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O serviço, que antes funcionava no Hospital Universitário Materno-Infantil, agora está no Ambulatório Universitário Amadeu Puppi, antigo Pronto-Socorro Municipal.
A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) inaugurou na última semanan o novo espaço do Banco de Leite Humano dos Hospitais Universitários. O serviço, que antes funcionava no Hospital Universitário Materno-Infantil (Humai), agora está no Ambulatório Universitário Amadeu Puppi, antigo Pronto-Socorro Municipal. Em funcionamento há 40 anos, desde 1984, o BLH atende a mulheres e bebês de toda a região.
“Parabéns por esse heroísmo de acreditar no leite materno enquanto elemento transformador da sociedade”. Com essas palavras, o reitor da UEPG, professor Miguel Sanches Neto, destacou a importância do trabalho realizado cotidianamente pelo Banco de Leite Humano há décadas em prol da saúde materno-infantil. Para ele, a reinauguração “é um ato extremamente simbólico, que representa a vida, porque nada representa mais a vida do que o leite materno. Representar a vida é também desenvolver uma crença no futuro. Nós acreditamos no ser humano, nas instituições públicas e nos trabalho que nós desenvolvemos”.
“Ficamos muito felizes em inaugurar o Banco em um local melhor, mais organizado, num ponto mais central e de acesso facilitado”, comemorou o professor Ivo Demiate, vice-reitor da UEPG. Em seu discurso no ato de inauguração do novo espaço, ele destacou ainda a importância do trabalho de cada um e cada uma que compõe as equipes dos Hospitais Universitários no atendimento de qualidade à comunidade de Ponta Grossa e região.
“O leite materno é seguro e nutritivo, em especial para bebês internados e mães que não conseguem produzir leite. A melhoria no espaço é uma grande vitória para nossa cidade e para todas essas pessoas que precisam desse trabalho”, comemorou a prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt, que enfatizou também a importância do incentivo à amamentação realizado pelo Banco.
“O leite materno é o leite com amor. É um leite que tem carinho, porque a a mãe que doou o leite doa com amor”, resumiu Rafaele da Cunha. Com o bebê no colo, ela compartilhou a história de superação e o carinho expresso nos atendimentos do Banco de Leite. Quando ele nasceu, precisou ficar 10 dias na UTI e recebeu leite materno de doações. “Na hora que eu vi ele mamando naquele copinho, para mim foi muito lindo, foi maravilhoso”. Depois, com o atendimento e incentivo recebido, ela pôde amamentar o próprio filho e também doar leite para o Banco.
Uma bebê de apenas nove meses e a surpresa de uma nova gestação não planejada. Se Helen Pauluk Jovanovich não tivesse recebido a orientação do Banco de Leite, com o qual já tinha contato como doadora, ela provavelmente teria seguido os palpites de quem recomendava que desmamasse a primeira filha durante a gestação e depois do nascimento da segunda. “Amamentei as duas juntas por nove meses e quando a Lis fez dois anos, iniciamos o processo de desmame de forma respeitosa”. Para Helen, que estudou Pedagogia, a UEPG faz parte da sua vida de várias formas. À equipe do Banco de Leite, ela agradece: “Obrigada a todas vocês, que possibilitaram que minhas bebês fossem amamentadas”.
A professora Fabiana Postiglione Mansani, diretora geral dos HUs, rememorou a história do Banco de Leite, que existe desde 1984 e está sob gestão da UEPG desde 2020, e os principais atores desta trajetória. Agora, com o novo espaço, haverá um ganho em qualidade e em acessibilidade. “O Banco de Leite Humano é responsável pela coleta e processamento do leite materno destinado à alimentação de bebês internados em UTIs e pela promoção do aleitamento materno, com atendimento a mulheres que precisam ter orientações, que têm dificuldade na amamentação ou que necessitem de tratamento com laser para suas fissuras”, explica. “São atendidas várias classes da nossa comunidade, desde aquela mãezinha que está conosco internada no Humai, até aquela que já foi para casa com o seu bebê e está tendo dificuldades de amamentação; e os bebês que precisam receber a doação”. (Com assessoria)