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Prefeito pediu apoio, otimismo e respondeu a questionamentos dos diretores
A reunião da diretoria da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), realizada na última segunda-feira, 03, na residência do presidente Douglas Taques Fonseca, contou com a presença do prefeito Marcelo Rangel (PPS). No encontro, os diretores tiveram a oportunidade de ouvir o gestor e fazer questionamentos referentes a suas pastas. Assuntos polêmicos foram discutidos e a ACIPG ofereceu apoio à Prefeitura em medidas de austeridade.
Rangel falou sobre o atual pessimismo na política brasileira e que cabe as lideranças combaterem este pensamento, auxiliando o poder público, visado o desenvolvimento do Município. “Não estou pedindo para que concordem com 100% de minhas atitudes, mas peço que pensemos juntos Ponta Grossa. Quero estar aqui, sempre que preciso, para ouvir sugestões, críticas e explicar meus posicionamentos em relação a assuntos polêmicos”, disse o prefeito.
Ele discorreu ainda sobre a crise financeira no país, a redução no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), dívidas históricas de Ponta Grossa, bem como o parcelamento com a Copel. “Devido a diversos fatores, inclusive a redução do FPM, muitos municípios não conseguiram fazer o pagamento de energia elétrica, porque optaram por outros custos mais importantes, como o pagamento em dia do salário dos servidores, a manutenção de escolas, a atenção com a Saúde, entre outras prioridades que não padeceram, mesmo com o período severo de recessão no Brasil”, salientou o prefeito, comentando que a situação da Prefeitura ainda está melhor do que há quatro anos.
TRANSPORTE COLETIVO – Outro tema polêmico discutido foi o reajuste da tarifa do transporte coletivo, ocorrido em fevereiro deste ano e motivo manifestações contrárias da ACIPG, como o outdoor eletrônico e a capa da Revista ACIPG em Ação. Fonseca apontou como absurdo o fato da Prefeitura aceitar a planilha de custos encaminhada pela Viação Campos Gerais (VCG), pois segundo ele, apresenta diversas fragilidades que incidem diretamente no valor da passagem de ônibus. “Da forma em que está a lei, a empresa concessionária ganha em cima do custo. Quanto mais o custo aumentar, maior é a porcentagem de lucro. Para que eles vão se preocupar em fazer economia?”, questiona Fonseca.
O prefeito disse que contou com o consentimento de especialistas do Conselho Municipal de Transportes (CMT) para tomar sua decisão, entre eles o representante da ACIPG, bem como, não quis arriscar que a população fosse penalizada com uma greve como a que aconteceu em 2013. “Foram 14 conselheiros e foi unanime. Não posso colocar em risco o desenvolvimento, o progresso da cidade, com uma greve como aconteceu no meu primeiro ano de mandato, com 28 dias e que quebrou o comércio. Uma greve estava eminente neste ano, como aconteceu em Curtiiba”, comenta Rangel.
PLANO DIRETOR – O diretor de Urbanismo, Jarbas Goes, solicitou ao prefeito a estruturação do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Ponta Grossa (Iplan). Segundo ele, a função do Iplan é ordenar o crescimento do Município, através do Plano Diretor e a Lei de Impacto de Vizinhança. “Hoje o Iplan tem dois servidores. Em virtude disso, não projeta, apenas estuda impacto de vizinhança”, comentou Goes.
Rangel concordou com Goes e confirmou que o Iplan conta apenas com dois servidores comissionados. “Com a terceirização, talvez isso possa ser melhor redimensionado, sendo uma solução possível a contratação de uma empresa que terceirize arquitetos”.
REGIME JURÍDICO – Os diretores da ACIPG questionaram o prefeito sobre o atual regime jurídico dos servidores municipais que apresenta características de estatutário e Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Rangel comentou que Ponta Grossa é um dos poucos municípios do país que conta com este modelo. Ele relata que o Sindicato fez a solicitação de reajuste salarial de 10% para este ano. No entanto, Rangel alega que, por uma questão matemática, a Prefeitura não tem condições de discutir o assunto, pois caso conceda, o município não conseguiria pagar o salário de dezembro e 13º. “Porém, caso mudássemos para o regime estatutário, Ponta Grossa seria um dos únicos municípios do Brasil a ter condições de dar aumento real para os servidores”, disse o prefeito.
Rangel salientou ainda, que as demanda judiciais, oriundas de ações trabalhistas, chegam a R$ 80 milhões, sem contar que o custo mensal com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é de 8%, algo em torno de R$ 3,5 milhões. “Estamos pensando no futuro. Talvez não tenhamos vantagens a curto prazo, mas a longo prazo todo o recurso arrecadado pode estar comprometido pelo atual sistema e pelas ações trabalhistas”, disse Rangel, garantindo que é necessário enfrentar esta situação.
O presidente da ACIPG, em nome de todos os diretores presentes, disse que o prefeito pode contar com a Associação no que for necessário para mudança do regime. “Estamos juntos, pois esta é uma medida de grande importância para o município de Ponta Grossa”, falou Fonseca.
HOMENAGEM – O prefeito aproveitou o momento e anunciou que o Centro Cirúrgico Hospital da Criança, que foi ampliado e será reinaugurado, receberá o nome do médico Doutor Cesar Milléo, esposo falecido da diretora de Responsabilidade Social, Indianara Milléo. (Com assessoria)