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Além de diagnósticos socioeconômicos e criação de estratégias, o Programa de Atração de Investimentos fará contatos diretos com investidores
A Prefeitura de Ponta Grossa assinou ontem a contratação do Programa Municipal de Atração de Investimentos (PMAI), em parceria com a Associação Comercial, Industrial e Empresarial (ACIPG). A intenção é produzir projetos que visem melhoria do ambiente de negócios, como questões relacionadas ao processo de escolha de cidade de um novo empreendimento.
“Quando um empresário pretende abrir uma empresa ou investir em determinado ramo, deve escolher qual ou quais cidades têm o ecossistema mais benéfico para o seu negócio, e isso vai desde a economia até o sistema de educação, que define qual mão de obra local há disponível em abundância, por exemplo”, explica o secretário municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, Paulo Henrique Carbonar.
A Agência Paraná de Desenvolvimento ficará responsável pelo desenvolvimento do PMAI. Enquanto a ACIPG investirá R$ 50 mil com contrapartida de R$ 100 mil da Prefeitura. O prazo é de que os resultados sejam entregues em até seis meses.
Para o prefeito Marcelo Rangel (PPS), este trabalho é uma oportunidade de Ponta Grossa ser reconhecida como uma potência de crescimento. “Índices como a arrecadação de ICMS da cidade cresceram 69% em cinco anos, por exemplo, demonstrando o potencial do nosso processo de industrialização. Acreditamos que o PMAI só vem a somar nos investimentos para a nossa cidade”, afirmou o prefeito.
O processo de análise com o objetivo de estimular o crescimento econômico local deve contemplar o estudo das fontes internas do crescimento regional, considerando as suas vantagens locacionais, a dotação de fatores, a estrutura urbana (economias de aglomeração), o mercado interno e os polos de crescimento.
Segundo Adalberto Durau Bueno Netto, diretor presidente da Agência Paraná de Desenvolvimento, o programa oferece ferramentas para se identificar as potencialidades, construindo um conhecimento coletivo sobre o município. “Não é uma coisa pronta e nem um recurso para beneficiar a Prefeitura, mas um programa para benefício da economia local”, apontou. De acordo com ele, há uma tendência de retomada na economia e nos investimentos e as cidades precisar ter um papel ativo na busca por empresas para geração de empregos e renda. “Temos ouvido que projetos que estavam engavetados estão começando a sair das gavetas e este é o momento para o município se posicionar. Esse programa vai justamente entregar isso”, definiu.
Para o presidente da ACIPG, Douglas Taques Fonseca, esse processo representa um avanço, mas precisa de celeridade para que seja produtivo e permita que o município seja competitivo nessa retomada da economia. Opinião partilhada por Álvaro Luiz Scheffer, presidente do Conselho de Representantes da ACIPG, que lembrou que a cidade precisa voltar a ter escala de produção. “Vale muito a pena focar nesse sentido, precisamos buscar industrias, fazer arranjos produtivos mais fortes. Mas não conseguiremos nos mostrar lá fora se não nos conhecemos direito”, disse.
O PROGRAMA – O documento possui seis metas, que deverão ser cumpridas em dois projetos – estes, subdivididos em um total de cinco fases. As metas são: elaboração de um diagnóstico socioeconômico do município; aplicação de pesquisas junto a empresas para avaliação do ambiente de negócios; mapeamento das demandas e gargalos locais para a promoção do desenvolvimento econômico sustentado no Município; elaboração de projetos para a promoção do desenvolvimento econômico sustentado; criação de estratégias de marketing do Município; e desenvolvimento de ações de prospecção de novos empreendimentos empresariais.
O primeiro projeto que deverá atender as metas propostas é o Planejamento para a Promoção do Desenvolvimento Econômico Sustentável do Município. Nele serão feitas a elaboração do diagnóstico socioeconômico do município, o mapeamento de demandas e gargalos, que será realizado junto a outras entidades locais, e a definição de ações e intervenções necessárias para a estruturação do projeto, em que outras instituições, como universidades, também serão convidadas para elaborar.
Já o segundo plano a ser realizado em consonância com as metas criadas é o Projeto para Atração de Novos Investimentos Empresariais, que deverá prospectar novos investimentos para o município. Ele deverá eleger os setores prioritários e a estruturação das propostas de valor pautadas nos resultados dos mapeamentos realizados. Com os resultados em mãos, serão realizadas abordagens diretas, através de visitas, envio de proposta de valor ou missões específicas para convencimento de investidores. (Com assessorias)