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A participação do prefeito no pleito será para ‘cumprir tabela’ e não deixar Márcio Pauliki vencer a eleição, mesmo que para isso tenha de se aliar com os ‘canhotas’.
Opositores ao prefeito Marcelo Rangel, afilhado político do ex-governador Beto Richa (ambos do PSDB), conversaram recentemente com o ex-prefeito Pedro Wosgrau Filho sobre um possível retorno à política. O ex-prefeito seria candidato com o apoio de lideranças como o ex-deputado Márcio Pauliki (SD), o deputado estadual Plauto Miró (DEM) e o radialista e apresentador de televisão, ex-deputado e ex-prefeito Jocelito Canto, que emplacaria a sua filha mais nova, Joce (PSC), como vice.
Wosgrau está filiado ao PP que reúne lideranças como o ex-secretário de Estado João Carlos Gomes, o vereador Valter de Souza – “Valtão”, e deve contar em breve em seus quadros também com o vereador Pietro Arnaud (atualmente na Rede). O ex-prefeito já derrotou Sandro Alex na disputa pela Prefeitura em 2008.
A oposição busca uma alternativa caso Pauliki não saia candidato e enxerga um ‘momento ímpar’ para vencer a disputa pela Prefeitura de Ponta Grossa uma vez que Rangel não tem um sucessor. A sua participação no pleito será para ‘cumprir tabela’ e não deixar Pauliki vencer a eleição, mesmo que para isso tenha de se aliar com os ‘canhotas’.
A vice-prefeita Elizabeth Schmidt (sem partido) seria o nome mais viável para suceder Rangel. Mas ela já viu que o jogo dos manos Oliveira (Rangel e Sandro Alex) não é pra valer. E mesmo sendo viável, dos nomes que se apresentam para a disputa, é o mais fraco.
Caso ela não tope, os manos cogitam alternativas como o presidente da Câmara, Daniel Milla (PV), ‘best friend’ do prefeito, Celso Sant’Anna, secretário de Planejamento e parceiro de todas as horas de Rangel, ou até o jovem Marcus Freitas, diretor jurídico da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA). Todos franzinos eleitoralmente.
GOVERNADOR INSATISFEITO –Fontes do Palácio Iguaçu confirmam que sem uma candidatura viável, o governador Ratinho Junior (PSD) ficaria neutro, pelo menos no primeiro turno, e liberaria Jocelito, que trabalha na Rede Massa de sua família, para apoiar quem ele escolher.
Quando se trata de 2020, o governador não estaria satisfeito com o projeto de oligarquia familiar dos manos e trabalha para ampliar a sua base na cidade. Prova disso é que a deputada estadual Mabel Canto (PSC) caminha com as próprias pernas e com desenvoltura junto ao governo do Estado e Pauliki é recebido por secretários de Estado com mais presteza de quando era deputado, mantendo um estreito relacionamento com o chefe da Casa Civil, Guto Silva.
Ponta Grossa é uma das principais cidades do Estado e Ratinho Jr. não aceita que a cidade volte a cair nas mãos da esquerda. Só os manos, que possuem um histórico de apoio ao PT, que acreditam nessa possibilidade.
Ao deixar a Prefeitura, sem fazer sucessor, os manos Oliveira perdem força, e o projeto de Rangel assumir a Secretaria de Infraestrutura e Logística no lugar do irmão, que retornaria ao mandato para ser candidato a deputado estadual em 2022, se preparando para disputar a Prefeitura em 2024, não deve prosperar.