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Segundo o secretário de Estado de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, falta de documentos e de tempo inviabiliza liberação de R$ 1,8 mi para melhorias no Centro Agropecuário e compra de espaços para participação do governo na feira. O prefeito Marcelo Rangel confirmou no início do mês a realização do evento de 18 a 27 de outubro.
A falta de certidões da Prefeitura de Ponta Grossa impede o governo do Estado de realizar investimentos e compra de espaços na 41ª edição da Exposição Feira Agropecuária e Industrial de Ponta Grossa – EFAPI, evento tradicional da cidade e que acontecerá simultaneamente à Feira do Paraná, marcado para pouco mais de um mês, de 18 a 27 de outubro. A informação foi confirmada na tarde de hoje, 11, pelo secretário de Estado de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, em entrevista ao BLOG DO JOHNNY. “O Estado sempre teve boa vontade em transformar a EFAPI em uma grande feira, com a chancela de Feira Paraná, inclusive com investimentos dimensionados no Parque, que poderiam chegar a R$ 1,8 milhão em obras. Acontece que o Município não consegui até agora todas as certidões que habilitem o Estado repassar recursos, isso foi me dito pelo prefeito [Marcelo Rangel]. Portanto se tornou inviável se fazer convênio, de tal sorte que a feira é em outubro, sem nenhuma chance de passar o dinheiro agora para fazer o investimento para este ano ainda”, afirma Ortigara.
O secretário informou que regularizada a documentação, os recursos para obras de melhorias no Centro Agropecuário Municipal podem ser repassados. “Mas não temos tempo para fazer em 30 e poucos dias nada em termos de contratar obras. Isso está fora de cogitação”, disse.
Ortigara ressalta que a feira é uma realização da Prefeitura de Ponta Grossa juntamente com entidades locais e que o Governo do Estado entra apenas como apoiador. “Não sei como está a feira de Ponta Grossa. Tenho recebido propaganda de tudo quanto é jeito, a favor e contra. Não tenho absolutamente nada contra Ponta Grossa, pelo contrário. Não tem nenhuma má vontade aqui. Mas não posso fazer nada que a lei não me permite”, lamenta o secretário, informando que técnicos da Secretaria estiveram na cidade recentemente para vistoriar as instalações do Centro Agropecuário e planejar os investimentos.
Além das obras, segundo Ortigara, sem a documentação também não será possível realizar a compra de espaços para os órgãos do governo, como Copel, Sanepar, BRDE, entre outros. “Tem que ter documentos. Existe algum organizador? É a Prefeitura, a Sociedade Rural? Eles tem documentos que os habilitem vender espaço da feira para que a gente possa estar presente?”, questiona o secretário. “Boa vontade tem, só que o prazo está curto. Trinta dias é praticamente impossível fazer qualquer coisa”, concluiu.
PREFEITURA DESCONHECE INFORMAÇÃO – Procurado pela reportagem do Blog do Johnny, o assessor especial de Relações Públicas da Prefeitura de Ponta Grossa, Iran Taques Sobrinho, que faz parte da comissão de organização da Feira Paraná, admite que houve um atraso na liberação da certidão, mas que o problema já teria sido resolvido. Ele afirmou ainda que desconhece a informação da inviabilidade do repasses do governo do Estado para a realização do evento.
O presidente da Sociedade Rural dos Campos Gerais, Edilson Gorte, não foi localizado para comentar o assunto.
CONFIRMADA – No início do mês, o prefeito Marcelo Rangel (PSDB) confirmou a realização do evento e anunciou que o lançamento da feira seria realizado ainda neste mês em Curitiba. Ele afirmou ainda que o Governo do Estado estaria descentralizando a sede da Capital para Ponta Grossa durante a feira. “Entre os dias 23 e 25 de outubro nosso governador Ratinho Júnior, juntamente de secretários e alguns deputados trabalhão diretamente do evento, despachando demandas e realizando grandes anúncios de investimentos para o Município e a região”, informou.
De acordo com a Prefeitura, para abrigar a estrutura da Feira, os eventos acontecerão nas dependências do Centro de Eventos e do Centro Agropecuário. O Centro Agropecuário concentrará os animais em três grandes pavilhões, em mais de 8.000m² que abrigará expositores do agronegócio, palestras, a sede do governo do Estado, leilões, julgamentos e provas equestres, e no Centro de Eventos estarão as grandes tendências e novidades da indústria, comércio, serviços e tecnologias, em uma área coberta de 10.000m². (Com assessoria)