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Ao participar do 1º Fórum do Agronegócio, Tecnologia e Inovação, em Campo Mourão, o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, disse que nova revolução inclui robotização, drones e inteligência artificial, além da biotecnologia.
Uma agropecuária com mais tecnologia e inovação a serviço do fornecimento de alimentos em maior quantidade e qualidade para o Brasil e o mundo. Esse foi o tema abordado pelo secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, no 1º Fórum do Agronegócio, Tecnologia e Inovação, promovido pela Câmara Temática do Agronegócio do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão, hoje, 06.
“Agronegócio não é palavrão, não é esquerda nem direita, não é coisa só de grande agricultor. Agronegócio é o que nós fazemos”, disse Ortigara a uma plateia de aproximadamente 300 pessoas, entre produtores, técnicos e estudantes. “Se formos inteligentes, e seremos inteligentes, nós vamos ocupar uma fatia importante do mercado mundial de comida”.
Ele destacou que a mecanização da lavoura, introduzida em países mais desenvolvidos no século 19, chegou ao Brasil somente nos anos 70, propiciando a produção com mais escala. No pós-Guerra Mundial a população começou a aumentar de forma vertiginosa e a ciência precisou desenvolver novas formas para atender ao mercado de alimento, com máquinas maiores e uso de produtos químicos e o início do melhoramento genético.
Segundo ele, o mundo vive hoje uma nova revolução. “Provavelmente será o somatório de um conjunto de coisas”, disse. Entre elas, a biotecnologia, com o uso eficiente de organismos naturais para controlar pragas e doenças. Uma segunda linha é a revolução genômica, com o encurtamento do tempo para a produção de novos cultivares.
DIGITALIZAÇÃO – O secretário ressaltou, ainda, que uma nova revolução que já está acontecendo é a digitalização. “É o refinamento e um impulso maior à agricultura de precisão”, afirmou. Ela acontece a partir de satélites, robôs e drones que, segundo ele, “vai chegar intensamente na roça”. “Em resumo, nós estamos buscando uma agricultura que utilize menos insumos e forneça alimentos com mais qualidade”.
Na exposição, Ortigara mostrou que, de 2007 a 2017, o uso do trabalho em relação à produtividade caiu de 31,3% para 9,4%. Em compensação, o uso de tecnologias em relação ao resultado da colheita passou de 50,6% para 72,3%. “Praticamente três quartos do que colhemos já é fruto do sistema tecnológico”, destacou. “A tecnologia é uma aplicação prática do conhecimento científico”.
O secretário apontou, ainda, vários instrumentos que começam a ter muita força e vão se acentuar cada vez mais na produção, como máquinas autônomas e elétricas, sistemas de gestão ultramodernos que possibilitam gerenciar a produção diretamente do escritório, controle de pragas e ervas daninhas com total precisão e de forma individual a partir de robôs, uso intensivo de drones e inteligência artificial, entre outros.
Dados recentes apontam que o Paraná tem aproximadamente 1.100 startups registradas envolvendo mais de 10 mil pessoas. Dessas, 119 diretamente ligadas ao setor agropecuário. “Estão inventando coisas para aumentar a eficiência”, disse o secretário.
APOIO – O superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) e membro do Conselho de Administração do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Aldo Nelson Bona, reforçou que uma das missões de sua pasta é “formular, coordenar e apoiar políticas públicas para consolidar a inserção regional do sistema estadual do ensino superior, ciência e tecnologia como condição indispensável ao desenvolvimento socioeconômico do Paraná”.
“A Seti quer ser reconhecida como órgão estratégico para indução e promoção do conhecimento e da inovação voltadas à melhoria de qualidade de vida dos paranaenses”, disse Bona. “Tudo o que foi dito pelo secretário Ortigara das potencialidades e do que de fato vai acontecer, pode acontecer com maior velocidade e qualidade na medida em que tivermos o nosso sistema de ciência e tecnologia do Estado extremamente conectado com a perspectiva do desenvolvimento regional e da melhoria da qualidade de vida dos paranaenses”, afirmou. (Com AEN)