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Governador Ratinho Junior assinou ordens de serviço e de licitação para unidades da rede estadual em mais de 50 municípios. Uma das ordens é para finalizar a construção do Colégio Estadual Francisco Pires Machado, em Ponta Grossa, envolvido nos escândalos de corrupção revelados pela Operação Quadro Negro, no valor de R$ 2,4 milhões.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) anunciou hoje, 22, no Palácio Iguaçu, investimentos de mais de R$ 36 milhões em infraestrutura escolar. Foram assinadas 64 ordens de serviço para o início imediato das obras em instituições de ensino de 50 municípios, com investimentos de R$ 8,5 milhões, além de 52 ordens de licitação para obras em colégios estaduais de 41 municípios que somam R$ 28,1 milhões – algumas prefeituras receberam mais de um protocolo.
O governador destacou que já foram entregues 207 obras em escolas neste ano, quase uma por dia, e que as 117 novas ordens complementam os recursos para 2019. “É um volume grande de investimento nas nossas escolas. Algumas obras estavam paradas por problemas e irregularidades. Estamos reorganizando essas demandas e levando para as escolas uma nova infraestrutura”, afirmou Ratinho Jr. “A ideia é modernizar as 2,1 mil unidades do Estado. Nossa programação financeira em cima dessa modernização é constante”.
O governador também destacou que deseja acabar com as escolas de madeira no Paraná, climatizar as salas de aula e introduzir, a partir do ano que vem, um programa de três refeições diárias nos colégios estaduais.
“Um ambiente físico saudável e mais novo gera mais segurança, melhora o dia a dia do professor e do aluno. Na medida do possível vamos modernizar todas aquelas escolas que pararam no tempo”, acrescentou Ratinho Jr. Ele também destacou que a Secretaria da Educação e do Esporte vai lançar um pacote de investimentos em parceria com as prefeituras para melhorar a educação municipal.
MELHORES CONDIÇÕES – Segundo o presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), José Maria Ferreira, os R$ 36 milhões permitirão melhores condições de escolaridade aos alunos. “Nós só fazemos obras em colégios com titularidade. Alguns dos anúncios são de obras que estavam paradas, então tivemos que fazer todos os projetos hidráulicos, contra incêndios, até mesmo os registros primários”, explicou.
“Educação é a plataforma para construir uma sociedade melhor. A escola precisa atender as demandas dos professores, dos alunos e da comunidade. É isso que estamos buscando com essas obras”.
OBRAS – As ordens de serviço assinadas nesta terça-feira darão início a reformas importantes para readequar salas de aula, pátios e garantir acessibilidade, além de reestruturações elétricas, adequações de cozinhas, banheiros e refeitórios. Os valores variam entre R$ 30,95 mil, para um Colégio Estadual João Theotonio Netto, em Moreira Sales, e R$ 674,9 mil para o Colégio Estadual Anibal Khury, em Iretama.
Já as autorizações de licitação encaminharão a construção de três novos colégios (Diogo Ramos, em Adrianópolis; Centro Estadual de Educação Profissional Diamante do Norte, em Diamante do Norte; e Quilombola, em Guaraqueçaba) e reformas estruturantes de outras unidades. Os investimentos variam entre R$ 71,18 mil e R$ 13,61 milhões.
QUADRO NEGRO – Uma das ordens é para finalizar a construção do Colégio Estadual Francisco Pires Machado, em Ponta Grossa, envolvido nos escândalos de corrupção revelados pela Operação Quadro Negro, no valor de R$ 2,4 milhões. Das 15 escolas listadas pelo Ministério Público que tiveram obras interrompidas, nove já foram entregues à população, uma está em fase de conclusão, três estão em andamento e duas serão licitadas até o começo do ano que vem.
MELHORIAS – O Município de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, foi contemplado com cinco assinaturas: duas ordens de serviço e três de licitação. Os recursos somam cerca de R$ 800 mil.
“Fazenda Rio Grande registra crescimentos vertiginosos de sua população. Temos 17 mil alunos em 11 colégios estaduais que precisam constantemente de novos recursos. Teremos pintura, ampliação de um muro, pequenos reparos. Essas escolas são utilizadas de dia pelos alunos e à noite pela comunidade, por isso a manutenção é fundamental”, afirmou o prefeito Márcio Wozniack.
Tiago Pires, diretor do Colégio Estadual João Maria de Barros, de Campina Grande do Sul, também na Região Metropolitana de Curitiba, afirmou que os R$ 109 mil vão ajudar a reformar as salas de aula. “Os recursos foram liberados em 2016, mas houve inúmeros problemas. Agora finalmente o dinheiro foi destravado para atender com mais qualidade os nossos estudantes. Nós cuidamos de três períodos e quase mil estudantes”, afirmou
LITORAL – Os investimentos da Fundepar também alcançam o Litoral. O colégio Anibal Khury, em Guaratuba, recebeu R$ 109 mil para troca do piso, do telhado e um novo padrão de luz. A escola fica no bairro Coroados, distante dez quilômetros do Centro.
“Aguardamos esses recursos há quatro anos. Atendemos 300 alunos da segunda fase do Ensino Fundamental, das áreas urbana e rural. A escola tem dez anos, parte da estrutura ainda é de madeira, e nunca tivemos esses recursos. Agora vamos readequar nosso espaço”, disse o diretor Fábio José de Araújo.
O prefeito de Palotina (município do Oeste paranaense), Jucenir Stentzler, recebeu R$ 99 mil para reformas no Colégio Estadual Rio Branco, o mais antigo da cidade. “É o colégio que deu origem aos demais colégios do município. As melhorias são fundamentais porque ele fica numa quadra junto de um colégio municipal, então há um processo migratório natural dos alunos”, complementou.
FUNDEPAR – A Fundepar, órgão responsável pelas intervenções para melhorias na infraestrutura escolar da rede estadual, entregou, de janeiro até o início de outubro, 207 obras com investimentos de R$ 57 milhões.
Outras 52 obras estão em andamento, entre elas sete novas unidades e as obras de restauração do Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba, o maior e mais antigo colégio do Estado, com 4,5 mil alunos e 173 anos de história. (Com AEN e assessoria)