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Membros da Comissão de Educação da Câmara entregaram documento ao relator da proposta. A moção foi aprovada por unanimidade na Comissão e conta com o apoio do deputado Aliel Machado.
Membros da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados entregaram ontem, 05, ao relator da Proposta de reforma da Previdência (PEC 6/19), deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), uma moção de apoio à manutenção da aposentadoria especial para os professores. A moção foi aprovada por unanimidade na Comissão e tem como propositor o deputado Danilo Cabral (PSB-PE), apoiado pelo deputado Aliel Machado (PSB).
“Essa é uma contribuição da Comissão de Educação. Eu sou coautor dessa proposta e nós sabemos que professor não é privilegiado. Nós também temos outras frentes pra tentar corrigir essa proposta, que é extremamente agressiva contra a população que ganha menos e vamos continuar nosso trabalho”, afirmou Aliel.
Cerca de quinze parlamentares se reuniram com o relator para entregar a moção. O autor da proposta reforçou a importância da retirada dos professores da PEC da Previdência. “São profissionais que exercem a atividade se submetendo ao estresse, à falta de infraestrutura das escolas e até à violência. Precisamos considerar as peculiaridades da atividade docente e as condições de trabalho na área educacional”, disse Cabral.
O relator da proposta afirmou aos parlamentares que o texto trará mudanças aos professores, e que a Comissão de Educação tem papel fundamental nesse processo. “Nós vamos mexer no texto com relação aos professores. Ainda não está fechado. Não sei se vai ser o quanto eu gostaria ou quanto os senhores esperam, mas certamente vamos mexer no texto”, revelou Moreira aos parlamentares.
Para Aliel, o debate sob o aspecto econômico na reforma não pode superar as especificidades de cada categoria. “Já existe essa diferenciação dos demais trabalhadores pela atividade que eles exercem na sociedade. O governo quer inclusive igualar a idade mínima para aposentadoria entre professores e professoras. E 80% do magistério é composto por mulheres, que cumprem dupla ou até tripla jornada. Isso certamente é injusto e também acaba desestimulando o ingresso na carreira. Por isso a nossa luta em defesa desses profissionais”, afirmou Aliel. (Com assessoria)