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O Paraná apresenta sinais de retomada econômica mais forte que a do Brasil. É o que apontam os primeiros indicadores de 2019 divulgados pelos órgãos oficiais. Com aumento de 14,6% na abertura de empresas e criação de 9,1 mil novos empregos formais em janeiro, o que representa 26,6% do total nacional de 34.313 vagas, a renda média dos trabalhadores subiu. O cenário favorável injetou maior volume de dinheiro na economia estadual e ampliou as operações de crédito, enquanto o nível de inadimplência caiu.

Segundo dados do Banco Central, o saldo das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) no Estado atingiu R$ 225,9 bilhões em janeiro, um aumento real (descontada a inflação) de 3,7%, comparado ao primeiro mês de 2018, e bem acima do crescimento brasileiro de 1,2%. “A economia do Paraná vem apresentando uma retomada mais vigorosa que a média da nação”, afirmou o diretor de pesquisa do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Julio Suzuki Junior.

PESSOAS JURÍDICAS – No Paraná, as operações de crédito para pessoas jurídicas somaram R$ 87,1 bilhões em janeiro, um avanço real de 2,7% – contrastando com o declínio de 2,7% no País. “As empresas paranaenses vislumbram no Estado uma condição mais favorável para efetivação de novos negócios”, apontou Junior.

PESSOAS FÍSICAS – Já a concessão de crédito para pessoas físicas totalizou R$ 138,8 bilhões, um aumento de 4,4% – quase igual à alta nacional (4,5%). “A contratação de volumes maiores de crédito pelos consumidores paranaenses deriva da melhor condição do mercado de trabalho”, disse o diretor do Ipardes. “O maior consumo garante posteriormente um melhor contexto de emprego que, por sua vez, gera novamente mais consumo. É o círculo virtuoso que pode redundar em taxas de crescimento econômico no Paraná mais pronunciadas que no Brasil”, acrescentou.

INADIMPLÊNCIA – As estatísticas do Banco Central também mostram quedas expressivas nas taxas de inadimplência em janeiro deste ano, comparado ao mesmo mês de 2018. No total das operações de crédito do SFN no Paraná, o índice caiu 20,6%.

A taxa de inadimplência das pessoas físicas recuou 10,9% e a das pessoas jurídicas reduziu 31,2%. “Mesmo em um contexto de maior endividamento, os consumidores paranaenses vêm conseguindo arcar com seus compromissos financeiros. É um processo de investimento que não vem penalizando demasiadamente os orçamentos familiares”, analisou Junior. A metodologia do BC considera inadimplente qualquer dívida com mais de 90 dias de atraso.

PARCERIAS – Em dois meses de mandato, o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) já firmou algumas parcerias com objetivo de atrair novas empresas que gerem mais emprego e renda no Estado.

No dia 14 de fevereiro, o governador assinou um protocolo de intenções com a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) visando um trabalho integrado com a Paraná Desenvolvimento, agência responsável pela prospecção de novos negócios ao Estado.

No dia 19 do mês passado, durante o evento de lançamento do novo modelo da fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais, Ratinho Jr. garantiu que o Paraná está aberto a investimentos produtivos nacionais e internacionais e que o governo do Estado apoia pequenos, médios e grandes empresários para que gerem mais empregos e movimentem a economia.

O governador já declarou que o objetivo é desenvolver as habilidades regionais do Paraná e identificar novas vocações. A viagem do governador ao Vale do Silício (EUA), na semana passada, é outra iniciativa voltada a transformar o Estado em um grande polo tecnológico, com a criação de startups para o setor agropecuário. Além de conhecer cases inovadores, foram firmados acordos de cooperação técnica, capacitação, transferência de tecnologia e inovação.

AUMENTO NO NÚMERO DE EMPRESAS, EMPREGOS E RENDA – A Junta Comercial do Paraná (Jucepar) registrou a abertura de 3.303 empresas em janeiro de 2019. Este número representa um incremento de 14,6% em relação ao total contabilizado no mesmo mês do ano passado (2.881).

O Paraná abriu 9.145 novas vagas no mercado formal de trabalho em janeiro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. É o segundo melhor resultado para janeiro desde 2015 e representa um incremento de 0,35% em relação ao estoque de trabalhadores celetistas em dezembro, que era de 2,6 milhões de pessoas. O crescimento nacional foi de 0,09%.

Os dados do Caged também indicam que o salário médio de admissão para emprego formal celetista no Estado foi de R$ 1.574,68 em janeiro. Isso representa uma alta real de 0,58% em relação ao mesmo mês de 2018. que foi de R$ 1.565,66. É a quinta maior remuneração de ingresso no mercado de trabalho brasileiro, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. (Com AEN)