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Entre eles estão Jocelito Canto, Elizabeth Schmidt, Aliel Machado, Felipe Passos, Álvaro Goes, Indianara Milléo e Márcio Pauliki.
Terminado o primeiro turno das eleições gerais, é possível com base no resultado das urnas na cidade, especular alguns nomes para a disputa pela Prefeitura Municipal em 2020. Algumas lideranças despontam pós-eleição de 2018 e outros novos vão surgindo nos bastidores da política local. Vamos à eles:
JOCELITO CANTO – Sempre no imaginário da população, principalmente a mais carente, devido a sua audiência no rádio e na televisão, Jocelito sai das urnas vitorioso. Elegeu a sua filha, Mabel Canto (PSC), deputada estadual com 35.036 votos, sendo 28.606 votos em Ponta Grossa – a mais votada na cidade.
Juristas ligados a Jocelito confidenciaram ao BLOG DO JOHNNY que ele continua “pendurado” pela Lei da Ficha Limpa por condenações do período que foi prefeito da cidade (2000 a 2004). Procurado pela reportagem, Jocelito disse que não tem pretensão de disputar a Prefeitura. “Não sou candidato a nada. Não tenho vontade nenhuma, já fiz a minha parte. Agora é com a Mabel. Se me dessem a Prefeitura sem eleição, eu não queria. Certamente ajudaremos alguém”, declarou o ex-prefeito.
Mabel registrou em cartório o compromisso do cumprimento integral do mandato. “Vou cumprir integralmente o meu mandato, não tem eleições municipais no meio que me tirem do meu mandato”, disse à época.
ELIZABETH SCHMIDT – A vice-prefeita Elizabeth Schmidt está sempre disposta a encarar novos desafios. É a opção mais viável para suceder o prefeito Marcelo Rangel (PSDB). Ela está de saída do PSB e a sua nova sigla, ainda não definida, deverá estimular a sua participação no pleito. Caso Elizabeth decline, Rangel e o seu grupo poderão apoiar outro nome.
ALIEL MACHADO – Reeleito deputado federal, Aliel fez 95.386 votos, sendo 25.937 votos em Ponta Grossa, ou seja 27% do total da sua votação. A cidade não foi tão generosa com o jovem deputado. Aliel perdeu para o também deputado federal reeleito Sandro Alex (PSD), irmão do prefeito, que fez cerca de dez mil votos a mais, e para Mabel, que o ultrapassou em cerca de 2,7 mil votos. Ele fez ainda praticamente a mesma votação do vereador Felipe Passos (PSDB), que foi candidato a deputado federal, e perdeu para Aliel por 287 votos aqui.
Em 2016, quando foi candidato a prefeito, Aliel fez 49.611 votos no primeiro turno e 79.008 votos no segundo turno.
Para alcançar o tão desejado sonho de ser prefeito, Aliel precisará reconquistar até 2020 a confiança da parcela do eleitorado ponta-grossense que perdeu. Esperto, mesmo o seu partido tendo declarado apoio ao candidato do PT, Fernando Haddad, no segundo turno da disputa presidencial, Aliel declarou neutralidade (“subiu no muro”). Ele busca uma aproximação com o prefeito Marcelo Rangel e, com Jocelito inelegível, terá maiores chances.
FELIPE PASSOS – Foi o segundo vereador mais votado em 2016 e fez 49.661 votos como candidato a deputado federal, sendo 25.650 votos em Ponta Grossa. Como vereador, Felipe defende a moralização da política e mantêm estreitas relações com a Igreja Católica. Cogita disputar a Prefeitura em 2020, mas pertence ao PSDB que é comandado na cidade pelo prefeito Marcelo Rangel. A maior dificuldade de Passos para viabilizar-se na disputa é a falta de um grupo político que lhe dê sustentação, por defender a moralização na Câmara, é detestado pelos seus colegas de Parlamento. É um potencial candidato a vice.
ÁLVARO GOES – Já a algum tempo o presidente do Operário Ferroviário Esporte Clube (OFEC) é cotado como um nome em potencial para a disputa pela Prefeitura. Além de levar o “Fantasma” a conquistar dois títulos brasileiros em anos consecutivos, o empresário bem-sucedido tem origem humilde, tendo trabalhado como frentista de posto.
Goes também pode agregar um grande número de apoiadores, como Jocelito Canto e o deputado estadual Márcio Pauliki (SD), não reeleito, além do empresariado. Atualmente ele está filiado ao PR.
INDIANARA MILLÉO – A empresária Indianara Milléo já foi cotada para ser vice de Jocelito em 2008. Ela atuou como secretária municipal de Governo no primeiro mandato do prefeito Marcelo Rangel e atualmente comanda o Clube Ponta Lagoa. Indianara é filiada ao PMDB e empresários da cidade lhe incentivam a uma possível candidatura a prefeita.
MÁRCIO PAULIKI – Derrotado em 2012 no primeiro turno para a Prefeitura e novamente nas últimas eleições – as duas vezes tentando se comparar com os irmãos Sandro Alex e Marcelo Rangel -, Márcio Pauliki disse que volta para a “lojinha”. Mas mesmo contrariando a sua família que não quer mais vê-lo na política, é esperado o seu retorno como candidato a prefeito. Pauliki foi o quarto colocado em Ponta Grossa, com 25.024 votos, perdendo para Felipe Passos, que fez 626 votos a mais.
Até 2020 novos líderes devem surgir e é importante que isso ocorra para dar mais opção de escolha ao eleitor ponta-grossense. Mas os nomes que vêm sendo cogitados até o momento já dão ao eleitorado boas opções para o futuro da cidade.