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Desde a última eleição, em 2018, teve o seu nome envolvido na Operação Quadro Negro, o maior esquema de corrupção da história do Paraná e que investigou o desvio de recursos públicos na área da Educação. Desde então, foi reeleito com uma votação pífia em Ponta Grossa e perdeu prestígio político. Mesmo inocentado, não teve o perdão do eleitorado, que o mandou para a casa.
O deputado estadual Plauto Miró Guimarães Filho (DEM) não vive uma boa fase. Ex-primeiro-ministro do Paraná, o parlamentar alvo de investigações de desvio de recursos públicos para a construção de escolas, é hoje uma “persona non grata” no meio político.
Reeleito para o oitavo mandato com ‘as calças na mão’ – com míseros 5 mil votos em Ponta Grossa -, nunca foi além disso. Disputou a Prefeitura de Ponta Grossa em 96 e ficou em terceiro lugar, perdendo para Jocelito Canto e Péricles de Mello.
Embora coadjuvante, em todas as eleições municipais até 2016, Plauto teve papel decisivo, indicando o vice ou como apoiador, aliado do governo do Estado. Se gabando do feito de nunca ter perdido uma eleição.
Na eleição deste ano virou ‘leproso político’. Um dos motivos da derrota do empresário Márcio Pauliki (SD) para a Prefeitura de Ponta Grossa teria sido o seu apoio. Plauto também apoiou a o vereador Mingo Menezes (DEM) para a reeleição, que foi derrotado.
No segundo turno, quando poderia ter recuperado um pouco da sua credibilidade, ao invés de apoiar a candidatura da prefeita eleita Elizabeth Schmidt (PSD), que entrou para a política por seu intermédio, tendo sido filiada ao DEM, decidiu apoiar veladamente a candidatura da deputada estadual Mabel Canto (PSC), sendo derrotado por um histórico aliado seu, o vereador Sebastião Mainardes Júnior, que além de ‘general’ de Elizabeth, apoiou e venceu a eleição do vereador Jairton da Farmácia, tirando a vaga do seu ‘fiel escudeiro’, Mingo.
Não conformado com o resultado da eleição, atua nas ‘sombras’, tentando prejudicar o governo da prefeita que nem assumiu e ainda não mostrou para o que veio. Se Elizabeth somente dar continuidade e melhorar o que foi feito pelo prefeito Marcelo Rangel (PSDB), só isso valeu a sua eleição e a confiança da maioria do eleitorado pontagrossense. Mas a mulher é capaz de muito mais. A conferir…
Plauto, que aos seus 57 anos de idade entrou para a política muito jovem, além do seu envolvimento no maior escândalo de corrupção do Paraná, termina a sua carreira na política de uma maneira trágica e melancólica.