27 de outubro de 2021

Paraná e Paraguai buscam ampliar parcerias via Porto de Paranaguá

Divulgação

Atualmente as mercadorias paraguaias saem do País por meio de barcaças pelos rios Paraná e Paraguai até os portos da Argentina e Uruguai. Terminal paranaense quer recuperar o protagonismo que teve até os anos 2000.

O governador Ratinho Junior (PSD) se reuniu ontem, 26, no Palácio Iguaçu, com o embaixador do Paraguai no Brasil, Juan Ángel Delgadillo. O encontro serviu para estreitar relações e prospectar novos projetos que possam ajudar no desenvolvimento de ambos os lados.

Ratinho Jr. ressaltou que o Paraná busca ampliar a parceria com o Paraguai, especialmente no aspecto logístico, comercial e energético, tanto via Porto de Paranaguá quanto via Itaipu Binacional. Atualmente, as mercadorias paraguaias saem do País por meio de barcaças pelos rios Paraná e Paraguai até os portos da Argentina e Uruguai. Há, porém, um movimento bilateral para retomar a parceria, extremamente forte e competitiva, até o início dos anos 2000.

“O Porto de Paranaguá pode voltar a ser o grande terminal de escoamento da safra paraguaia pelo Oceano Atlântico. Há em andamento o projeto de novas concessões rodoviárias no Estado e também da construção da Nova Ferroeste, ações que vão diminuir o custo para quem exporta”, afirmou ele, destacando que o Paraguai é atualmente o terceiro maior produtor de soja do mundo.

O governador lembrou que está em andamento a obra de derrocagem da Palangana, em Paranaguá. Intervenção que vai permitir, muito em breve, a homologação de mais um metro de calado operacional, ampliando a possibilidade de atracagem de navios maiores, com mais volume de carga.

ENERGIA – O governador afirmou ainda que já há uma grande sociedade em andamento por meio da Itaipu Binacional. Daqui a dois anos, em 2023, quando o tratado completar 50 anos, está prevista a revisão do Anexo C, que estabelece as bases financeiras e de prestação de serviços de eletricidade da usina.

A negociação entre brasileiros e paraguaios ocorrerá no mesmo ano que a empresa quitará todas as dívidas contraídas para a construção da usina.

“Estamos à disposição e em busca de projetos que possam resultar no crescimento regional, que sejam tão bons para o Paraná quanto para o Paraguai”, destacou Ratinho Jr.

O embaixador disse acreditar que a comunhão de esforços e o bom ambiente político ajudam na costura de novas ações em conjunto. “Os projetos de infraestrutura do Paraná são relacionados à diminuição de custos, o que interessa sobremaneira ao Paraguai”, afirmou.

“Tenho certeza de que podemos ampliar a parceria em relação ao Porto de Paranaguá e também usar ainda mais a usina de Itaipu como indutor do desenvolvimento de toda a região”, ressaltou o embaixador.

PRESENÇAS – Participaram do encontro o vice-governador Darci Piana; o chefe da Casa Civil, Guto Silva; o diretor-presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero; Bráulio Pupim, diplomata do Escritório de Representação do Itamaraty no Paraná (Erepar); o primeiro-secretário da Embaixada do Paraguai no Brasil, Fernando Lopez Closs; e o cônsul-geral do Paraguai em Curitiba, Carlos José Fleitas Rodríguez. (Com AEN)


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