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O deputado federal Sandro Alex, reeleito com a quinta maior votação do Estado (168.157 votos), e o seu irmão, deputado estadual eleito Marcelo Rangel com 42.002 votos (ambos do PSD), 11º do seu partido, apesar conquistar a vitória com expressivas votações, levaram uma ‘surra’ nas urnas em Ponta Grossa do apresentador Jocelito Canto, que fez 74.348 votos, que foram anulados e estão Sub Judice – ele recorre ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reverter a sua inelegibilidade -, e da sua filha, a deputada estadual Mabel Canto (ambos do PSDB), reeleita com 70.215 votos.

Em Ponta Grossa Jocelito fez 55.694 votos contra 31.913 de Sandro Alex. Já Mabel Canto fez 51.375 votos contra 31.131 de Marcelo Rangel.

A ‘surra’ levada pelos irmãos é reflexo do desgaste da prefeita Elizabeth Schmidt (PSD), sucessora de Marcelo Rangel.

E a expressiva votação de Jocelito e Mabel na cidade é também recall da eleição municipal de 2020, quando Mabel perdeu por 4,76%.

Outra observação importante é que os eleitores de Jocelito são os mesmos de Mabel. Pai e filha tiveram praticamente a mesma votação em Ponta Grossa e fora da cidade. Já Sandro Alex e Marcelo Rangel tiveram votações parecidas somente em Ponta Grossa. Pra fora, Sandro fazia de conta que nem era irmão de Rangel.

Jocelito foi o mais votado do seu partido, superando por exemplo o ex-governador Beto Richa, eleito deputado federal com 64.868 votos. Caso a TSE aceite o seu recurso, Jocelito manda Richa – que tinha a expectativa de superar os 100 mil votos – para a suplência.

Independente do mérito, Ponta Grossa mostrou que possui capacidade para eleger três deputados federais, e a reversão da inelegibilidade de Jocelito é uma vitória para a cidade e justiça para mais de 74 mil eleitores do ex-prefeito, nem que Sandro Alex torça o nariz.