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Na área de infraestrutura, o Moegão, que recebe um investimento superior a R$ 600 milhões, já conta com 30% de execução concluída. Em 2024, a Portos do Paraná também iniciou o projeto de ligação do sinal chamado AIS AtoN em todas as suas 67 boias luminosas para auxiliar a navegação em pontos específicos.
O Porto de Paranaguá celebra 90 anos de história, consolidando-se como referência internacional em produtividade, eficiência e inteligência logística. Esse desempenho é garantido, em grande parte, por investimentos contínuos em tecnologia de ponta e em projetos modernos e arrojados.
A construção do Moegão é um desses exemplos. A obra, que recebe um investimento superior a R$ 600 milhões, já conta com 30% de execução concluída. A nova moega trará um aumento significativo da produtividade portuária, além da redução do número de cruzamentos ferroviários na cidade – de 16 para cinco – e de uma maior integração entre os operadores portuários e o cais.
Considerada a maior obra portuária em andamento no Brasil, a construção do Moegão tem previsão de entrega até o final de 2025. “Estamos revolucionando a maneira de receber as cargas de grãos pela ferrovia”, afirmou o diretor de Engenharia e Manutenção da Portos do Paraná, Victor Kengo. Atualmente, 353 trabalhadores atuam na obra.
O acesso ferroviário ao Porto de Paranaguá será adequado para a operação do novo sistema. A carga será descarregada dos vagões diretamente nos funis subterrâneos e, em seguida, transportada por correias até os elevadores de canecas, que levarão o produto para as linhas de correias transportadoras aéreas, interligadas aos terminais portuários.
Com a nova estrutura, a capacidade de movimentação ferroviária será ampliada em 60%, passando dos atuais 550 para 900 vagões por dia. Os grãos serão direcionados pelos transportadores até os terminais e, posteriormente, embarcados nos navios pelo Corredor de Exportação, permitindo sua entrega a diversos destinos ao redor do mundo.
TECNOLOGIA – A Portos do Paraná também avança na modernização de seus processos internos. Em 2024, a empresa implementou o sistema SAP S/4HANA (sigla alemã para “Desenvolvimento de Programas para Análise de Sistemas”), um conjunto de softwares que padroniza o processamento de dados e o fluxo de informações, otimizando a gestão interna e externa.
Antes da implantação, muitos dados estavam armazenados em computadores independentes, dificultando a busca por informações em tempo real e impactando a tomada de decisões gerenciais. “Com o novo sistema, conseguimos reunir todos os dados em uma única plataforma, acessível a qualquer setor da empresa. Essa integração trouxe mais agilidade e produtividade para os processos administrativos”, explicou o gerente de Tecnologia da Informação, Cláudio Augusto dos Santos.
O sistema foi desenvolvido em conformidade com os protocolos e diretrizes de órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) e a Controladoria-Geral do Estado (CGE). A implementação incluiu testes unitários, todos aprovados com 100% de conformidade.
Atualmente, a solução inovadora opera em nuvem, garantindo funcionamento contínuo, maior segurança dos dados e um gerenciamento de riscos mais eficiente. Além disso, o programa foi apresentado à comunidade portuária para estimular o uso de um sistema interconectado entre as mais de 50 empresas que atuam no porto.
FUTURO – A inovação tecnológica também chega à navegação. Em 2024, a Portos do Paraná iniciou o projeto de ligação do sinal chamado Automatic Identification System – Aid to Navigation (AIS AtoN) em todas as 67 boias luminosas nos portos paranaenses para auxiliar a navegação em pontos específicos.
O sistema informará, em tempo real, a posição exata de cada boia, tornando o Porto de Paranaguá o primeiro no Brasil a contar com essa tecnologia de segurança em todo canal de navegação.
O sistema transmite, via satélite, dados essenciais aos navegantes, como nome e tipo de balizamento náutico, número de ordem, posição nas águas e condição operacional. “O projeto proporcionará mais segurança na navegação pelo Canal de Acesso dos portos paranaenses”, destacou Kengo.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já autorizou o uso do sistema, tornando os portos do Paraná os primeiros do País a receberem a licença para a instalação dessas estações. O projeto segue agora para os trâmites finais antes de sua implementação completa.
Portos PR vai investir R$ 29 milhões para modernizar o Píer de Granéis Líquidos
A Portos do Paraná autorizou ontem, 13, a ordem de serviço para o início das obras de manutenção e reforço da segurança no Píer Público de Granéis Líquidos (PPGL), no Porto de Paranaguá, no Litoral. Serão investidos cerca de R$ 29 milhões na execução da obra. O projeto básico que embasou a licitação foi elaborado em conjunto com os operadores do PPGL, considerando as principais necessidades voltadas à segurança das operações no local.
A obra prevê a construção de um novo dolfim (estrutura portuária fixa) para a amarração e atracação de navios. A estrutura contará com uma passarela metálica equipada com um moderno sistema de atracação a laser e ganchos de amarração de desengate rápido. Também será feita a substituição das defensas (responsáveis por minimizar o impacto das embarcações na atracação), a recuperação da pavimentação de todo o píer, incluindo a sinalização vertical e horizontal, além de adequações na parte elétrica.
A elaboração do projeto e a execução da obra terão duração prevista de aproximadamente 420 dias. “Por ser uma obra em área classificada – ambiente onde pode haver presença de gases ou vapores inflamáveis – alguns trabalhos não poderão ser executados enquanto o navio estiver operando, o que demonstra a complexidade da obra”, explicou o diretor de Engenharia e Manutenção da Portos do Paraná, Victor Kengo.
PÍER PÚBLICO – Construído na década de 1940, o Píer Público de Granéis Líquidos (PPGL) atende atualmente cinco terminais nos berços de atracação 141 e 142: Petrobras/Transpetro, Liquipar, Catallini, CBL e TERIN. Nestes berços, são movimentadas cargas como óleo bruto de petróleo, óleo diesel, metanol e diversos tipos de gasolina. Operacionalmente, o sistema de dutos de cada empresa possui estrutura individual, conectando o terminal diretamente ao navio atracado em um dos berços do PPGL.
PRODUTIVIDADE – Em 2024, o PPGL foi responsável por 53,3% da movimentação de granéis líquidos nos portos paranaenses. Um dos destaques foi o óleo de soja, que, em janeiro de 2025, movimentou 63,8 mil toneladas, representando 72,48% da movimentação nacional. O valor FOB da operação – que corresponde ao custo e ao preço do produto no momento em que sai do local de origem – superou os US$ 65 milhões, segundo dados do governo federal (Comex Stat).
O óleo de soja foi o principal responsável pela retomada do crescimento na categoria de óleos vegetais, que inclui produtos como óleo de palma e de coco. Em janeiro de 2024, a movimentação de óleos vegetais alcançou 81,5 mil toneladas, um volume 225% maior que no ano anterior. (Com informações da AEN)