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Em 28 de fevereiro, a média móvel era de 3.724 novos diagnósticos por dia, calculada por um período de sete dias. Na semana encerrada no dia 14 de fevereiro, a média foi de 2.009 novos casos por dia. Um quarto dos óbitos de Covid-19 aconteceram nos dois primeiros meses deste ano.
Em duas semanas, a média móvel de casos confirmados de Covid-19 teve aumento de 48,5% no Paraná. De acordo com o último Informe Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, publicado ontem, 01, em 28 de fevereiro a média móvel era de 3.724 novos diagnósticos por dia, calculada por um período de sete dias.
O aumento no número de diagnósticos é observado desde o início do mês. Na semana epidemiológica 5 (de 31 de janeiro a 6 de fevereiro) foram confirmados 17.651 casos, com um leve aumento na seguinte (7 a 13 de fevereiro), com 17.686 confirmações. Na semana epidemiológica 7 (14 a 20 de fevereiro), o número de casos saltou para 21.612. Na última semana fechada (21 a 27 de fevereiro) já eram 27.090 casos.
Com apenas dois meses completos, o ano de 2021 já concentra um quarto de todas as mortes da pandemia. Até 1º de março, o Paraná somava 645.621 casos e 11.598 mortes. Destas, 3.005 morreram neste ano.
A escalada nos diagnósticos e a ocupação dos leitos foram os motivos que levaram o Governo do Estado a ampliar as medidas restritivas para reduzir os contágios. Também houve aumento na média móvel de óbitos no mesmo período, chegando a 38 mortes diárias na semana encerrada em 28 de fevereiro e 29 mortes por dia, duas semanas antes. Os dados são atualizados constantemente pela Secretaria da Saúde.
“Estamos no momento mais crítico da pandemia, com nossos hospitais trabalhando no limite. O Governo está fazendo a sua parte, aumentando o número de leitos, mas a estrutura é finita. Precisamos de um esforço coletivo para derrubar esses números e achatar novamente a curva. Cada vida que tenha condições de ser salva importa muito”, afirma o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
PERFIL – Enquanto mais pessoas jovens se contaminam, as mais velhas são as principais vítimas fatais. Também há mais casos de mulheres que tiveram a doença, mas é maior o número de homens que morrem por causa da Covid-19. Em cada seis idosos com mais de 70 anos que se contaminaram, um morreu por causa da doença. Já na faixa etária entre os 30 e os 39 anos, que concentra o maior número de casos, foi um óbito para cada 450 infectados.
A média de idade entre os confirmados é de 39,56 anos, enquanto as pessoas que morreram tinham em média 68,92 anos de idade. As mulheres respondem por 53% dos casos (344.805) e por 41% dos óbitos (4.791). Já os homens são 47% dos contaminados (300.816) e 59% dos mortos (6.807).
A faixa etária que concentra o maior número de casos é a dos 30 aos 39 anos de idade, com 144.435 diagnósticos positivos. Na sequência, estão as faixas dos 20 aos 29 anos (136.660); de 40 a 49 anos (119.063); de 50 a 59 anos (91.439); de 60 a 69 anos (52.375); de 10 a 19 anos (45.264); de 70 a 79 anos (24.885), de zero a 5 anos (12.389); mais de 80 anos (11.393) e de 5 a 10 anos (7.718).
Entre os óbitos, a maior média é entre os idosos na faixa dos 70 aos 79 anos, com 3.166 mortes. Também morreram 2.916 pessoas com 80 anos ou mais; 2.827 com idade entre 60 e 69 anos; 1.525 pessoas de 50 a 59 anos; 710 com idade entre 40 e 49 anos; entre os de 30 e 39 anos foram 320 óbitos; 102 mortes na faixa dos 20 aos 29 anos; 32 dos 10 aos 19; duas dos 6 aos 9 anos e oito entre crianças de zero a 5 anos.
LEITOS – Atualmente, 3.650 pessoas estão internadas no Paraná com casos suspeitos ou confirmados, tanto na rede pública quanto na privada. São 2.198 em leitos clínicos de enfermaria e 1.452 em UTIs. Na última semana, o Estado ativou 148 novos leitos exclusivos para atender pacientes com a doença, 55 de UTI e 93 de enfermaria, e prevê ainda ampliar a estrutura com outros 97.
Mesmo com a ampliação, a taxa de ocupação dos leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado está hoje em 92% – das 1.365 UTIs adulto, 1.257 estão ocupadas. Já a taxa de ocupação nos leitos de enfermaria chegou a 72%, com 1.439 dos 1.985 leitos disponíveis ocupados. A situação mais crítica é na macrorregião Oeste, que tem 97% das UTIs e 79% das enfermarias sendo utilizadas. (Com AEN)