Ilustração
O processo de uma Operação do Ministério Público Estadual que abalou a cidade recentemente traz a interceptação telefônica entre um ex-vereador e uma ex-servidora comissionada, de uma conversa que revela a doação ilegal de uma empresa, alvo da investigação, para uma campanha eleitoral de um candidato a prefeito derrotado no primeiro turno das eleições municipais. Na conversa, um deputado e o coordenador da campanha do candidato também são citados.
O diretor de uma empresa pública indicado por um deputado e um secretário, não anda nada satisfeito com a condição que lhe foi oferecida para assumir o cargo. O rapaz ocupava um cargo no primeiro escalão de uma Prefeitura e foi o coordenador da campanha do deputado na cidade. Ele e o prefeito prometeram fazer uma votação muito maior que a alcançada para o deputado, que mandou a estrutura necessária para a campanha. Após a eleição, a diferença dos recursos aplicados e os votos recebidos foi cobrada pelo político. E a solução encontrada pelo grupo foi nomear o rapaz diretor com um gordo salário e fazê-lo devolver a metade para o deputado até a quitação da dívida.
O rapaz teve que deixar a cidade, ficar longe da família, namorada e amigos, assumir uma carga de trabalho muito maior e vive com a metade do salário que é quase igual ao que ganhava na cidade. Só reclama e quer voltar.
Esta não é a primeira vez que um político não faz os votos prometidos pelo grupo que o apoia e cobra a diferença do dinheiro que mandou. Geralmente isso ocorre quando o político perde a eleição.
As transações financeiras do repasse da metade do salário do diretor ao deputado estão sendo investigadas por outros deputados que prometem denunciar o esquema em breve.