29 de junho de 2018

Ponta Grossa fica à frente de Foz no repasse de ICMS

Divulgação

Crescimento é reflexo do processo de industrialização da cidade nos últimos anos.

O Município de Ponta Grossa superou Foz do Iguaçu na previsão de repasse pelo Estado do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A Secretaria da Fazenda do Paraná divulgou esta semana o índice provisório para repasse dos recursos aos 399 municípios do Estado, indicando Ponta Grossa na 5ª posição, com um aumento de 2,74% no índice de cálculo para distribuição do imposto em 2019. Com isso, além de figurar entre os 10 primeiros municípios no repasse, Ponta Grossa também registra o maior crescimento no índice.

Posição no Estado/2019

  1. Curitiba
  2. Araucária
  3. São José dos Pinhais
  4. Londrina
  5. Ponta Grossa
  6. Foz do Iguaçu
  7. Maringá
  8. Cascavel
  9. Toledo
  10. Guarapuava

“É uma grande conquista para Ponta Grossa, que em 2018 já havia conseguido superar Maringá nesse ranking. Com isso, ficamos como o segundo maior município do interior em repasse de ICMS. Nós prevíamos superar Foz do Iguaçu, que é uma potência por conta da Usina Hidrelétrica de Itaipu, mas não prevíamos que seria já no próximo ano. Representa uma importante vitória para nosso Município, porque é reflexo direto do processo de industrialização que teve início em 2013, com a atração de novos empreendimentos e fortalecimento do nosso Parque Industrial”, comemora o prefeito, Marcelo Rangel (PSDB). Ele destaca ainda que a tendência é que o repasse aumente ainda mais. “Quanto mais estabelecidas estão as novas indústrias, maior será o valor de ICMS destinado ao nosso Município. Além da geração de empregos, esse processo de industrialização também é extremamente positivo para a nossa receita”.

Conforme o índice provisório divulgado pela Secretaria de Fazenda do Estado, dos dez primeiros municípios nessa listagem, apenas três deles registraram crescimento no índice, sendo São José dos Pinhais, Toledo e Ponta Grossa.

Variação Percentual do índice/2019

– Ponta Grossa – 2,74%

– Toledo – 2,37%

– São José dos Pinhais – 2,23%

Este índice é usado como base de cálculo da distribuição do ICMS arrecadado com a produção em todo o Estado para os municípios paranaenses. Com este crescimento, a projeção da Secretaria Estadual da Fazenda é que Ponta Grossa receba R$ 186 milhões em repasse de ICMS no próximo ano, valor 5,6% maior que a previsão de 2017, de R$ R$ 176 milhões.

“O ICMS é hoje a maior receita que o Município tem de transferência constitucional, representando cerca de 30% do nosso orçamento e esse crescimento é muito significativo para o planejamento de ações para o próximo ano. Um crescimento de 5,6% no repasse, provavelmente acima da inflação do período, dará à administração margem para realizar novos investimentos, nos deixando cada vez mais próximos de um orçamento de R$ 1 bilhão, a meta da administração para se alcançar até o fim deste governo”, avalia o secretário municipal da Fazenda, Cláudio Grokoviski.

IMPACTO DOS SETORES – Para formação desse novo índice, o setor da Indústria contribuiu com R$ 4,7 bilhões; o Comércio com R$ 1,8 bilhão; Serviços tributados pelo ICMS com R$ 1,3 bilhão; e a Produção Primária com R$ 454 milhões. O Valor Adicionado total do município no ano base de 2017 foi R$ 8,3 bilhões, contra R$ 8,1 bilhões do ano de 2016. “Ou seja, teve incremento em Valor Adicionado de 2,4%, muito próximo ao incremento do índice. O setor da Indústria corresponde a mais de 60% do Valor Adicionado total do Município, um número muito significativo. Nessa evolução, o setor que mais cresceu foi o de Serviços, com crescimento superior a 4% no comparativo entre 2016 e 2017”, detalha Grokoviski.

De acordo com o secretário de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, Paulo Carbonare, Ponta Grossa passou, desde 2013, pela implantação de mais de 40 indústrias, transformando o Município no maior Parque Industrial do interior do Estado. Com isso, o reflexo do ICMS deve continuar sendo sentido ao longo dos próximos anos.

“Ponta Grossa conta com uma economia cada vez mais forte e esse crescimento prova o nosso potencial em todos os setores. Como a industrialização é uma força motriz dos outros setores, já que cada emprego direto gerado na indústria, por exemplo, gera outros 4 indiretos no comércio e nos serviços, estamos nos destacando em todas as áreas. Nosso saldo de empregos vem sendo positivo constantemente e destaca Ponta Grossa no Estado. No ano passado, por exemplo, tivemos o maior saldo entre as grandes cidades do Paraná”, destaca Carbonare.

IMPACTO DA PARALISAÇÃO – Apesar da previsão na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2018 ser de R$ 176 milhões com o repasse de ICMS, o valor deve ser o menor que o previsto em decorrência do impacto da paralisação dos caminhoneiros no último mês. Já no início de junho a Prefeitura registrou uma queda significativa no repasse, sendo que dos R$ 1,2 milhão estimado para entrar nos cofres do Município, apenas R$ 400 mil foram repassados. No repasse da segunda semana, previsto em R$ 3 milhões, apenas pouco mais de R$ 1 milhão foi destinado à Ponta Grossa. Durante o mês de junho em 2017 o repasse total de ICMS foi de R$ 9 milhões, mas a Prefeitura prevê que neste ano ficará em menos de R$ 7 milhões. (Com assessoria)


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