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Casais e pessoas solteiras enquadradas nos critérios podem garantir que crianças e adolescentes abrigados mantenham referência familiar
A Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, em parceria com a Vara da Infância e Juventude, relançou ontem o serviço ‘Família Acolhedora’, que tem a proposta de garantir um acolhimento familiar provisório para crianças e adolescentes que estão temporariamente afastados do convívio familiar, garantindo a vivência de um saudável acolhimento familiar até que seja definida, em caráter permanente, a condição do jovem, com a reintegração familiar ou a adoção.
Atualmente, o município de Ponta Grossa conta com cerca de 90 crianças em acolhimento institucional, nas entidades Pequeno Anjo, Associação de Promoção à Menina (Apam), Francisclara, João XXIII e a Central Provisória. Estão habilitadas para este programa apenas as crianças e adolescentes afastadas temporariamente do convívio familiar, não aquelas que estão aguardando adoção permanente. Com isso, a proposta é minimizar o período em que estas crianças e adolescentes passam em acolhimento institucional. A longo prazo, a proposta é que as instituições no município trabalhem apenas com o contraturno social, sem a necessidade de acolhimento.
“Queremos garantir que estas crianças e adolescentes tenham uma referência familiar, uma convivência que não é possível dentro da instituição, com uma família para compartilhar suas alegrias e angústias. Esperamos encontrar adeptos em Ponta Grossa, que a população se conscientize sobre a importância desse acolhimento, porque embora estejam nas instituições, esses jovens são cidadãos e precisam do nosso olhar”, comenta a juíza da Vara da Infância e Juventude, Noeli Reback.
Nessa nova fase do programa, o Município será o responsável por realizar a triagem das famílias interessadas em participar. Essa seleção acontecerá nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), além de uma equipe técnica que será responsável pelo acompanhamento das famílias participantes. Depois de selecionadas pela Prefeitura, as famílias serão encaminhadas para avaliação e decisão final por parte da Vara da Infância. No início da semana, técnicas do município passaram por capacitação para colocar o serviço em aplicação na cidade.
“Nosso objetivo é efetivar esse serviço em Ponta Grossa, oferecendo um ambiente familiar onde a harmonia, o afeto e a segurança sejam garantidas por adultos responsáveis. Nossas profissionais estão preparadas para realizar o cadastramento, seleção e acompanhamento das famílias, de forma a diminuirmos o número de crianças e adolescentes em situação de risco social no município”, avalia a secretária municipal de Assistência Social, Simone Kaminski.
Também participaram do relançamento as autoridades: o prefeito Marcelo Rangel; a promotora de justiça Carolina Sá; a representante dos Conselhos Tutelares, Silvana Zdebski; o presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, José Geraldo Berger; e Neusa Cerutti, coordenadora do serviço em Cascavel; além de representantes e acolhidos das instituições do município.
Podem participar do serviço de acolhimento familiar casais ou pessoas solteiras de 25 a 65 anos, que possuam renda comprovada, sem antecedentes criminais e atestado de saúde mental. Os interessados serão avaliados pela equipe técnica do serviço, inserido na Gerência de Proteção Social Especial (GPSE) da Secretaria Municipal de Assistência Social, recebendo parecer social e psicológico. Para mais informações, basta entrar em contato com a equipe técnica através do telefone: 3026-9574. (Com assessoria)