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A razão foi o déficit financeiro de R$ 42.271.099,10 constatado em relação à receita arrecadada de fontes livres por esse Município dos Campos Gerais em 2018. O valor corresponde a 6,16% dessas fontes - índice superior ao limite de 5% tolerado pelo Tribunal de Contas.
Porque o prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel (PSDB), se tornou o porta-voz dos dados oficiais e medidas restritivas do Coronavírus na cidade? Porque não atribuiu a responsabilidade à secretária municipal de Saúde como na maioria dos Municípios? É que enquanto Rangel passa as informações da Covid-19 em tom alarmante e sensacionalista, utilizando-se para isso da emissora de rádio da sua família e veículos de comunicação bancados pela mídia do governo municipal e estadual, a população esquece de cobrá-lo do caos que está a cidade, do abandono nos bairros, principalmente na área da saúde, aonde a população sofre com a falta de médicos, medicamentos e inúmeras Unidades de Saúde fechadas.
Rangel que faz sensacionalismo desde o início da pandemia, propagou na última semana uma fake-news, ao informar nas redes sociais que um paciente vítima da Covid tinha câncer pulmonar, o que foi rechaçado e causou revolta nos familiares e amigos. Três dias depois, hoje, 06, no rádio, Rangel se retratou e pediu desculpa.
Ao tentar dar as notícias em primeira-mão, o prefeito passa informações pela metade e equivocadas através do rádio e das suas redes sociais, presta um desserviço à população e expõe vítimas da doença.
Tudo isso para que a população esqueça que enquanto o governo municipal faz obras faraônicas e milionárias, a cidade está abandonada. Nos bairros as ruas estão intransitáveis e em vários lugares não recebem manutenção há quase oito anos. Os investimentos básicos não são priorizados e a cidade vai de mal a pior. Por isso Rangel e o seu irmão, o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, não conseguiram sequer um nome viável para disputar a sucessão municipal nas eleições de novembro.