitas 3.955 entrevistas entre 1º de março e 14 de junho. A pesquisa completa, análise e comentários constam no livro “Quem é o eleitor conectado”.
Na internet, aponta a pesquisa, o celular (48% no pós-pago e 43% pré-pago) representa 84% do acesso diário às redes sociais e demais plataformas de comunicação. Pelo computador, são 16%.
REDES SOCIAIS – Para acompanhar as notícias da cidade, 55% dos entrevistados afirmam usar as redes sociais como o principal canal de informação, 38% as acompanham de forma compartilhada pelo WhatsApp e 37% buscam informações em sites ou blogs. O meio mais utilizado diariamente é o WhatsApp, representando 83%.
O Facebook também não fica atrás: 71% afirmam usar a rede, o Instagram é usado por 46%, o Twitter (14%), Likendin (6%) e Tik Tok (4%). Os porcentuais são de uso diário. “Essas informações são primordiais para o planejamento da campanha municipal deste ano. A maior utilização dos meios de comunicação on-line será o diferencial entre uma figura política e outra”, diz o professor Marcelo Vitorino, especialista em marketing e comunicação política.
“Por conta do alto índice de contágio do coronavírus, mas com toda certeza esse será o marco. Daqui em diante os meios on-line serão cada vez mais usados”, completa Vitorino.
CONSUMO – A pesquisa apresenta o perfil do eleitor, identifica como acessa a internet e os comportamentos de consumo de conteúdo, incluindo interesse em diferentes meios e canais, além de formatos e informações que busca de candidatos políticos. Os conteúdos mais consumidos são vídeos (39%), textos (37%), gráficos ou desenhos (23%), fotos (20%) e áudios (14%). Esses percentuais significam muito interesse.
A utilização dos recursos da internet em campanhas eleitorais, adianta Vitorino, tem adquirido uma relevância crescente. “A formação de cenários políticos emblemáticos ocorridos em diversos contextos eleitorais têm reconfigurado estratégias não apenas entre candidatos e partidos, mas entre todos os atores políticos envolvidos no processo eleitoral”.
O consumo de conteúdos sobre os candidatos se dá majoritariamente pelas redes sociais (52%), conversas com amigos (35%), sites e blogs de notícias (34%), televisão (31%), horário eleitoral gratuito (15%), rádio (13%), jornais ou revistas impressos (11%).
MÚLTIPLAS – O professor argumenta que a compreensão e conhecimento sobre o uso das múltiplas plataformas de comunicação serão muito utilizados na campanha municipal. “O planejamento de campanhas eleitorais em meios digitais e demais ações de comunicação governamentais serão imprescindíveis neste contexto atual, de pandemia”.
Todas as formas anteriores de fazer campanha serão reavaliadas, “a começar pelas convenções partidárias, que neste ano será somente de forma on-line”. Na importância para definir o voto, os entrevistados apontaram o histórico e trajetória política (77%), propostas (73%), notícias em jornais, TV, revistas e internet (43%), presença e participação em redes sociais (25%), atitudes partidárias (24%), relacionamento pessoal (17%), comentários de terceiros em rede social (14%), relacionamento virtual (13%), afinidade religiosa (13%) e indicação de amigos (8%).
O uso das novas plataformas de comunicação tem possibilitado novas experiências políticas que podem levar a ampliação do debate até a participação política nas questões públicas. A pesquisa revela que os homens representam 59% dos eleitores conectados, 40% são mulheres. Cerca de 43% desse público possui nível superior e faixa etária entre 45 e 59 anos representa 32%. Entre 18 a 24 anos (17%), de 25 a 34 anos (22%) e de 35 a 44 anos (21%).
“Saber quais os canais cada eleitor consome conteúdo e com que frequência permite que candidatos e suas equipes planejem a comunicação com eleitor com mais assertividade. Além disso, compreender o tipo de informação e quais os formatos mais interessantes para esse público aumenta o resultado das ações, ao mesmo tempo que reduz os custos de campanha”, afirma Vitorino. (Com assessoria)