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A afirmação foi feita durante audiência pública da Frente Parlamentar Sobre o Pedágio realizada em Cornélio Procópio. O deputado também criticou as “super tarifas” cobradas na região e afirmou que a sociedade paranaense tem que respaldar o movimento.
O deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSB) disse ontem, 12, que a palavra de ordem da sociedade paranaense no debate sobre as novas concessões rodoviárias propostas pelo governo federal é o “menor preço”. A afirmação foi feita durante audiência pública da Frente Parlamentar Sobre o Pedágio realizada em Cornélio Procópio.
“Temos que trabalhar para que o governo federal mude. Aceite a proposta de concessão pelo menor preço de tarifa”, sustentou o deputado, complementando que o processo de transferência de estradas do setor público para a iniciativa é justamente para que haja ganho de eficiência na gestão das rodovias.
O deputado também criticou as “super tarifas” cobradas na região e afirmou que a sociedade paranaense tem que respaldar o movimento. “O Norte Pioneiro está cercado de pedágio por todos os lados. Temos as super tarifas, o pedágio mais alto do país. Nossa batalha é pela licitação pelo menor preço, sem taxa de outorga e sem o degrau tarifário de 40% para obras duplicadas”.
R$ 9 BILHÕES – Romanelli reafirmou que a proposta elaborada pelo governo federal para as futuras concessões de rodovias no Paraná não é nova, porque inclui uma taxa de outorga, que é “um tributo que deverá ser pago pelos usuários”. “Essa proposta que nos trouxeram não é nova. É uma concessão onerosa, muito parecida com a que temos hoje”, disse.
O deputado alerta que cálculos iniciais apontam que a taxa de outorga deve custar de R$ 6 bilhões a R$ 9 bilhões à economia paranaense. “É um valor que vai incidir na tarifa, um novo tributo a ser pago pelos paranaenses. Isso não dá para aceitar”.
DEGRAU – O deputado demonstrou que a proposta do governo federal eleva em 33% o volume de estradas concessionadas no Anel de Integração, enquanto o número de praças de pedágio aumenta em 55%. Ele também sustenta que não se justifica um degrau tarifário de 40% automático após a conclusão de obras de duplicação. “Corre o risco de lá na frente todo mundo ter uma surpresa enorme em relação aos preços das tarifas”, afirmou. (Com assessoria)