17 de outubro de 2022

Quem vai ser o Ricardo Barros de Ponta Grossa?

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Ao contrário de Maringá, Ponta Grossa é desunida politicamente. Cada um puxa a sardinha pro seu prato, pra fortalecer seu discurso. A cada término de eleição começa outra, como se estivéssemos numa briga de bar sem fim.

Maringá, 75 anos. Cidade politicamente madura, políticos experientes que se unem ao final de cada eleição em favor do Município e seu povo. Na semana seguinte, depois de receber pouco mais de 30 mil votos em Maringá, o deputado federal Ricardo Barros (PP) se reuniu com seu adversário político, o prefeito Ulisses Maia (PSD). Na pauta todos os projetos estratégicos da cidade.

Lá em Maringá os vereadores, prefeito, deputados estaduais e federais têm um objetivo comum: melhorar a cidade cada vez mais, trabalhar pela prosperidade da população, em favor do progresso.

Cada um no seu espaço. Cada um com sua narrativa política.

A receita vem dando certo nos últimos 15 anos. Nos últimos seis anos em que Ricardo Barros é de oposição à Ulisses Maia, Maringá já conseguiu atrair R$ 1 bilhão de investimentos diretos do Governo Federal.

Ponta Grossa, 200 anos. Cidade de políticos adolescentes. Piás e gurias mimados, pançudos. Demagogos e oportunistas preocupados com redes sociais, com a crítica e a desconstrução permanente dos adversários.

Sociedade retrógrada que não percebeu ainda: a cidade não tem donos. É a quarta metrópole regional do Paraná. Mais de mil indústrias, onde os gerentes ganham mais que vereadores e secretários municipais.

Ao contrário de Maringá, Ponta Grossa é desunida politicamente. Cada um puxa a sardinha pro seu prato, pra fortalecer seu discurso. A cada término de eleição começa outra, como se estivéssemos numa briga de bar sem fim.

Políticos mentem e se xingam em grupos de WhatsApp. Empresários competem pra mostrar que entendem mais de política que os políticos. Famílias tradicionais, superadas pelo desenvolvimento da cidade, ainda acham que sabem o que é melhor pro futuro, a verdadeira vanguarda do atraso.

O populismo impera e a pobreza aumenta. A hipocrisia e o achaque revelam a fraqueza moral desse sistema que não tem futuro. A mediocridade política amarra a cidade num atraso de 100 anos.

Em Ponta Grossa comemora-se a desunião. Vibra-se com “os grupos” se digladiando pela melhor mitada, pelo maior número de curtidas, pelo que se fala nos microfones das rádios.

Será que não chegou a hora dos deputados federais eleitos, Sandro Alex (PSD), Aliel Machado (PV) e do sub-júdice Jocelito Canto (PSDB); dos deputados estaduais Marcelo Rangel (PSD) e Mabel Canto (PSDB); da prefeita Elizabeth Schimidt (PSD) e todos os vereadores sentarem na mesma mesa como gente grande, educada e evoluída, pra unir forças a favor de Ponta Grossa?

Ou vamos ficar nessa picuinha do quanto pior melhor, olhando Londrina, Maringá e Cascavel dando uma aula de como separar a política eleitoral do desenvolvimento social?

Quem nesse tabuleiro terá a grandeza de fazer o primeiro movimento?

Será que os empresários sérios não enxergam que estamos ficando para trás?


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