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No 2º trimestre de 2022, foram abatidos 521 milhões de frangos pelos frigoríficos paranaenses, segundo dados do IBGE. Essa quantidade correspondeu a 34,6% do total nacional, a maior participação do Estado na série histórica disponível, reafirmando, mais uma vez, a liderança do Paraná nesse segmento.
O governador Ratinho Junior (PSD) conversou hoje, 09, com executivos da JBS, uma das líderes globais da indústria de alimentos, sobre investimentos da ordem de R$ 800 milhões que a empresa prevê realizar no Paraná nos próximos anos. O objetivo é ampliar a produção de frangos em alguns municípios que já contam com filiais da empresa.
O governador citou o crescimento de 6,9% da indústria alimentícia no Estado nos primeiros cinco meses de 2020, apesar da crise econômica, e disse que o setor é fundamental para manter empregos e o consumo no comércio. A produção avícola paranaense atingiu marca de 1,87 bilhão de frangos abatidos em 2019, aumento de 6,43% em relação a 2018.
“O Paraná é o maior produtor de frango do País, aposta em tecnologia nessa área. Além disso a cadeia de alimentos industrializados continua se fortalecendo. Estamos confiantes na retomada da economia, na geração de novas vagas no mercado de trabalho, e parcerias como a que temos com a JBS serão fundamentais nesse segundo semestre”, afirmou Ratinho Jr.
O objetivo da empresa é ampliar as plantas de Jaguapitã, Santo Inácio e Rolândia. A JBS também está presente em Campo Mourão, Carambeí, Colorado, Curitiba, Jacarezinho, Lapa, Londrina, Ponta Grossa e Santa Fé.
“Estamos discutindo formas de atrair mais investimentos ao Estado. Anunciamos R$ 23 bilhões no ano passado e estamos conversando com nossos parceiros comerciais para alcançar bom patamar também em 2020, mesmo diante de cenário ainda incerto na economia”, acrescentou o governador. “O objetivo é investir em municípios com baixo IDH e que precisam de mais apoio do Estado”.
A reunião virtual foi organizada pelo diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, e contou com a participação do secretário de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. A agência de atração de investimentos privados é a principal operadora do programa Paraná Competitivo, que tem entre seus incentivos a dilação de prazos para recolhimento do ICMS, melhorias no comércio exterior e desburocratização.
DOAÇÕES – O governador Ratinho Jr. também destacou a doação de cerca de R$ 17 milhões feita pela JBS para ajudar o Paraná a enfrentar a pandemia provocada pelo novo coronavírus. Esse montante, operacionalizado dentro do programa Fazer o Bem Faz Bem, incluiu 543 equipamentos hospitalares (bombas de infusão, respiradores, oxímetros, monitores de sinais vitais, camas clínicas e de UTI, ultrassom portátil, raio-x, entre outros), 857 mil Equipamentos de Proteção Individual (EPI), 13 mil itens de higiene e limpeza, 61 mil cestas básicas e 20 toneladas de proteínas da JBS para as famílias vulneráveis do Estado.
Secretaria de Saúde acompanha atividades em frigoríficos
A Secretaria de Estado da Saúde estabeleceu desde o começo da pandemia protocolos específicos para frigoríficos. A orientação é para que as empresas realizem um mapeamento epidemiológico completo, incluindo a logística de funcionários, familiares, produtos e insumos para seguir com a atividade sem restrições. Somente no Paraná há aproximadamente 300 frigoríficos de diversos tamanhos e que empregam mais de 100 mil pessoas.
Essa pauta foi debatida em algumas videoconferências realizadas entre técnicos do Estado e representantes do setor ao longo dos últimos meses. O Centro Estadual de Saúde do Trabalhador (CEST) da Secretaria monitora as indústrias de abate diariamente e chegou a enviar técnicos para discutir presencialmente com os proprietários de grandes plantas frigoríficas soluções contra a doença.
Na semana passada foram editadas novas medidas de prevenção e controle da transmissão do vírus causador da Covid-19 em indústrias de abate e processamento de carnes. Entre elas há uma orientação para que todas as empresas instituam um plano de contingência para prevenção, monitoramento e controle da transmissão do coronavírus. No estudo devem constar ações a serem realizadas pelo Serviço Especializado em Engenharia e Segurança e em Medicina do Trabalho em articulação com a Vigilância Epidemiológica do município em que a planta industrial está instalada. (Com AEN)