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Segundo o deputado, muitas cidades precisarão rever ou criar legislação para a instalação de novas antenas e equipamentos.
O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) disse ontem, 29, que o Paraná não vai aceitar a modelagem sinalizada pelo governo federal nas novas concessões do pedágio nas rodovias do estado. Romanelli defende a adoção de uma tarifa de menor preço. “Estamos vendo a tentativa do governo federal de impor uma taxa de outorga com o modelo híbrido. Não podemos aceitar esta imposição. Temos de ir contra qualquer coisa que não seja o menor preço. Esta é a hora de nos mobilizarmos”.
“Querem tratar com crueldade o povo paranaense. O governo federal quer empurrar goela abaixo, de novo, um pedágio caro. É uma perversidade de quem está em Brasília”, disse Romanelli na reunião da Frente Parlamentar de Encerramento dos Contratos de Pedágio.
A audiência teve a participação do prefeito de Fazenda Rio Grande, Marcio Claudio Wozniack, presidente da Assomec (Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba). Wozniack e os deputados defendem uma gestão mais equilibrada dos modelos de pedágios no Paraná, para que não se onere ainda mais os usuários e toda a cadeia produtiva do Estado.
Coordenada pelo deputado Arilson Chiorato (PT), a frente é composta pelas deputadas Luciana Rafagnin (PT), Mabel Canto (PSC) e Maria Victoria (PP) e pelos deputados Luiz Claudio Romanelli (PSB), Anibelli Neto (MDB), Boca Aberta Junior (PROS), Delegado Recalcatti (PSD), Dr. Batista (PMN), Evandro Araújo (PSC), Gilson de Souza (PSC), Goura (PDT), Homero Marchese (PROS), Delegado Jacovós (PL), Luiz Carlos Martins (PP), Luiz Fernando Guerra (PSL), Requião Filho (MDB), Paulo Litro (PSDB), Professor Lemos (PT), Soldado Adriano José (PV), Soldado Fruet (PROS), Subtenente Everton (PSL), Tadeu Veneri (PT), Tercílio Turini (CDN) e Reichembach (PSC).
DESCONSIDERAÇÃO – Romanelli lamentou que o governo federal ignore a manifestação feita pelos 30 deputados federais e os três senadores, que entregaram um documento onde pedem que o modelo de pedágio não seja híbrido. “O governo federal desconsidera completamente a manifestação dos deputados federais e senadores ao confirmar que vai adotar o modelo híbrido nas praças de pedágio do Paraná. Nós não vamos aceitar isso”, rebate.
O deputado explica que, pelo modelo híbrido mantém a tarifa com preço atual, com desconto entre 15% e 20%. “É um tapa na cara duplo, porque o governo federal está pouco ligando; ele quer arrecadar mais dinheiro, quer manter a tarifa alta e por pedágio em quatro mil quilômetros de rodovias. Não vamos aceitar isso”.
Romanelli, que cumpre agenda no Norte Pioneiro com o governador Ratinho Júnior (PSD), participou da reunião por videoconferência. Ele defendeu que a Assembleia estude medidas legislativas a serem tomadas para convencer o Estado a não aceitar passar rodovias estaduais para serem pedagiadas. “Vamos ter que encontrar mecanismos para barrar que o governo federal faça isso. Precisamos nos unir para impedir que se cometa um crime contra a economia popular paranaense”.
Os deputados paranaenses defendem uma modelagem de menor preço para as novas concessões de pedágio nas estradas do Paraná. Os atuais contratos terminam em novembro do ano que vem e, pela proposta apresentada pelo Ministério de Infraestrutura e Logística, o modelo adotado será o híbrido, com oneração de tarifa para os paranaenses.
A meta do governo federal é ampliar, dos atuais 2.500 km de rodovias pedagiadas, entre rodovias federais e estaduais, para 4.140 km. “Vai aumentar muito o número de rodovias pedagiadas. O governo federal quer jogar sujo de novo com o Paraná, ao criar mais um imposto. Nós estamos sendo discriminados”, desabafa. A próxima reunião da Frente Parlamentar do Pedágio será dia 5 de outubro. (Com assessoria)