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A deputada apresentou os problemas do Instituto Médico Legal do Município em discurso na tribuna da Alep, na última quarta-feira, 20.
Rafaela Czelusniak
Durante seu discurso na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep), na última quarta-feira, 20, a deputada estadual Mabel Canto (PSC) solicitou medidas emergenciais para a estrutura do Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Grossa.
Desde agosto do ano passado, após a interdição da antiga sede, o órgão está instalado em contêineres ao lado do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais. Nesta semana a Prefeitura Municipal, através de uma parceria com a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), anunciou a construção do novo prédio do IML na cidade. A estrutura deverá ficar pronta em 2021 e as obras serão responsabilidade do governo do Estado.
Para a deputada, a população não pode esperar dois anos para que a situação seja resolvida. “A gente tem problemas emergenciais lá no nosso Instituto. Os funcionários e até mesmo os corpos não podem ser mantidos dentro de dois contêineres, até porque, pelas últimas experiências eles não têm sido uma boa alternativa”, apontou Mabel no seu discurso, se referindo ao incêndio no CT do Flamengo no RJ, que vitimou dez jovens.
FALTA DE MATERIAIS – A parlamentar também destacou a falta de materiais para a realização dos procedimentos realizados pelo órgão. “Faltam, por exemplo, agulhas hipodérmicas, que são utilizadas para retirar sangue dos cadáveres. Essas têm sido adquiridas com o salário dos próprios funcionários”, revelou Mabel.
SERVIDORES – De acordo com informações apuradas pela parlamentar, o IML do Município conta com três agentes trabalhando na remoção de corpos e cinco médicos legistas. “São números insuficientes para prestar um bom atendimento. E nessa mesma área quero lembrar também da falta de peritos criminais em todo o Estado”, cobrou.
Ao final do discurso, Mabel apelou para a sensibilidade do governador Ratinho Junior (PSD) para a resolução das questões apresentadas por ela. “Pode parecer que não é tão grave, mas é. Porque um cadáver quando passa pelo IML pode ser a prova de um crime e, ainda mais importante, é um ente querido de alguém”, concluiu a deputada.