21 de outubro de 2021

Nova Escola de Sargentos do Exército (ESA) será em Recife

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Capital pernambucana derrotou a paranaense Ponta Grossa e a gaúcha Santa Maria na preferência sobre empreendimento de R$ 1,2 bilhão. A decisão foi comunicada pelo comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, esta noite, 21, e replicada nas redes sociais pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.

A nova Escola de Sargentos do Exército (ESA) vai ficar em Recife (PE). A decisão foi comunicada pelo comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, esta noite, 21, e replicada nas redes sociais pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. A escolha representa o fim de um sonho acalentado pelos moradores de Ponta Grossa (PR), cidade que estava muito cotada para receber o empreendimento, estimado em R$ 1,2 bilhão.

O comandante tomou a decisão após a 339ª Reunião do Alto Comando (Race), onde a escolha da sede da ESA foi um dos assuntos do trimestre. O encontro discute pautas do interesse militar. Estavam no páreo Ponta Grossa (PR), Santa Maria (RS) e Recife (PE).

A nova ESA unificará o treinamento dos sargentos brasileiros, hoje formados em 13 unidades de ensino dispersas pelo país, uma das quais também se chama ESA e fica em Três Corações (MG). Os prefeitos desses municípios e os governadores dos Estados cotados para receber a escola foram avisados sobre a decisão em telefonema na noite desta quinta-feira. “Eles perderam Ponta Grossa”, lamentou a prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt (PSD).

A reunião do alto comando ocorre seis vezes ao ano. Participam do evento os 16 oficiais-generais mais graduados da força. É aí que se debate o planejamento estratégico da corporação, a execução orçamentária e as práticas administrativas da instituição.

A reportagem falou com três generais para saber o que levou a escolha por Recife. A decisão, segundo eles, foi geopolítica. O Exército decidiu desconcentrar unidades militares, cuja maioria hoje já está nas regiões Sul e Sudeste do país. O Nordeste não recebia um empreendimento militar há muito tempo.

“Há décadas que a presença militar não se adensa nessa ponta do país. Já Santa Maria, por exemplo, tem muitos quartéis, é a Capital dos Blindados na América do Sul. Os generais optaram por priorizar uma região mais carente de empreendimentos das Forças Armadas”, explica o general Richard Nunes, comandante militar do Nordeste, em entrevista exclusiva a GZH.

Além disso, destaca Richard, há uma razão simbólica: Pernambuco é berço do Exército brasileiro, criado após a Batalha dos Guararapes, “na qual os holandeses foram expulsos por portugueses, índios e negros, unidos”.

O Comandante Militar do Sul, general Valério Stumpf, não quis comentar a escolha.

Fontes militares confidenciaram a GZH que os generais fizeram votação e a escolha recaiu sobre Recife, decisão acatada pelo comandante Paulo Sérgio. Não se sabe se ele a submeteu a Jair Bolsonaro, que gosta de opinar sobre assuntos militares, mas o Presidente anunciou a decisão nas redes sociais antes dela ser comunicada oficialmente pelo Exército.

Para decidir, os generais se embasaram em exposição do general de divisão Joarez Alves Pereira Junior, do Departamento de Ensino do Exército, que inspecionou pessoalmente os três municípios cotados para abrigar a ESA.

Alguns dos pontos que ajudaram a embasar a decisão do Estado Maior:

Recife
É uma capital, possui aeroporto internacional e grandes estruturas do Exército, como sede do Comando Militar do Nordeste e base aérea. A desvantagem apontada era o fato de ser uma metrópole, de trânsito difícil e poucas áreas desocupadas para treinamento. Tampouco está situada numa região estratégica, do ponto de vista geopolítico (até para compensar isso, acabou sendo contemplada). (Com informações da GZH)


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