26 de abril de 2019

Com parque moderno, Paraná se destaca na produção industrial

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Estado tem forte presença nos setores automobilístico, alimentício, agroindustrial, metalmecânico, florestal, madeireiro, moveleiro e celulose. O Estado liderou o crescimento na produção nos dois primeiros meses do ano.

No primeiro bimestre deste ano a produção industrial paranaense liderou o crescimento no Brasil, com expansão de 10,3% em comparação com o mesmo período do ano passado. Com uma indústria moderna e diversificada, o Paraná ocupa lugar de destaque neste setor e segue atraindo empresas. Neste ano, a Klabin e o Grupo J. Macêdo anunciaram novas plantas, com investimento total de R$ 9,6 bilhões.

Além de um programa de incentivos atualizado, posição geográfica e de mão de obra favoráveis, o Estado mantém as contas públicas equilibradas. “Nosso trabalho será no sentido de ampliar as condições de desenvolvimento do setor produtivo. Queremos agregar valor à produção estimulando novos investimentos, a inovação e modernizando o sistema logístico”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD).

“Apesar de todos os percalços do Brasil, o Paraná construiu condições produtivas e fiscais para sair na frente quando a economia brasileira voltar a crescer”, acredita o professor de economia da FAE Gilmar Lourenço, ex-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

Para ele, o Paraná tem um parque industrial mais avançado que a média dos demais estados brasileiros. A chegada das montadoras trouxe grandes fornecedores para o complexo metalmecânico, agregando novas tecnologias ao segmento. No começo deste ano, por exemplo, a produção de máquinas e equipamentos cresceu 19,5%.

O setor agroindustrial do Paraná é o maior e mais competitivo do Brasil, salienta Lourenço. As cooperativas se tornaram grandes empresas, fizeram fortes investimentos nos últimos anos, e o setor do agronegócio se modernizou ainda mais com a chegada e ampliação do parque madeireiro e da indústria do papel.

INVEJÁVEIS –Dois dos principais setores que sustentam a produção industrial, o automobilístico e o alimentício, apresentam números invejáveis no primeiro bimestre: o primeiro cresceu 28,8% nos primeiros meses deste ano e o segundo, 11,9%, conforme dados da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP).

“Enquanto a produção industrial brasileira registra queda. O Estado já apresenta sinais de recuperação com resultados robustos”, destaca o economista Evânio Felippe, da FIEP. “O começo deste ano é de fato promissor. É preciso, porém, avaliar o andamento das negociações em torno das reformas em discussão no plano nacional”, alerta Felippe.

O Paraná também vive um momento de otimismo no setor de empregos, como revelam os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na última quarta-feira, 24. Apesar de ligeira retração em março, o Paraná segue entre os cinco estados que mais criaram empregos formais no Brasil no primeiro trimestre deste ano. No total, o Estado gerou 27.114 novas vagas no ano, o que representa variação positiva de 1,04%.

SAÚDE – Quarto lugar entre as economias estaduais – quase sempre empatando com o Rio Grande do Sul -, o Paraná vem obtendo bom desempenho em função de uma história iniciada há pelo menos 40 anos. Foram vários ciclos de industrialização. “Quando a economia brasileira entrou em recessão em 2014 o Paraná já tinha uma estrutura industrial mais avançada que a média, por ser uma indústria nova, e manteve o diferencial”, explica Gilmar Lourenço.

A situação fiscal do Estado também ajuda a manter um clima positivo, o que acaba por influenciar a economia. O Paraná registrou no último fevereiro a dívida total de 20,1% da receita corrente líquida. A dívida do Rio de Janeiro é de 157,9% da receita, do Rio Grande do Sul chega a 138,3% e de Minas, 122,2%.

Entre os Estados mais desenvolvidos, o Paraná tem a menor dívida, assim como o menor deficit público – 2% em relação à receita corrente líquida. O déficit da Bahia é de 2,7%; de São Paulo é de 3,6%; de Santa Catarina soma 4%, de Minas, 7%; do Rio Grande do Sul, 9,7% e do Rio de Janeiro, 12,4% da receita corrente líquida. (Com AEN)


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