Divulgação
“O Paraná fez o dever de casa, passou por um ajuste fiscal que garantiu o equilíbrio de suas contas num período em que o Brasil entrou numa crise econômica e social sem precedentes, talvez a crise mais grave da história”
O tempo é o senhor da razão. O tempo é o senhor da razão. O tempo é o senhor da razão. Este é um mantra que venho repetindo para mim mesmo, e algumas vezes publicamente, há mais de três anos. Acho que já posso parar.
Há algumas semanas, o jornal Folha de São Paulo trouxe a manchete “Estados cortam R$ 23 bilhões em investimentos”, complementada com a informação que vinte e cinco das 27 unidades da federação cortaram investimentos entre 2014 e 2017, o que resultou em obras paralisadas, contas em desequilíbrio e recessão, com redução de investimentos em infraestrutura, saúde e segurança nesses 25 Estados.
Menos no Paraná e em Rondônia, os dois únicos que não cortaram investimentos. O ranking da Folha mostrou o Paraná em primeiro lugar em investimentos.
É importante relembrarmos alguns fatos pois, para aumentar os investimentos nos últimos anos o Paraná teve, como diz o jornal, “um caminho doloroso”. A reportagem se refere às críticas e à incompreensão que enfrentamos desde o final de 2014, quando iniciamos as medidas de ajuste fiscal e corte de gastos para impedir que o Paraná mergulhasse na crise que agora fica evidente em 25 Estados.
O Paraná fez o dever de casa, passou por um ajuste fiscal que garantiu o equilíbrio de suas contas num período em que o Brasil entrou numa crise econômica e social sem precedentes, talvez a crise mais grave da história.
O tempo é o senhor da razão. Vemos hoje em rede nacional, onde antes nosso Paraná era, injustamente, destaque negativo, que 25 Estados brasileiros cortam investimentos e param obras.
Não é o caso do Paraná. Só neste ano, estão reservados no orçamento R$ 8,4 bilhões para investimentos em infraestrutura, segurança, saúde e educação.
O Paraná de hoje é um canteiro de obras na sua infraestrutura, com duplicações de rodovias, modernização de portos e aeroportos, investimentos vigorosos em energia, saneamento e tecnologia da informação e construções de equipamentos urbanos que garantem mais atenção às pessoas.
Cada um dos 399 municípios do nosso Estado pode testemunhar hoje o trabalho que realizamos. Não há um só canto, uma só cidade, um só rincão do Paraná que tenha sido esquecido pelo nosso governo.
Fizemos um ajuste que cortou R$ 2 bilhões por ano nas despesas, com a racionalização dos gastos e a revisão de despesas de custeio. Fizemos isso para que o Estado gastasse menos em si próprio e mais com os paranaenses.
O resultado é que temos hoje uma taxa de investimentos que chega a 10,5% das receitas próprias, o que nos coloca no topo das unidades federativas que mais investem.
O nível de endividamento do Paraná caiu de 90% das receitas correntes líquidas em 2010 para os atuais 27%, o que demonstra definitivamente a boa saúde financeira do Estado, reconhecida por organismos como a agência de riscos Fitch que, recentemente, classificou o Paraná, pelo segundo ano consecutivo, na categoria de AA+, o melhor resultado entre todos os Estados brasileiros.
Se antes não havia ambiente para o investimento da iniciativa privada, nós invertemos essa lógica. Hoje estamos novamente no radar dos investimentos de grandes empresas nacionais e estrangeiras.
No ano passado o executivo Luiz Fernando Furlan, do movimento de lideranças empresariais, o Lide, disse que nosso ajuste fiscal “não apenas arrumou as contas públicas como também criou um cenário positivo para o crescimento do setor privado”.
Para chegar a isso houve sacrifícios pessoais, noites insones, dificuldades inúmeras, enquanto meu maior capital político, a minha popularidade, era derretido.
Mas valeu a pena, porque nunca arredei pé da convicção que estava no governo para melhorar a vida dos paranaenses, e não para coroar um projeto pessoal.
Trabalhamos fortemente no ajuste fiscal e nas medidas administrativas mas também cuidamos das pessoas. O Paraná foi o Estado que mais reduziu a pobreza no Sul e Sudeste, com uma redução de 57,4% segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O Paraná de hoje está pronto para seguir adiante, com grande capacidade para investir e crescer. Trabalhar e gerar empregos. O Paraná de amanhã será ainda melhor porque fizemos a nossa parte na história, criando uma base segura para seguir avançando.
Beto Richa, ex-governador do Paraná e presidente estadual do PSDB