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O encontro acontece na semana que marca um ano da confirmação dos primeiros casos ao Estado e no momento mais delicado da emergência em saúde pública.
O governador Ratinho Junior (PSD) se reuniu hoje, 08, com o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, desembargador José Laurindo de Souza Netto, e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSDB), para reforçar o pedido de apoio institucional no enfrentamento da pandemia. O encontro acontece na semana que marca um ano da confirmação dos primeiros casos ao Estado e no momento mais delicado da emergência em saúde pública, com aumento de casos, óbitos e internações.
“O Paraná encarou esse primeiro ano de pandemia com muita seriedade e contou com apoio do Tribunal de Justiça, da Assembleia Legislativa, do Ministério Público, do Tribunal de Contas, da Defensoria. Todos sempre foram muito solícitos e parceiros. Essa união nos ajudou a tomar decisões difíceis e a amenizar os problemas lá na ponta para as pessoas”, disse Ratinho Jr. “Mas era um cenário sem a variante amazônica, que é mais agressiva. A realidade agora é outra”.
O governador citou que a circulação da nova cepa tem aumentado os índices de hospitalização de pessoas mais jovens e a fila da espera por leitos, que passou de pouco mais de 40 (base de 2020) para mais de 900. Para responder a essa demanda, o Estado aumentou os leitos de UTI e enfermaria nos últimos dias, chegando a quase 700 em apenas 12 dias, o que corresponde a dois hospitais de campanha. Nos próximos dias mais 1.000 leitos de enfermaria devem ser habilitados na rede.
O governador também citou o aumento das dificuldades de aquisição de insumos e equipamentos, seja por imposição do mercado, seja pelo processo licitatório. Enquanto isso, o Estado está formando uma rede com empresas e cooperativas dispostas a doar monitores e respiradores. A ideia é ganhar velocidade para atender esse novo momento da pandemia. “Mais uma vez vamos precisar de todos os Poderes. Teremos 15 dias muito difíceis pela frente e queremos ter todos ao nosso lado nessa frente de batalha”, disse Ratinho Jr.
Ele também apresentou as novas medidas restritivas adotadas na sexta-feira, 26, e elencou a infraestrutura criada pelo Paraná desde o começo da pandemia, com a formatação da rede de atendimento exclusivo para Covid-19 com leitos de UTI e de enfermaria, dobrando a quantidade até então existente no Paraná nos últimos 30 anos. “Há muita solidariedade nas instituições do Paraná e estamos abertos a qualquer tipo de orientação ou sugestão. Temos a tranquilidade e a humildade de ouvir e absorver as lições”, afirmou o governador.
CENÁRIO – O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, elencou as dificuldades do momento, mas afirmou que o Paraná conta com uma rede robusta de atendimento e não deixará ninguém desassistido. São quase 1.500 leitos exclusivos de UTI abertos em um ano e possibilidade de ampliação, nos próximos dias, de leitos de enfermaria e de semi-intensivo. Ele destacou que o Estado já investiu R$ 1 bilhão diretamente na estratégia de combate à Covid-19 e tem a melhor estratégia de testagem e os números mais fidedignos do País.
“Todo esforço que fizemos até aqui foi planejado. Com a nova cepa e a demora da chegada da vacina estamos apreensivos. Essa variante amazônica tem poder de contágio de quatro a seis vezes maior e pode causar reinfeção. O tempo de permanência das pessoas nos hospitais também aumentou 10%. Ou seja, sem fazer nada é como se tivéssemos perdido 10% de leitos”, afirmou o secretário.
PARCERIA – Os dois presidentes dos outros Poderes elogiaram o trabalho desenvolvido pelo Governo do Paraná desde o começo da pandemia tanto na área da saúde pública, com novos hospitais regionais e apoio aos municípios, como na seara econômica, com crédito e mudanças tributárias. Eles citaram que esse é o momento de redobrar a união de esforços.
“É um momento de solidariedade. O Governo do Estado tem feito o necessário para enfrentar toda essa demanda, dobrando os leitos, ofertando EPIs. A ideia é manter o diálogo e a cooperação, tomar decisões coerentes com o momento da pandemia. Também nos adaptamos a essa realidade no Tribunal de Justiça e estamos desempenhando nosso papel para apoiar a sociedade”, disse o desembargador José Laurindo de Souza Netto. “Estamos na linha de frente do confronto. É um momento difícil e precisamos nos apoiar”.
O deputado estadual Ademar Traiano afirmou que a Assembleia Legislativa será parceira das decisões difíceis. “É importante apoiar as decisões técnicas e científicas. É um quadro que envolve uma série de variáveis. Mas o fundamental nesse momento é o apoio. Queremos superar essa crise. Há uma angústia dos empresários, do setor privado, dos trabalhadores. E, se necessário for, dentro dos aspectos legislativos, a Assembleia estará pronta para apoiar o Governo”, disse. (Com AEN)