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Severino Araújo: “Se isso acontecer, também não querem o PSB”.
Caso o PSDB confirme sua saída da coligação de apoio à reeleição da governadora Cida Borghetti (PP), como sugeriu o ex-ministro Ricardo Barros (PP), no início da semana, outras legendas do “chapão” podem debandar. O presidente do PSB, Severino Araújo, desconsidera a hipótese de uma aliança sem a candidatura ao Senado do ex-governador Beto Richa, presidente do PSDB estadual. Com cinco deputados estaduais e três federais, o PSB rechaça a possibilidade levantada por Barros.
Segundo Severino, o acordo firmado no fim de abril, mês em que Richa renunciou ao governo, era claro ou determinar a candidatura de Cida Borghetti ao governo e Beto Richa ao Senado. Esse cenário, segundo ele, foi inclusive combinado com a Executiva nacional do PSB. “Toda coligação nos estados tem que ter a anuência nacional e essa tratativa (sobre o Paraná) já foi feita”, disse.
Para o dirigente, a declaração de Ricardo Barros – marido da governadora – de que Richa “nunca declarou apoio à Cida” e que o tucano planejava um “acordo branco” com a candidatura do deputado estadual Ratinho Junior (PSD) ao governo não pode prosperar. “Não existe isso. Há 90 dias foi feito um entendimento que o PSB junto com PSDB, PTB, DEM e PP e outros partidos, todos fariam a coligação. Isso foi feito informalmente: a tratativa em torno de Cida governadora e Beto Richa ao Senado. E para eleições proporcionais, para deputados federais e estaduais, seria esse chapão. O que foi combinado, está mantido. A posição do PSB é manter essa coligação”, disse.
“Acho até estranho, porque quando Richa renunciou ao governo a candidatura de Cida era a dele. Se Beto renunciou ao governo, ele não fez opção por outra candidatura. Ele (Barros), para afastar Richa do processo, terá (problemas)”, adianta.
Fidelidade – Severino diz que o PSB é fiel ao ex-governador. “Nós estamos no bloco (comandado por Richa), governamos há 14 anos para nós. Se tem essa coligação (sem o PSDB), também não quer o PSB. Ser por uma eventualidade isso acontecer, também não querem o PSB. Eu não espero. Pelo menos até ontem, era isso que indicava”, afirma.
Severino conta que fez na terça-feira uma reunião com Barros, principal articulador político da campanha de Cida, e disse que o ex-ministro reforçou o pedido para que o PSB permaneça na chapa. Ele não quis comentar as declarações dadas por Barros na segunda-feira.
“Ontem estivemos com ele (Barros) e levamos para ele que nossa posição foi reiterada: Beto Richa senador e Cida governadora. (Barros) disse na reunião que a coligação conforme a tratativa ‘depende da vontade dos partidos’ que ele citou, ‘PSB, o DEM’ e outros. No começo da tratativa o nome (ao Senado) era Beto Richa. Não vejo empecilho no nome do Alex (Canziani), apesar de o nome dele não ter sido discutido antes. Só temos restrição com (Jair) Bolsonaro e o PT e (Roberto) Requião (MDB)”, limita.
Osmar Dias – O presidente estadual do PSB também esteve com Richa, no mesmo dia. “Estive com Beto Richa e ele me confirmou que o que lá foi combinado, há 90 dias, está mantido por parte dele. Nossa convenção é para dia 30 e se isso não for resolvido vamos delegar poderes à Executiva para que decida o que for melhor”, adianta.
O presidente do PSB admite que integrantes do partido estiveram com o ex-senador e pré-candidato ao governo Osmar Dias (PDT), mesmo depois do acordo firmado “há 90 dias”. Porém, depois que Osmar recusou o convite para filiar-se à legenda no início do ano, ele afirma que a posição do PSB nunca mudou. “O PSB não (negociou recentemente). Não impede que alguém do partido não tenha conversado. Não existe impedimento disso. O partido não tratou disso desde que Osmar não quis mais migrar para o PSB”, afirma. (Com informações do Bem Paraná)