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O lockdown decretado para as regionais de Saúde de Londrina, Cascavel, Cornélio Procópio, Toledo, Cianorte, Foz do Iguaçu e Região Metropolitana de Curitiba terminou hoje, 14.
Crise financeira, corte de gastos, fecha comércio, libera alguns setores, fecha outra vez… Que ano, senhores!
E agora, ainda temos pela frente, a previsão orçamentária para o ano de 2021. Ao mesmo tempo em que se economizam recursos para o que é considerado essencial, atinge-se em cheio o cidadão paranaense. E ainda que estáveis em seus empregos, os servidores públicos também sofrem com a falta de empatia de quem tem a caneta na mão.
São policiais civis, militares, professores que passaram a atuar quase que em tempo integral para atender seus alunos no novo EAD do Paraná, os médicos, plantonistas, enfermeiros e muitos outros.
O trabalho para muitos até dobrou! Afinal, são vários profissionais que mudaram suas rotinas e passaram para a linha de frente no atendimento ao cidadão, e no tratamento público de infectados pelo novo coronavírus.
Em sua previsão orçamentária encaminhada para a Assembleia, o Governo prevê uma renúncia fiscal gigante, e um corte financeiro que vai afetar quem, de longe, não deveria; os servidores públicos.
A proposta do Executivo suspende o pagamento da segunda parcela da reposição salarial, referente a data-base de 2019. Dinheiro que já estava previsto há tempos, e era esperado pelos trabalhadores, que significaria menos de 1% da renúncia fiscal prevista pelo Governo até 2023.
Não contente, ainda vai cortar a concessão de promoções e progressões nas carreiras destes profissionais. Num momento como este, é tudo o que o servidor paranaense não merecia!
O Governo tem capacidade para abrir mão de bilhões em impostos, poderia ao menos honrar seus compromissos. Se fizesse os investimentos certos e a aplicação do dinheiro público no que realmente fará a diferença lá na frente, já seria um bom começo.
Enquanto o governador tem dinheiro para gastar com empresas de propaganda e abre mão de bilhões em impostos, ainda pega emprestado dinheiro no BID para comprometer a saúde financeira do Paraná. Se ele acha que vai faltar recursos, que não pegue empréstimos a juros tão altos, que deixarão o Estado quebrado de vez. Esta conta toda não merece ser jogada no colo do servidor público, mais uma vez.
Requião Filho é deputado estadual do MDB.