O comitê para combater “fake news” no período eleitoral, criado pelo candidato ao Governo do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), identificou um diretor da Companhia de Tecnologia de Informação e Comunicação do Estado do Paraná (Celepar) como um dos responsáveis por disseminação de conteúdo falso e ataques pessoais contra o candidato. Giovani Antonio Soares de Brito, nomeado pela governadora e candidata a reeleição, Cida Borghetti (PP), é diretor administrativo-financeiro da estatal e compartilhou material em vídeo com conteúdo negativo contra Ratinho Jr.
Em representação na Justiça Eleitoral, o Diretório Estadual do Partido Social Democrático (PSD), solicitou concessão de tutela provisória de urgência para remoção imediata do conteúdo disseminado pelo diretor da Celepar na plataforma do Whtasapp.
O nome do diretor da Celepar foi identificado depois que o jurídico do PSD conseguiu a quebra de sigilo com informações sobre três proprietários de linhas telefônicas que estavam compartilhando os conteúdos.
Em caráter liminar, a Juíza Auxiliar, Graciane Lemos, atendeu o pedido intimando o Whats App Inc., para suspender o compartilhamento e realizar a exclusão do vídeo, e para que as operadoras de telefone identificassem os proprietários da linhas.
A partir da identificação de Giovani de Brito, o jurídico do PSD solicitou também à Justiça Eleitoral a aplicação de multa ao diretor da Celepar por propaganda eleitoral negativa antecipada.
FACEBOOK – Além da idenficação de usuários que compartilharam material via Whatsapp, o Comitê contra Fake News de Ratinho Jr. identificou um perfil de usuário de Facebook que estava compartilhando o mesmo material sob o nome de Edison Willians. A Justiça Eleitoral determinou a remoção imediata do conteúdo sob pena de multa diária de R$ 100 mil (cem mil reais). O vídeo já foi retirada da URL do Facebook.
O advogado de Ratinho Jr., Gustavo Bonini Guedes, ressalta a importância do comitê de combate às informações falsas disseminadas na internet, “pois a partir do trabalho dos especialistas nas áreas jurídica e de tecnologia da informação foi possível solicitar a quebra dos sigilos do WhatsApp e também telefônicos, a fim de que fossem identificadas as linhas telefônicas e metadados dos usuários, como IP, data e hora dos acessos”. (Com assessoria)