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Em um ofício, a entidade cumprimentou os políticos pela vitória e se colocou à disposição ao diálogo e trabalho em conjunto em prol do desenvolvimento de Ponta Grossa e da região.
Thalita Rocha
Ratinho Júnior (PSD), deputado estadual e pré-candidato ao governo do Estado, falou na última quinta-feira, 28, em Ponta Grossa, para cerca de 450 pessoas, sobre suas principais propostas para o Paraná. Estiveram presentes na palestra, na sede da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), o deputado federal Sandro Alex (PSD), os deputados estaduais Plauto Miró (DEM) e Hussein Bakri (PSD), o prefeito Marcelo Rangel (PSDB), a vice-prefeita Elizabeth Schmidt (PSB), o presidente licenciado do Sistema Fecomércio, Darci Piana, o presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, secretários municipais, vereadores, entre outras lideranças e público em geral.
A palestra, que durou aproximadamente duas horas, começou com apontamentos sobre sua carreira e formação. Segundo ele, também foi uma oportunidade de “se apresentar para o setor produtivo de Ponta Grossa e região”, “para um público seleto e importante”. Ele considerou, ainda, que seu projeto para o estado é inovador. “O Paraná nunca teve um governador ruim, mas nos últimos trinta, quarenta anos, tem sido governado pelo mesmo grupo de pessoas. Eu não vim de uma família tradicional política do Estado. Isso me dá uma certa independência em relação aos demais, de poder propor ao Paraná um projeto mais ousado”, disse. “Tenho buscado construir um projeto para o Paraná. Isso eu tenho feito nos últimos 15 anos da minha vida. Mais do que querer convencê-los de alguma coisa, eu acho que o convencimento vai acontecendo durante essa maratona que vamos ter nos próximos meses, em cima de nossos projetos e plano de governo”, destacou.
A discussão abriu espaço para perguntas dos ouvintes e teve abordagens sobre o atual cenário paranaense. Segundo o pré-candidato, a estrutura administrativa do estado já não sustenta a demanda. “O poder público, ao longo dos anos, se transformou num grande elefante. Ele foi crescendo e ficou tão grande, que tudo aquilo que nós arrecadamos de alimento para esse elefante, que são nossos impostos, já não o alimenta mais”, disse. “Então ou a gente diminui esse elefante ou consegue enxugar a máquina pública, faz um projeto mais inovador, eficiente, ou vamos continuar dizendo que o Paraná, o Brasil é o país do futuro e esse futuro nunca chega”, considerou.
O pré-candidato também criticou o que ele considera o “grande erro” dos gestores públicos: a falta de planejamento a médio e longo prazo. Ele apontou, ainda, que o Estado tem que definir e valorizar sua vocação de produção. Para ele, no caso do Paraná, essa vocação seria a produção e transformação de alimentos, justificando-se pelo perfil produtivo do Estado. Ele defende que a matriz econômica do Estado sendo voltada a essa produção, daria incentivo ao emprego, renda e arrecadação de impostos. Para isso, segundo o deputado, a potencialização do segmento tem início no poder público, “deixando de ser um problema”, devido à burocracia existente hoje. Também sobre isso, o deputado expõe que, no seu plano de governo, as secretarias diminuiriam de 28 para 15, a fim de diminuir custos e aumentar a eficiência dos serviços. Ele também destaca o planejamento de acabar com o que chama de “regalias monárquicas”, oferecidas aos governantes, gerando gastos para o estado.
Ele falou, ainda, sobre outras possibilidades de criação de matriz econômica, como o turismo, área na qual, para ele, ainda não há o investimento merecido no Paraná. O deputado reforça que o investimento nesta área é mais barato e tem potencial, mencionando cidades como Curitiba e Foz do Iguaçu e lugares como o Parque de Vila Velha.
Sobre segurança pública, Ratinho Júnior defendeu que, no seu plano de governo, será planejada, integrada e com tecnologia. Além do investimento em política de fronteira, para reforçar a segurança do estado, que tem a localização facilitadora da entrada de produtos provenientes do tráfico.
PEDÁGIO E PRESIDENTE –Quando questionado sobre a concessão das rodovias do estado, o deputado defendeu que “o modelo implantado no Paraná não deu certo”. A solução apontada por ele, seria ouvir o setor produtivo do Estado – que é quem paga o pedágio, licitação internacional – que impede “conluios”, a exigência da diminuição da tarifa e que as obras aconteçam assim que assinado o contrato, diferente do que acontece hoje.
O questionamento também vindo da plateia sobre alianças com candidatos a ocupar a Presidência da República foi respondido com incerteza. “Tenho uma questão partidária, que ainda não está definida. O partido que faço parte (PSD) nacionalmente não tomou uma decisão. Temos uma situação regional que é o Senador Alvaro Dias, que vai representar o Paraná nessa disputa, é uma pessoa importante, que tem uma história no nosso estado, que tem uma imagem positiva. Nacionalmente a gente torce para que ele tenha um bom desempenho. E tem o Bolsonaro, que já anunciou apoio e preferência pela nossa candidatura aqui no Paraná. Então, agora a gente tem que esperar esse ajuste, não se precipitar. Até para ver quem vai se consolidar como candidato, as alianças, para então, após a convenção, a gente tomar uma decisão definitiva e traçar o melhor que for para o Paraná, acima de tudo. Esse é o nosso grande objetivo”, disse.