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Até o momento, foram 19.045.464 vacinas aplicadas na população geral, sendo que, destas, 9.099.905 foram destinadas à aplicação da primeira dose, e 8.397.774 à segunda dose ou dose única.
Em 18 de janeiro de 2021, o Paraná recebia as primeiras doses do imunizante CoronaVac, produzido pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. A data marcou a aplicação das primeiras doses em oito profissionais de saúde da linha de frente do Complexo Hospitalar do Trabalhador, de Curitiba, e o início de uma campanha de vacinação em massa para diminuir os efeitos devastadores da pandemia de Covid-19.
Um ano depois, hoje, 18, o Estado já ultrapassou uma série de etapas no que diz respeito à imunização, como, por exemplo, o número de paranaenses completamente imunizados: mais de 70% da população já recebeu as duas doses ou dose única, e mais de 80% já tomaram a primeira. O Paraná é o sexto estado com o maior número de aplicações.
Até o momento, foram 19.045.464 vacinas aplicadas na população geral, sendo que, destas, 9.099.905 foram destinadas à aplicação da primeira dose, e 8.397.774 à segunda dose ou dose única. As doses de reforço em idosos e imunossuprimidos já contabilizam 1.664.602 aplicações. Em relação à dose adicional, para imunossuprimidos que receberam mais uma dose, além das duas normais ou dose única, foram aplicadas 141.868. Os dados constam no sistema do Ministério da Saúde, atualizado em tempo real pelos estados, portanto, pode haver algumas divergências.
Segundo o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, o alto índice de cobertura vacinal no Estado contribuiu para uma redução na ocupação de leitos, no número de mortes e também na incidência de casos graves. “Nós conseguimos ultrapassar os momentos difíceis por causa da vacina. Senão, teríamos perdido a vida de muitos paranaenses”, ressaltou.
No dia 18 de janeiro de 2021 o índice de internamento em UTI era de 84% (1.199 leitos). O último boletim do Estado mostra ocupação de 56% em 477 leitos. Apesar da nova onda ligada à Ômicron, a média de óbitos diária é de 2, contra 28 em janeiro de 2021. Em janeiro do ano passado foram 1.936 mortes. Em dezembro, 120, diminuição de 93,8%.
Além disso, o secretário fez questão de ressaltar a mobilização do Estado para garantir a execução da campanha de vacinação. “Nossa imunização é exemplar porque temos a cultura da vacina no Estado, onde temos pessoas extremamente conhecedoras do tema, e que nos ajudam a fazer acontecer essa vacinação lá na ponta. Através delas, nós tivemos esse resultado tão positivo, mas que não acabou. A tarefa continua”, reforçou.
“A vacina é fundamental. Quem não toma vacina está vulnerável, vira uma presa fácil dos vírus. Começa a ocorrer uma seleção natural e o vírus vai tentando se reproduzir através da infecção, e ele vai procurar o hospedeiro que tenha menos imunidade. Quem não tomou vacina está com menos imunidade que os outros nesse momento”, ressaltou o secretário.
CRIANÇAS – No último sábado, 15, o Paraná deu mais um passo no objetivo de imunizar completamente a população, com o início da vacinação de crianças com idade entre 5 e 11 anos. O secretário faz um apelo para que os pais levem seus filhos aos postos de vacinação. “Nós temos um momento importante para cumprir nos próximos dois ou três meses, e quero convocar os paranaenses para ficarem muito alertas. Vamos fazer essa vacinação acontecer da melhor forma possível”, afirmou o secretário.
PÚBLICOS – O Paraná aplicou 14.807.472 doses de imunizantes no público com idade acima de 18 anos. Foram, por exemplo, 1.318.626 doses nos profissionais da saúde; 1.429.357 em pessoas com comorbidades; 543.756 em trabalhadores da educação; 162.713 em profissionais do transporte; 137.740 em gestantes e puérperas; 119.271 em pessoas com deficiência permanente; 57.722 na população privada de liberdade; 23.496 em indígenas; e 6.260 em pessoas em situação de rua.
MUNICÍPIOS – Em números absolutos, os dez municípios que mais aplicaram vacinas foram Curitiba (3.277.908); Londrina (1.035.844); Maringá (862.911); Cascavel (583.327); Ponta Grossa (512.855); São José dos Pinhais (388.652); Foz do Iguaçu (432.346); Colombo (423.528); Guarapuava (254.364); e Paranaguá (266.290).
DISTRIBUIÇÃO – Ao longo de um ano de imunização, foram distribuídas no Paraná quatro vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): CoronaVac, vacina adsorvida inativada, fabricada pela Sinovac (China) e Instituto Butantan (Brasil); AstraZeneca, vacina recombinante, elaborada pela AstraZeneca, Oxford e Fiocruz; Pfizer, vacina de RNA mensageiro (RNAm), da parceria Pfizer e BioNTech; e Janssen, vacina recombinante, produzida pela Janssen-Cilag, braço farmacêutico da Johnson & Johnson.
Distribuição rápida de 21 milhões de vacinas acelerou campanha contra Covid-19 no Paraná
Em um ano da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Paraná, segundo os dados do Ministério da Saúde, mais de 21 milhões de vacinas foram entregues ao Estado e, logo em seguida, aos 399 municípios. Os dados constam do balanço da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) sobre a distribuição dos imunizantes de janeiro de 2021 a janeiro de 2022.
Desde o início, a estratégia do Governo do Estado foi possibilitar condições adequadas de armazenamento e acelerar a descentralização das vacinas para que chegassem aos municípios no menor espaço de tempo.
“Por determinação do governador Ratinho Junior, a logística foi um traço marcante neste um ano da campanha de vacinação”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. “Todo o aparato de transporte, especialmente aéreo, foi colocado à disposição. Isso permitiu que os imunizantes chegassem mais rapidamente nos municípios e, por consequência, no braço dos paranaenses”.
A média de tempo entre o recebimento das doses e o envio para as 22 Regionais de Saúde do Paraná se manteve em 24 horas. Para isso, a Secretaria contou com o apoio aéreo da Casa Militar e do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) com a utilização de diversas aeronaves que somaram, neste período, 987 horas de voo em 216 missões, o que resulta em mais de 40 dias ininterruptos de operação, numa conta simples.
Desde o começo, no dia 18 de janeiro de 2021, logo que desembarcam no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, as vacinas são encaminhadas para o Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), na Capital. Ali, cada lote é conferido e armazenado até que seja distribuído.
EQUIPAMENTOS – Como as vacinas contra a Covid-19 da Pfizer, do Butantan, da AstraZeneca e da Johnson & Johnson não faziam parte do Calendário Nacional de Imunização, e as condições de armazenamento e aplicações não eram os padrões, foram necessárias adequações no espaço físico e aquisições de insumos específicos.
O Cemepar possui atualmente seis contêineres refrigerados e cinco novos ultrafreezers para acondicionamento de imunizantes. Eles estão preparados para armazenamento em qualquer temperatura. O investimento passa de R$ 848 mil, entre contrapartida do Estado e doações, e é permanente.
“Fizemos adequações no Cemepar para o recebimento das vacinas. Foi um investimento que permitiu inclusive toda essa ação da vacinação. Também ampliamos a capacidade de armazenamento de imunizantes nas Regionais de Saúde, e modernizamos as estruturas. O Paraná, sem sombra de dúvidas, está sendo referência na política de vacinação. Rápida logística, grande capacidade de armazenamento, distribuição, e uma grande articulação com as prefeituras foram os segredos para colocar a vacina à disposição da população”, destacou o secretário.
Segundo ele, o Paraná também se destacou na transparência do processo, informando, por meio eletrônico e na imprensa, todas as quantidades distribuídas às Regionais de Saúde e aos municípios. Dessa maneira, alcançou status de líder nacional do processo de imunização ao lado de outros estados.
INSUMOS – Além disso, neste primeiro ano de campanha, o Paraná enviou mais de 40,2 milhões de insumos entre agulhas e seringas descartáveis para os municípios, somando mais R$ 11,3 milhões investidos para possibilitar a aplicação das vacinas. Destes, R$ 6,7 milhões são recursos estaduais, e R$ 4,6 milhões federais. (Com AEN)