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O candidato a deputado federal, Santin Roveda, defendeu hoje, 11, o reajuste da tabela do SUS para os serviços prestados pelas clínicas de hemodiálise. Ele conversou com pacientes, funcionários e diretores de uma clínica de hemodiálise de Irati.
O candidato a deputado federal, Santin Roveda (UB), defendeu hoje, 11, o reajuste da tabela do SUS (Sistema Único de Saúde) para os serviços prestados pelas clínicas de hemodiálise. No Paraná, 46 clínicas são conveniadas ao SUS e atendem cinco mil pacientes. Além dos atrasos no pagamento dos serviços, as clinicas enfrentam a desfagem entre os custos de cada sessão e os valores recebidos do Ministério da Saúde.
“É uma situação bem preocupante a manutenção e a sustentação das clínicas de hemodiálise devido a defasagem dos pagamentos do SUS e das dificuldades financeiras encontradas no dia a dia. Caso entrem num possível colapso, vamos ter várias pessoas com a saúde comprometida porque necessitam desse serviço e com uma necessidade grande”, disse Santin Roveda após conversar com pacientes, funcionários e diretores de uma clínica de hemodiálise de Irati.
Segundo Santin Roveda, o aumento da tabela aos serviços prestados para o SUS fará parte do conjunto de propostas que vai apresentar assim que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) registrar sua candidatura a deputado federal.
Cerca de 90% das clínicas de diálise e hemodiálise que atendem ao SUS são privadas e recebem repasses do governo federal. Elas relatam que já vinham lidando nos últimos anos com valores defasados dos procedimentos, mas que nos últimos meses, com a alta do dólar, o aumento do preço dos insumos e a inflação, o cenário foi ainda mais agravado.
CUSTOS – Atualmente, as clínicas que prestam serviços ao SUS recebem R$ 218,47 por sessão, depois de um reajuste em dezembro do ano passado de 12,5% na tabela. Mas de acordo com cálculos da ABCDT (Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante), o custo do procedimento é de R$ 303, ou seja, há uma defasagem de 39%.
Há ainda um impacto adicional de R$ 68 por sessão com o novo piso nacional da enfermagem. O país tem cerca de 800 clínicas que atendem cerca de 150 mil doentes renais crônicos. Nos últimos anos, ao menos 40 clínicas que atendiam ao SUS fecharam e muitas enfrentam sérias dificuldades financeiras, segundo a ABCDT.
A crise do setor ocorre em um momento em que o número de pacientes em diálise crônica no Brasil mais que dobrou, passando de 65 mil para 144 mil, entre 2005 e 2021, segundo o censo realizado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia. (Com assessoria)