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Acolhimento, recepção, refúgio, abrigo, proteção. O significado da palavra expressa bem o objetivo da Casa da Acolhida do Hospital da Universidade Estadual de Ponta Grossa: receber com mais conforto os pacientes de municípios vizinhos que vêm realizar consultas, exames ou cirurgias no HU-UEPG, enquanto aguardam o atendimento ou o retorno a seus municípios.
Acolhimento, recepção, refúgio, abrigo, proteção. O significado da palavra expressa bem o objetivo da Casa da Acolhida do Hospital da Universidade Estadual de Ponta Grossa: receber com mais conforto os pacientes de municípios vizinhos que vêm realizar consultas, exames ou cirurgias no HU-UEPG, enquanto aguardam o atendimento ou o retorno a seus municípios. A estrutura foi inaugurada na última semana.
Jorandir Eunice Godoy (64 anos) e Derci de Luz Pereira (62) levantam cedinho para vir a Ponta Grossa quando é dia de consulta ou exames. Às 5h, entram no transporte disponibilizado pela Prefeitura e percorrem os mais de 100 quilômetros entre Imbaú, onde moram, e o Hospital Universitário. “Às vezes, a gente vem de carro baixo, às vezes de van. Depende de quanta gente da cidade tem consulta aqui no dia”, conta Jorandir. Na última terça-feira, 12, a consulta dela estava marcada para às 16h. “Antes a gente ficava sentado lá no Hospital o dia inteiro. Agora nós estamos aqui, que é bem mais confortável. Tem até cafezinho”, comemora Derci.
Há dois anos, ela é atendida no HU para o tratamento de problemas cardíacos. Ela é uma das mais de 1,2 milhão de pessoas atendidas pelo HU-UEPG, em três Regionais de Saúde (3ª, 4ª e 21ª). “Havia a necessidade de um espaço de acolhida, descanso e integração”, conta o reitor da UEPG, Miguel Sanches Neto. “É um projeto de humanização do atendimento dos nossos pacientes”.
A professora Fabiana Postiglione Mansani, diretora geral dos HUs da UEPG, explica que o espaço é destinado a pessoas de outros municípios que aguardam atendimento ou o transporte. “Muitas delas chegam pela manhã e vão embora somente no início da noite. A função da casa é essa, dar conforto e uma acomodação melhor neste período de espera”, detalha. No ato de inauguração, a diretora reforçou a importância de que a comunidade conheça o impacto dos HUs na região. “Em um ano, o Hospital Universitário passou de 4º a 2º maior hospital universitário do Paraná, em número de atendimentos”, comemora.
“A saúde da cidade está em ebulição”, comemorou o professor Ivo Mottin Demiate, vice-reitor da UEPG. Segundo ele, a universidade pública cumpre seu papel na medida em que contribui para o crescimento e desenvolvimento de soluções para sua comunidade. O presidente da Fundação de Apoio à UEPG (FAUEPG), Sinvaldo Baglie, agradeceu o trabalho da equipe dos Hospitais. “Cada um de vocês que sempre olharam para as coisas sem colocar pedras: Temos que fazer, faremos”, elogiou. “O crescimento do hospital não é simplesmente orgânico, mas sim convulsionado, provocado pela Universidade”.
ESTRUTURA – O espaço, com 215 m², conta com salas de estar e de atividades, refeitório, varandas para descanso e banheiros femininos, masculinos e para pessoas com deficiência. A Casa tem capacidade para atender cerca de 40 pessoas por dia e 1,2 mil por mês.
O projeto arquitetônico foi desenvolvido e cedido pela arquiteta Eliane Bugay, em parceria com a formanda de arquitetura Aline Aparecida da Silva.
TRABALHO CONJUNTO – A obra foi viabilizada pela mobilização da comunidade. Inicialmente, o projeto foi encabeçado pela Associação Abrace o HU e depois, abraçado pela Associação Amigos do HC e por entidades sociais, como o Rotary Clube Ponta Grossa Lagoa Dourada, e empresas parceiras.
A Justiça Federal de Ponta Grossa destinou uma verba de R$ 500 mil para a construção do espaço. Móveis e eletrodomésticos foram doados pelo Rotary Clube Lagoa Dourada, a partir de recursos da Justiça do Trabalho.
O juiz federal Antônio César Bochenek enfatizou a importância do local para os pacientes atendidos pelo HU. “Está tudo muito bem organizado e bonito, e vai ser realmente muito útil para as pessoas que vão usufruir desse espaço com conforto e qualidade”, avalia.
“Daqui a alguns anos a cidade vai perceber a grande mudança que a UEPG está fazendo na área da saúde em Ponta Grossa”. A fala do presidente da Associação Amigos do HC, Nelson Canabarro, enfatizou o protagonismo da Universidade na solução de problemas da comunidade, em especial na área da saúde. Além disso, Canabarro anunciou que a Associação agora é voltada para atender às demandas de todos os Hospitais da UEPG, não mais somente o Hospital Materno-Infantil.
Representando a Associação Abrace o HU, o professor Kleber Cazzaro lembrou do legado deixado pela entidade, que iniciou o processo de captação de recursos para a Casa da Acolhida. “Ponta Grossa, que se aproxima dos seus 200 anos, recebe mais um presente da UEPG”, valorizou. “Os que passarão por aqui nem sempre estarão felizes. Que este lugar possa, pelo menos, amenizar essas dores”.
“Agradeço pela oportunidade que tivemos de trabalhar juntos e dividir esforços”, enalteceu o presidente do Rotary Club Ponta Grossa Lagoa Dourada, Jorcy Erivelton Pires. “Que todas as pessoas que entrarem por essa porta sejam abençoadas e tenham a acolhida que merecem”. (Com assessoria)