26 de fevereiro de 2020

Márcio Ferreira – “Superman” aposta na lealdade a Rangel para ser escolhido à sucessão

André Jonsson - Blog do Johnny

O Blog do Johnny entrevistou no último final de semana o secretário municipal de Serviços Públicos, Márcio Ferreira – “Superman”. Na entrevista, ele critica gastos, em sua opinião elevados, da administração municipal em rotatórias, a falta de prioridade na pavimentação das vias centrais em detrimento dos bairros, reclama da falta de investimentos na pasta que comanda e se diz vítima de ciúmes/inveja dos demais secretários. Entre os pré-candidatos a prefeito do grupo do prefeito Marcelo Rangel, ele defende que seja feita uma prévia para a escolha de um nome a ser apoiado.

Especial para o Blog do Johnny

O Blog do Johnny entrevistou no último final de semana o secretário municipal de Serviços Públicos, Márcio Ferreira – “Superman”. Dando sequencia a série de entrevistas com os pré-candidatos a prefeito, “Superman” se apresenta como pré-candidato do PSD, partido do secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, e do governador Ratinho Júnior. Ele também diz ter o apoio do prefeito Marcelo Rangel (PSDB).

Imbuído de boa vontade, “Superman” bate o ponto todos os dias às 6 horas da manhã. A sua dedicação ao trabalho, de aproximadamente 12 horas diárias, é reconhecida até por adversários da atual gestão. Na entrevista, ele critica gastos, em sua opinião elevados, da administração municipal em rotatórias, a falta de prioridade na pavimentação das vias centrais em detrimento dos bairros, reclama da falta de investimentos na pasta que comanda e se diz vítima de ciúmes/inveja dos demais secretários. Entre os pré-candidatos a prefeito do grupo do prefeito Marcelo Rangel (PSDB), ele defende que seja feita uma prévia para a escolha de um nome a ser apoiado. Confira:

BJ – Você sempre foi amigo do prefeito Marcelo Rangel, do Sandro Alex, desde jovens. E você faz parte desde o primeiro governo. Como foi a tua participação na vida pública?

“Eu não consegui resolver, tenho a humildade de dizer, todos os buracos da cidade. Às vezes a gente arruma hoje uma rua inteira, amanhã tem dois, três buracos. Se chover, tem trinta. Mas nunca me faltou dedicação total ao trabalho. Nunca.”

MF – Eu comecei de baixo, talvez eu seja, de todos os secretários, o único que teve uma carreira seguindo a partir de cargos mais baixos. Fui diretor na Secretaria de Abastecimento, depois eu fui representante do governo na Câmara Municipal, depois eu fui para a ARAS, depois eu assumi a Secretaria de Abastecimento após aqueles problemas de furto, teve a CPI e nós assumimos e organizamos. As pessoas foram condenadas, quem efetivamente praticou o furto no Mercado da Família, foram sentenciados e o prefeito Marcelo Rangel tomou as medidas necessárias para que isso ocorresse. Nós colocamos em ordem a casa, eu lembro que quando nós saímos da Secretaria, nós deixamos em caixa mais de R$ 4 milhões. Não havia o desvio de 50 centavos. A Secretaria ficou saneada e todos os Mercados da Família organizados, não teve mais roubo, todos os depósitos em dia. Foi feito um trabalho profissional e sensacional. Entregamos ao nosso sucessor a Secretaria de Abastecimento, os Mercados da Família todos em condições nunca antes vistas.

BJ – Neste segundo mandato, no teu ponto de vista, o que você acha que fez o prefeito Marcelo Rangel te escolher a assumir essa Secretaria de Obras?

MF – Acho que a dedicação. O Marcelo sabe da minha dedicação, da minha honestidade e também do quanto nós batalhamos. Nos quatro primeiros anos que eu fiquei na ARAS, na Câmara, no Abastecimento, eu divulgava muito o trabalho das outras secretarias também, eu participava em conjunto com as outras secretarias, eu ajudava a divulgar os trabalhos e eu fazia muitos trabalhos que eram pertinentes a outras secretarias. Eu sempre falava assim “onde tiver omissão, colocarei a minha mão”. Não que existia omissão dos secretários, mas eu achava que eu podia ajudá-los, então, eu estava sempre em contato, sempre batalhando, sempre ajudando também as outras secretarias. Acho que o prefeito levou isso em consideração, gostou do meu trabalho e me deu a oportunidade de trabalhar aqui na Secretaria de Obras.

BJ – Logo que você assumiu, a cidade passava por vários problemas graves de infraestrutura, principalmente nos bairros. Lembro que uma das matérias mais acessadas do blog até hoje foi quando você prometeu que fecharia todos os buracos da cidade ou mudaria de nome. Ao que você atribui os problemas de infraestrutura, os buracos, principalmente nos bairros?

MF – Eu procuro os problemas. Procuro e procuro resolvê-los. Nós fechamos, enquanto estive aqui, mais de 35 crateras. Esses problemas não eram resolvidos. Não apareciam, as pessoas não sabiam nem que eles existiam. Quanto aos buracos, nós fechamos 90%. As pessoas viram a nossa dedicação em fechar todos os buracos. Inclusive, através do nosso trabalho que outras empresas terceirizadas vieram trabalhar em Ponta Grossa. Antigamente você só via duas empresas trabalhando em Ponta Grossa. Nós quebramos esse monopólio, nós ampliamos os serviços, mas Ponta Grossa cresceu demais. Se você ver hoje em Ponta Grossa tem mais de 200 caminhões com material de construção andando pela cidade. E, com todo respeito às empresas, alguns deles com sobrepeso. Tem mais de 40 prédios sendo construídos em Ponta Grossa, de grande porte. O progresso também traz problemas, no trânsito, na infraestrutura, e tudo isso nós estamos enfrentando. Ponta Grossa cresceu demais. Nós fizemos o máximo. Eu todos os dias acordo às cinco horas da manhã, saio pela cidade ver se tem algum problema, já trago para a reunião das sete e meia. Nós temos um plano de trabalho que infelizmente nem sempre pode ser cumprido por causa do tempo. Dezembro, janeiro e fevereiro são meses chuvosos, que nós enfrentamos também com as férias dos funcionários, que eles querem tirar férias em janeiro e fevereiro, o que é justo. Então, quer dizer, são meses problemáticos no início do ano, e aí temos que resolver todos esses problemas. Hoje eu tenho 260 pessoas nas ruas de Ponta Grossa para trabalhar pela cidade inteira. Na época do Jocelito e do Péricles tinha 1.080 funcionários. Veja a dificuldade. A minha estrutura aqui é uma estrutura muito pequena. Eu já conversei com o prefeito e ele concorda e autorizou nós a terceirizarmos o maior número de serviços. A prefeitura de Nova York não tem um funcionário para trabalhar nas ruas. Recebe 30 milhões de turistas por ano e todos são terceirizados. Até para trocar uma lâmpada é uma empresa terceirizada, então esse é o caminho, nós não temos outro caminho. As empresas terceirizadas sete horas da manhã estão lá, trabalham até sete horas da noite, trabalham no sábado, no domingo, dia de chuva. O que nós vamos fazer com os nossos funcionários? Nós vamos colocar eles para fiscalizar esses trabalhos, porque ninguém é tão experiente quanto os nossos funcionários. Esse é o caminho para a resolução dos problemas. Eu não consegui resolver, tenho a humildade de dizer, todos os buracos da cidade. Às vezes a gente arruma hoje uma rua inteira, amanhã tem dois, três buracos. Se chover, tem trinta. Mas nunca me faltou dedicação total ao trabalho. Nunca.

Ponta Grossa tem 150 arroios, todos poluídos, sem exceção. Nós conseguimos, nesses 3 anos, limpar 52 arroios. Esse foi um trabalho fantástico que nós fizemos, mas me falta muita estrutura para continuar esse trabalho. Hoje eu preciso de autorização do Meio Ambiente, antes eu fazia por conta, agora a pedido do secretário Paulo Barros me proibiu de continuar essas limpezas. Só posso limpar com autorização dele, então diminuiu esse trabalho nosso, infelizmente. Mas eu até respeito a posição dele, tem argumentos técnicos que eu tenho que respeitar. É necessário. Água limpa na natureza é água mais barata na torneira das pessoas. Nós temos um custo, as estações de tratamento de água têm que trabalhar muito mais, a Sanepar nos cobra mais caro por termos essa água toda poluída, com esgoto, com lixo doméstico, com lixo de construção civil, resíduos de vegetação que jogam. Esse trabalho tem que ser feito, é uma dádiva da natureza nós termos 150 arroios. Tem cidades que não têm dois arroios passando por dentro delas, Ponta Grossa tem 150 e estão todos poluídos, com exceção dos arroios de áreas rurais. Os produtores rurais de Ponta Grossa estão de parabéns porque você não encontra um arroio de área rural poluído, mas na área urbana todos estão poluídos.

“Se tivesse investido mais na Secretaria de Obras, nós teríamos feito muito mais, não tenho dúvida nenhuma. Eu já pedi o que eu preciso, alguma coisa veio, muita coisa não veio, mas o que eu tenho que continuar o trabalho, eu tenho minha obrigação com o prefeito, com o governo e com a cidade. A nossa batalha é constante mesmo não tendo a estrutura que nós gostaríamos de ter.”

Praças sustentáveis, na minha opinião, são uma das maiores obras do governo Marcelo Rangel. A praça do Pôr do Sol, aquele local era um lixão, depósito de lixo, vivia cheio de ratos, uma sujeira total. Nós transformamos em um dos pontos turísticos mais visitados da cidade. Fim de semana aquela praça recebe 10 mil pessoas, é um lugar fantástico. Isso originou o Parque Linear, nós já fizemos a Praça dos Ferroviários, a praça das crianças, a praça dos ciclistas e agora até o final do ano vamos entregar mais quatro praças, até a Unicesumar. Um show. Tem pessoas que só têm a cidade para aproveitar, para curtir. Tem pessoas que não conseguem viajar para a praia nem uma vez por ano. São pessoas simples e humildes que precisam desses lugares públicos para levar suas famílias, suas crianças, seus idosos e esse é o nosso objetivo, qualidade de vida sem custo nenhum para as pessoas.

Eu faço justiça ao engenheiro Luiz Striquer, graças a ele e aos trabalhos dele enquanto estávamos na ARAS, que é possível hoje o Lago de Olarias estar sendo entregue. Fizemos toda a drenagem, fizemos o primeiro vertedouro, o segundo vertedouro, todos os gabiões. Se não fosse o Luiz Striquer, essa obra hoje não existiria. Deixo aqui a minha homenagem a esse engenheiro da prefeitura.

BJ – Você acha que faltou uma maior estrutura, maior prioridade por parte da destinação dos recursos no próprio governo para a Secretaria?

MF – Sem nenhuma dúvida, mas o prefeito Marcelo priorizou a saúde, a educação, a segurança. Eu concordo com ele. Mas ele também nos deu a terceirização, a possibilidade de terceirizamos. Mas nós enfrentamos nas licitações muitos problemas. Recursos de empresas que impediram que novas empresas viessem. Mas nós estamos fazendo esse trabalho. Agora, não tenha dúvida, se tivesse investido mais na Secretaria de Obras, nós teríamos feito muito mais, não tenho dúvida nenhuma. Mas eu acredito que o melhor investimento a ser feito aqui é a concessão de serviços à iniciativa privada.

BJ – Esse teu trabalho se destaca e, às vezes, até mesmo no próprio governo gera um pouco de ciúme. Você sofre boicote dentro do governo?

MF – Eu não digo ciúme, mas como a gente está em todos os lugares, todos os dias. Eu não vou para a minha casa sem visitar 20 bairros por dia. Não vou para a casa. Se eu estiver às sete horas da noite e visitei 19 bairros ou vilas, eu vou em mais um antes de ir para a casa. Então, às vezes a imprensa nos deu um espaço grande também, até pela nossa dedicação, pelo modo da gente divulgar os trabalhos, isso ocorre. Infelizmente, o ciúme e a inveja são inerentes ao ser humano, já nascem com muitos deles, mas eu acho que o importante é que eu estou atendendo bem a cidade, a população é bem atendida, dentro do que a gente pode fazer. Nós fazemos o máximo com o que a gente tem. Eu não fico reclamando. Eu já pedi o que eu preciso, alguma coisa veio, muita coisa não veio, mas o que eu tenho que continuar o trabalho, eu tenho minha obrigação com o prefeito, com o governo e com a cidade. Com a minha consciência também. A nossa batalha é constante mesmo não tendo a estrutura que nós gostaríamos de ter.

BJ – O Governo do prefeito Marcelo Rangel sempre priorizou a malha viária central. Você acha que esse recurso que foi gasto, milhões em rotatórias e asfalto, ruas centrais que receberam obras de pavimentação várias vezes, esse dinheiro poderia ser melhor aplicado?

MF – Eu acho que quem deveria responder essa pergunta para você é a Secretaria de Infraestrutura. Mas no meu modo de ver, é o seguinte: Ponta Grossa tem 200 anos, é uma cidade muito antiga, diferente de Londrina e Maringá que têm 70, 80 anos, cidades planejadas. Mas não tenha dúvida que tiveram muitas ruas, inclusive do centro, feitas com asfalto de péssima qualidade. Alguns exemplos Balduíno Taques, Paula Xavier. Mas no local onde nós fizemos, durante a minha gestão, se você for lá não tem um buraco, está excelente o asfalto. Mas quem fez antes de mim deixou um asfalto de péssima qualidade, ali estava todo rachado. Esse asfalto que está sendo feito agora era necessário. Não é possível a pessoa entrar na cidade e estar um asfalto todo arrebentado já na entrada da cidade. Pela Paula Xavier passam mais de 10 mil veículos por dia, na Balduíno Taques a mesma coisa. Era necessário, não tenha dúvida. Pode ser, concordo que tem alguns lugares que poderiam ter sido deixados para outra época e ter feito em outros bairros, sem dúvida nenhuma. Mas aí é uma questão que envolve os engenheiros da Secretaria de Infraestrutura, se eles acharam que ali era o mais adequado ou ser feito ali agora ou daqui alguns meses, em detrimento de outros lugares, eles é que têm que responder, não passa pela nossa mão aqui na Secretaria de Serviços Públicos.

Eu não tive acesso aos cálculos feitos nessa rotatória da rodoviária que custou um milhão a média, agora, a rotatória da Santa Paula que nós fizemos, fizemos por um valor bem baixo em relação a qualquer outra obra desse tipo. Utilizamos material reciclado, meio fio, a calçada foi feita com pedra macaco, o asfalto nós fizemos em torno da rotatória, o blindado que nós colocamos ali. Acho que nós não gastamos ali R$ 250 mil. Fizemos o asfalto na rotatória e em toda a avenida da Santa Paula e ficou excelente, todo mundo viu. Agora, a licitação é complicada, depois vem aditivos, acréscimos de outras coisas na obra, então é difícil julgar cada licitação. Parece que até um vereador entrou na Justiça e fez um cálculo também, parece que houve até um desconto. Mas eu acho que aí deveria a Autarquia responder por isso e falar o porquê dos valores, e não nós. Eu respondo pelas obras que eu fiz e a obra da rotatória do Santa Paula ficou excelente e foi uma obra barata.

“Eu não tive acesso aos cálculos feitos nessa rotatória da rodoviária que custou um milhão a média, agora, a rotatória da Santa Paula que nós fizemos, fizemos por um valor bem baixo em relação a qualquer outra obra desse tipo. Acho que nós não gastamos ali R$ 250 mil”.

BJ – Então é possível fazer mais com menos recursos? A prova disso é essa comparação dessas duas rotatórias?

MF – Exatamente, não tenha dúvidas.

BJ – Como surgiu o Superman?

MF – Eu e meus irmãos sempre gostamos, fomos fãs da Marvel e da DC. Eu sempre, desde criança, colecionava as miniaturas da Marvel e da DC, eu tinha os heróis como pessoas exemplares e tenho ainda. Então, baseado no Superman, eu sempre procuro a justiça, a verdade e ajudar os fracos e oprimidos, entenda-se isso as pessoas mais humildes. Esse é o meu pensamento. Tão logo eu entrei na Secretaria, entramos com um pique que todo mundo ficou impressionado e aí algumas pessoas começaram a me chamar de Superman. Mas os verdadeiros “Supermans”, super-homens, são os nossos funcionários. Eu comecei a usar a camisa do Superman, do super-homem, em homenagem aos nossos funcionários. É a minha homenagem a eles, que trabalham aqui com condições difíceis, com pouca estrutura. São pessoas, muitos deles já aposentados, que estão no trecho todos os dias, querem trabalhar todo dia, inclusive sábado, feriados. Então, o objetivo no uso da camiseta do Super-homem é homenagear os nossos funcionários.

BJ – E a sua pré-candidatura à Prefeitura, conta com o apoio do prefeito Marcelo Rangel e o seu grupo político?

MF – Eu sou o mais leal e o mais dedicado defensor do governo Marcelo Rangel de todos os secretários. Que me desculpem os outros secretários. Mas ninguém defende o governo e ninguém defende tanto o prefeito e a professora Elizabeth como eu. Faço tudo pelo governo, me dedico de corpo e alma. Eu não vejo quase minha família na hora do almoço. Eu vejo minha família só à noite e no domingo, pelo governo. Minha dedicação ao governo Marcelo Rangel, minha amizade pelo prefeito é total e constante. Mesmo sendo candidato, eu serei um defensor do governo. Eu vejo essa minha lealdade como uma das minhas bandeiras, para que eu possa ser o candidato do prefeito Marcelo, mas eu vou respeitar se ele tiver outra pessoa como candidato. O Marcelo e o Sandro não me devem absolutamente nada. Eu sou grato a eles. Serei sempre o resto da minha vida. Mas eu espero que eu seja o escolhido, porque não houve nunca na história de Ponta Grossa um secretário tão leal e tão dedicado ao prefeito como eu.

BJ – Se o prefeito escolher ter um outro candidato ou te pedir para não ser candidato, por questão política estratégica, você mesmo assim vai ser candidato?

MF – O prefeito me disse o seguinte “Márcio, independente de quem seja o nosso candidato, eu gostaria muito que você fosse também candidato”. Então eu acredito que eu serei candidato, porque o prefeito já falou isso. Eu tenho certeza que eu serei candidato a prefeito de Ponta Grossa.

BJ – O que você faria de diferente do governo atual? O que você mudaria se fosse eleito?

MF – O que eu faria de diferente inicialmente assim, seria a montagem de uma secretaria de defesa animal, defesa da natureza. Hoje temos uma Secretaria de Meio Ambiente, mas não temos atitude mais rigorosa de proteção. O ser humano destruiu a natureza e não está fazendo o que é necessário para revitalizá-la. Meu primeiro ato no governo seria a criação de uma secretaria de defesa da natureza. É o primeiro ato que eu faria se caso eu fosse eleito. A dedicação é a mesma, eu acho que tudo pode ser melhorado, mesmo um bom governo pode ser melhorado. Acredito que a gente possa fazer muito mais, trabalhando com dedicação total, que é o nosso motivo. Acho que também no enxugamento da máquina. Eu teria um governo mais enxuto, com menos secretarias.

“Eu sou o mais leal e o mais dedicado defensor do governo Marcelo Rangel de todos os secretários. Faço tudo pelo governo, me dedico de corpo e alma. Minha dedicação ao governo Marcelo Rangel, minha amizade pelo prefeito é total e constante. Eu vejo essa minha lealdade como uma das minhas bandeiras, para que eu possa ser o candidato do prefeito Marcelo”.

BJ – Você sempre teve um perfil mais conservador, de direita, como você vê nessa tua pré-candidatura, na eleição deste ano, esse enfrentamento da direita com a esquerda?

Eu acho que vai depender muito da economia. Se a economia do país estiver boa, na época das eleições com certeza a direita ganha de lavada. Ponta Grossa é uma cidade que não tem tendências esquerdistas, tanto é que na última eleição o Bolsonaro fez 138 mil votos e o Haddad 27 mil. Esse é o voto da esquerda em Ponta Grossa. Eu não vejo nenhuma chance para os candidatos de esquerda, com todo respeito. Me dou muito bem com o Aliel, sou amigo e tenho maior respeito por ele, mas eu não vejo o Aliel ganhando a eleição em Ponta Grossa. Claro que é tudo uma conjuntura. Como te falei, se a economia estiver ruim, ele se torna um fortíssimo candidato. Mas ideologicamente o pontagrossense não é de esquerda. Eu acho que um candidato liberal, conservador, deve ser o futuro prefeito de Ponta Grossa, seja ele homem ou mulher.

Eu, inclusive, acho que no grupo do prefeito, nós deveríamos ter debates entre os postulantes ao cargo de prefeito, de candidatos, devíamos ter debates entre nós para que a gente possa colocar nossas propostas para as pessoas já, entre os candidatos do prefeito deveríamos ter esse debate, seja numa rádio, seja na universidade, como é feito nos países mais desenvolvidos. Vamos debater olho no olho, vamos ver a vida pregressa de cada um, o que cada um já fez pela cidade, se essa pessoa se dedicou realmente à cidade, o dia inteiro, o ano inteiro, a gestão inteira. Quais são essas propostas, vamos debater sem medo, vamos ver tudo que o governo fez e o que a gente pode fazer de diferente, sem medo nenhum. Eu estou pronto para o debate com qualquer um dos postulantes ao cargo de pré-candidato do grupo do prefeito.


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