15 de junho de 2018

GREVE DOS SERVIDORES MUNICIPAIS: A intransigência de um Sindicato que não representa mais a categoria

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A maioria esmagadora, 92%, não participou da greve entendendo a situação econômica do Município, que registra queda de arrecadação devido aos efeitos pós-greve dos caminhoneiros

Para que não restem dúvidas: a reivindicação dos servidores municipais é justa e legítima. A greve deflagrada na última segunda-feira, 11, e suspensa na última quarta-feira, 13 – por falta de adesão, nos levam à algumas reflexões:

1) Em todos os momentos o governo municipal reiterou o seu compromisso com a valorização dos servidores públicos, propondo o reajuste inflacionário acumulado do período em setembro, quando terá condições financeiras e orçamentárias para honrar o compromisso.

2) Dos 8.287 servidores municipais, apenas 672 participaram do primeiro dia de mobilização. Ou seja, a maioria esmagadora, 92%, não participou da greve entendendo a situação econômica do Município, que registra queda de arrecadação devido aos efeitos pós-greve dos caminhoneiros.

3) A maioria grevista foi formada por professores da rede municipal de ensino. Isso mostra que a secretária municipal de Educação, Esméria Savelli, não está com ‘a bola toda’ com os servidores como ‘pinta’.

4) Durante os atos nos três dias de mobilização, o Sindicato dos Servidores Municipais (SindServ) cometeu pelo menos dois erros graves. O primeiro foi na manhã de segunda-feira, 11, quando promoveu a concentração dos servidores em frente ao Hospital Municipal, perturbando o repouso dos doentes com carro de som e buzinas e atrapalhando o trânsito de ambulâncias. Na quarta-feira, 13, o presidente do Sindicato, Leovanir Martisn, baixou o nível e mandou os servidores que não participassem dos atos programados ‘para aquele lugar’.

5) A mobilização foi perdendo força e o SindServ, com o pretexto de ter apresentado uma nova proposta, decidiu suspender os atos. Além da compreensão da maioria dos servidores, a hegemonia que se perpetua no comando do SindServ está desgastada. A chapa encabeçada por Leovanir Martins foi reeleita com apenas 29 votos de diferença há dois anos atrás – ele possui mais um ano à frente da entidade. Outro desgaste foi a recusa do SindServ em divulgar na internet as suas despesas e, principalmente, os salários dos seus diretores. Há menos de um ano atrás, o Sindicato conquistou na justiça o direito ao não cumprimento da chamada “Lei da Transparência”. Alegando “liberdade sindical”, o SindServ se recusa a prestar contas à sociedade dos gastos de um recurso cuja origem é pública. Como se pode instigar a cobrança por direitos quando se deixa de cumprir com deveres?


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