10 de fevereiro de 2023

Setor de Olarias e Cerâmicas vive momento de cautela, mas com foco no futuro

Divulgação

Representante da região norte, nordeste e parte dos Campos Gerais avalia cenário atual.

Nesta semana, a Casa da Indústria de Ponta Grossa, que reúne entidades sindicais empresariais do município e dos Campos Gerais filiadas à Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), dá sequência à série de entrevistas com os presidentes de seus Sindicatos Patronais. Desta vez com o presidente do Sindicato das Indústrias de Olarias e Cerâmicas do Norte do Paraná (Sindicer Norte/PR), Daniel Melchert, que atende parte das cidades dos Campos Gerais, do Norte e Noroeste do Paraná, com mais de 100 empresas do ramo.

Segundo a Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer), com dados do IBGE (2020), o setor de olarias e cerâmicas no Brasil é composto por aproximadamente 5.600 empresas, com uma produção de quase 2 bilhões de telhas, 4,7 bilhões de tijolos e blocos cerâmicos, 6 mil toneladas de tubos cerâmicos por ano. O setor contempla compradores oriundos de construtoras, incorporadoras ou consumidor direto. Todos os produtos cerâmicos são, em sua maioria, utilizados em construções ou reformas.

Devido ao momento de transição governamental, o mercado regional está retraído, porém, buscando através das novas tecnologias, minimizar custos e se tornar mais competitivo em âmbito nacional.

Qual é o cenário do setor de olarias e cerâmicas no presente momento em âmbito regional e nacional?

Atualmente o cenário é de retração, pois havia uma expectativa no aumento da demanda de serviços e aquecimento do mercado imobiliário, entretanto, nas primeiras semanas de 2023, o que vemos é muita cautela devido ao sentimento de insegurança política e econômica, principalmente em grandes empreendimentos em que a maioria dos clientes pesquisados está preferindo aguardar como a economia irá se comportar diante da nova gestão política do país.

O que as indústrias da região podem fazer para contribuir com o setor?

Uma indústria contribui para a melhoria do padrão de vida da população, portanto deve estar em constante evolução e aprimoramento, buscando adequação com ferramentas de inovações tecnológicas, visando também a adequação energética, mecanismos para contribuir com a preservação do meio ambiente e através de ferramentas não poluentes, também, buscar formas de reduções de despesas e aumento de produtividade. Ou seja, um conjunto de fatores para se manter ativamente no mercado.

O que esperar para o setor com o novo Presidente da República?

O atual Presidente, em sua primeira gestão de 2003 a 2006, trouxe um grande avanço ao setor imobiliário, porém, no momento, o mercado está pessimista e cauteloso devido à insegurança gerada através das ações do poder executivo federal.

Qual é a expectativa em relação às negociações sindicais a partir de agora?

A previsão é de grandes desafios e de intensa abordagem nas empresas no que se refere a possíveis fiscalizações dos sindicatos laborais e aos projetos para algumas alterações da CLT. No entanto, os sindicatos patronais cumprem uma importante função de orientação do empresariado em geral para evitar contratempos, cumprindo a legislação vigente e o que é acordado em convenção coletiva com os trabalhadores.

Como os governos municipal e estadual podem fomentar o setor?

Ambos dependem do governo federal e de como fará sua política na infraestrutura do país, por isso o momento é de cautela. E como a base territorial do Sindicato é muito extensa, composta por algumas cidades dos Campos Gerais, mas também de algumas do Norte e Noroeste do estado, os municípios diferem uns dos outros nas questões de legislações locais, mão de obra, parque industrial, entre outros, então para cada um temos situações e expectativas diferentes.

Quais são os rumos do setor para os próximos anos?

O setor precisa, com urgência, buscar incentivos estaduais e federais para aumentar sua competividade em relação a produtos de outros segmentos e dos estados vizinhos, investir na modernização do setor produtivo das cerâmicas, visando a racionalização da mão de obra e dos custos com as matérias primas, para aumentar a competitividade na concorrência.

O que o empresariado do setor pode esperar da Fiep no atual contexto?

O momento é de união e estabelecer formas de ajudar a sobrevivência das empresas no atual cenário e, para isso, precisamos de um olhar mais voltado às microempresas em todas as ações da Fiep, visto que estas correspondem a, aproximadamente, 90% das empresas e, por exemplo, a maioria não possuem setores administrativos, financeiros, de vendas qualificados, muitas têm estes setores centralizados numa única pessoa.

Na próxima semana, será divulgada a última entrevista da série realizada com os presidentes dos sindicatos patronais que compõem a Casa da Indústria dos Campos Gerais, com um panorama apresentado pelo Sindicato de Extração de Minerais Não Metálicos do Paraná (Sindiminerais-PR).

As opiniões expressas nesta série de entrevistas são dos presidentes dos sindicatos, não necessariamente representando posicionamentos da Fiep. (Com assessoria)


Compartilhe



Últimas notícias

Divulgação

22 de novembro de 2024

499 famílias de Ponta Grossa recebem chaves da casa própria

Divulgação

22 de novembro de 2024

Aprovação do Mercado de Carbono coloca Brasil em destaque na gestão ambiental

Arquivo

22 de novembro de 2024

“Meu filho foi assassinado de forma cruel. Caído no chão, ele continuou atirando”, revela mãe de empresário morto por Neto Fadel

Divulgação

22 de novembro de 2024

Bosque de Luz retorna a Ponta Grossa para abrir o Natal 2024 com jardim mágico

Ver mais

Mais Lidas

Arquivo

11 de janeiro de 2017

Prefeitura quebrada, cidade abandonada e Rangel de malas prontas para cruzeiro no Caribe

Divulgação

8 de outubro de 2018

Conheça os 54 deputados estaduais eleitos no Paraná

Arquivo

31 de março de 2020

Ratinho Junior libera igrejas e outras atividades consideradas essenciais no Paraná

Divulgação

ORTIGUEIRA

24 de janeiro de 2022

“2022 deve ser um ano de mais vitórias”, afirma Ary Mattos