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No encontro, que contou com a participação de representantes da Secretaria de Estado da Educação, o parlamentar agendou uma reunião para a semana que vem no Palácio Iguaçu entre a APP-Sindicato e a Casa Civil.
Presidente da Comissão de Educação e Líder do Governo na Assembleia Legislativa, o deputado Hussein Bakri (PSD) promoveu hoje, 16, uma audiência pública para debater a carga-horária dos pedagogos da rede pública estadual para o ano letivo de 2019. No encontro, que contou com a participação de representantes da Secretaria de Estado da Educação (Seed), o parlamentar agendou uma reunião para a semana que vem no Palácio Iguaçu entre a APP-Sindicato e a Casa Civil.
“No mandato passado, conseguimos modificar em até 80% os projetos que envolviam a APP por meio de muito diálogo. Aprendi que um bom debate, uma boa comunicação te livra de uma série de problemas, para todos os lados”, afirmou Hussein Bakri. A expectativa dele é que haja um consenso em torno da jornada de trabalho dos pedagogos ainda neste mês.
A audiência desta terça-feira, promovida em parceria com o deputado Professor Lemos (PT), aconteceu devido a questionamentos recebidos pela Seed sobre a mudança da carga horária dos professores pedagogos para 20 horas-relógio (60 minutos), em vez de 20 horas-aula (50 minutos). Neste último caso, que é a posição defendida pela APP, há o entendimento por parte do governo de que a jornada semanal resultaria num total de 16 horas trabalhadas no lugar das 20 horas previstas em contrato.
Além de argumentar que as 20 horas-relógio são uma imposição legal, a Seed também tem estudos apontando que, em qualquer outro modelo adotado, 720 escolas estaduais do Paraná ficariam sem a presença de pedagogo pelo menos um dia na semana.
Os professores, por outro lado, defendem que o modelo de 20 horas-aula, praticado até o ano passado, era gerido pelos próprios diretores das escolas de forma a garantir que, em todos os turnos, houvesse ao menos um pedagogo trabalhando. Também alegam que a manutenção dessa metodologia de trabalho não trará impacto financeiro ao caixa do governo.
“Sou um dos que advoga a volta da situação que era. Entendo que as escolas devem ter autonomia para decidir essa questão e se adequar conforme cada realidade, sem nenhum prejuízo ao esquema pedagógico nem aos alunos. Mas não sou o governo por completo, sou apenas uma parte dele. Portanto, em consonância com todos vocês, vamos buscar fazer esse trabalho de convencimento junto à Seed”, finalizou Hussein Bakri. (Com assessoria)