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Perspectiva de consumo para os próximos meses baixou quase à metade na comparação com o mês de abril. Este é o menor índice desde agosto de 2017.
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), indicador da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), caiu 13,9% em maio no Paraná na comparação com abril. A variação anual também foi negativa em 13,5%.
Com 94,2 pontos, este é o menor índice desde agosto de 2017, quando atingiu 94,0 pontos. Por estar abaixo da marca de 100 pontos, é considerado negativo. Apesar dessa redução, a ICF das famílias paranaenses mantém-se acima da média brasileira, que está em 81,7 pontos neste mês, com variação mensal de -13,1% e anual de -13,7%.
Houve queda em todos os componentes do indicador na variação mensal. Por causa da pandemia, a Perspectiva de Consumo baixou 48,7% de abril para maio e despencou 57,8% na variação anual. A contenção de gastos é mais intensa entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, entre as quais a Perspectiva de Consumo nos próximos meses reduziu 68,6%. Já entre as famílias com renda até dez salários a propensão ao consumo caiu 45,0% na variação mensal.
O Nível de Consumo Atual também apresentou diminuição significativa, encolhendo 17,5% de abril para maio e 21,7% em relação a maio de 2019.
A área profissional também tem preocupado os paranaenses. A Segurança com relação ao Emprego Atual baixou 14,9% na comparação com abril e a Perspectiva Profissional caiu 14,6% na variação mensal.
Os indicadores Acesso ao crédito e Momento para compra de bens duráveis foram os únicos a apresentar melhora. Mesmo com redução na variação mensal de 4,2%, na comparação com o ano passado, os consumidores acreditam que está mais fácil conseguir empréstimos para comprar a prazo, em função da facilitação ao crédito proporcionada pelo Governo e instituições bancárias visando minimizar os impactos da pandemia. Dessa forma, o aspecto Acesso ao Crédito subiu 5,5% na comparação com maio de 2019, enquanto a avaliação sobre se este é um momento oportuno para compra de bens duráveis cresceu 15,0% na variação anual. (Com assessoria)