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Iniciativa do Governo do Estado, implantada em parceria com o Município, atenderá crianças e jovens com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Síndrome de Down e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Após avaliar resultados, o Estado levará o projeto para outras cidades.
Carambeí, nos Campos Gerais, ganhou uma sala sensorial iUP6D equipada para educação e terapias de reabilitação de crianças e jovens com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Síndrome de Down e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). A iniciativa inédita é do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), em parceria com a Prefeitura.
O espaço oferece recursos como simuladores de vento e chuva, difusores de essência olfativa, colunas transparentes com bolhas, piscina de bolinhas iluminadas, feixe de fibras ópticas sensoriais, equipamento para emissão de bolhas de sabão, entre outros, bem como softwares de produção de filmes sensoriais e para testes cognitivos.
A proposta é promover a intervenção precoce das crianças visando a estimulação e a reabilitação já a partir dos primeiros anos de vida, a fim de treiná-las em atividades diárias e para programas de estimulação multifuncional, sempre de uma forma lúdica, que tem provado a sua eficácia.
Os Parques Multidisciplinares iUP6D foram desenvolvidos pela startup brasileira Neurobrinq. O projeto-piloto em Carambeí é um comodato entre a Prefeitura e a empresa. A sala está localizada no Espaço Cidadão (Biblioteca) e será utilizada para atender colégios municipais e estaduais em Carambeí.
Inicialmente, os professores do Município serão capacitados para realizarem aulas sensitivas para as crianças com TEA. Cerca de 100 alunos serão atendidos na sala inovadora, como explica a prefeita Elisangela Pedroso. “Faremos essa capacitação para poder atender com qualidade os alunos. A sala fará muita diferença para a nossa cidade, porque traz desenvolvimento e inovação. Eu estou emocionada com a inauguração deste espaço agradeço o apoio da Secretaria da Inovação nesse projeto”, afirma.
A presidente do Conselho Municipal para Pessoas com Deficiência de Carambeí, Tamiris Sinhuri, que possui cegueira congênita e participou da inauguração da sala, também destaca a ação social do Governo do Paraná. “É uma conquista muito relevante para o município. As tecnologias assistivas auxiliam muito na inclusão das pessoas com deficiência. É um instrumento de inclusão não só de educação, mas social”, complementa.
Após avaliar os resultados, o Estado levará o projeto para outras cidades, instalando salas iUP6D nas regionais para atender o maior número de pessoas. “Queremos levar essas salas para mais municípios do Paraná. É muito emocionante trabalhar com uma tecnologia que não existia e que pode proporcionar melhor qualidade de vida às pessoas, principalmente crianças. Trabalhar com inovação para a inclusão de todos é uma alegria e mostra que estamos no caminho certo”, afirma o secretário da Inovação, Marcelo Rangel.
SALA SENSORIAL – Os Parques Multidisciplinares iUP6D foram desenvolvidos pela startup brasileira Neurobrinq. As salas são acionadas por tablets ou computadores utilizando tecnologia IoT e conectados a um servidor por meio de uma rede dedicada wi-fi. Os recursos, como os de videomodelagem, permitem que a sala propicie ações que estimulam todos os sentidos: tato, visão, audição, paladar, olfato e o equilíbrio em movimento (considerado o sexto sentido).
“Projetamos o iUP6D para transformar o espaço de uma sala de aula ou de terapia em um ambiente interativo, que reage de acordo com a programação e necessidade do terapeuta, oferecendo recursos tecnológicos simultâneos e contextualizados”, comenta Gregston Marques, CEO e fundador da Neurobrinq. Mais de 70 salas da Neurobrinq já foram instaladas em APAES, prefeituras, ONGs, órgãos de saúde e educação em todo o Brasil.
SALA DO MON – O Museu Oscar Niemeyer (MON) tem um espaço similar. É um dos principais projetos de inclusão pela cultura do museu, que pertence ao Governo do Paraná. A sala é um espaço para que pessoas autistas ou neurodivergentes possam se autorregular em caso de necessidade. Ela é importante porque o museu é um espaço de estímulos e a sala foi pensada para que estas pessoas tenham um local onde possam permanecer por um tempo. Ela está localizada em frente à Sala 01, no 1° andar do edifício principal.
O MON ainda oferece aos seus visitantes autistas ou neurodivergentes materiais para auxiliar no planejamento da visita: a Narrativa Visual mostra, por meio de imagens e textos curtos, o que se pode esperar, e o Mapa Sensorial indica quais são os estímulos sensoriais mais comuns. (Com AEN)