O deputado estadual Márcio Pauliki (PDT) deve anunciar nesta semana a sua filiação no Solidariedade (SD), comandado localmente pelo empresário Marcos Zampieri e nacionalmente pelo sindicalista e deputado federal Paulinho da Força (SD-SP). No Estado o partido é comandado pelo deputado federal Fernando Francischini, que recentemente trocou o SD pelo PSL, junto com o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), pré-candidato a Presidente.

Pauliki e Marcos Zampieri estiveram juntos na última eleição municipal apoiando o ex-vereador Júlio Küller, terceiro colocado na disputa pela Prefeitura. Foi de Zampieri o convite para Pauliki ingressar no Solidariedade.

A ida de Pauliki para o SD foi confirmada ao BLOG DO JOHNNY por Zampieri e por Fernando Francischini. O deputado estadual Felipe Francischini também está de saída do SD, seguindo o pai no PSL. Francischini é o homem de Bolsonaro no Estado e um dos principais articuladores da sua candidatura à Presidência. Felipe deve sair candidato a deputado federal, enquanto o pai, Fernando, almeja disputar o Senado. O PSL deve apoiar a pré-candidatura de Cida Borghetti (PP) ou lançar candidato próprio ao governo para dar palanque à Bolsonaro.

A entrada do deputado-empresário Márcio Pauliki em um partido ligado à segunda maior força sindical do país é no mínimo controversa. Mas Pauliki estava encurralado. Além do Solidariedade, as suas únicas saídas eram o Podemos ou o DEM. No Podemos entraria como recruta. O comando do partido na cidade foi entregue à um desafeto seu, o empresário Álvaro Scheffer, parente do senador Álvaro Dias, pré-candidato à Presidência. E no DEM, além de ficar sob o completo controle do deputado estadual Plauto Miró, perderia o apoio do pré-candidato a governador Osmar Dias (PDT). Osmar é oposição ao governador Beto Richa (PSDB) e o DEM deve apoiar Cida para o governo.