Os nomes do governador Ratinho Junior (PSD) para a sucessão estadual: Guto Silva, secretário de Estado das Cidades, e Alexandre Curi, presidente da Assembleia Legislativa, não emplacam. Sem sucesso, até o vice Darci Piana e Rafael Greca, secretário de Estado de Desenvolvimento Sustentável, foram arrolados na busca desesperada de encontrar um sucessor viável.

A indecisão do governador Ratinho Jr. em definir o seu candidato Guto ou Curi, faz o senador Sérgio Moro (União Brasil) crescer nas pesquisas de intenção voto. Curi, aliado com Greca, tentam forçar o anúncio da decisão do governador até o final do ano. Nos bastidores, dizem que Ratinho teria escolhido Guto. Curi ameaça debandar para o Republicanos caso o governador decida não o escolher.

O capítulo mais recente dessa novela é a aliança do PP da família Barros com o governo Ratinho Jr., mais próximo de Alexandre Curi. A presidente estadual do partido, a deputada estadual Maria Victória defendeu durante a visita do presidente nacional do partido a Curitiba hoje, 08, senador Ciro Nogueira (PP-PI), o veto à candidatura de Moro. PP e União Brasil solicitaram ao TSE o registro da Federação União Progressista.

Uma reunião amanhã, 09, em Brasília, entre Moro, Ricardo Barros e os presidentes do União Brasil, Antonio Rueda, e do PP, Ciro Nogueira, deve definir rumo da candidatura do senador ao Governo do Estado.

O veto do PP à Moro dá a impressão de que o governador Ratinho Jr. e o seu time estão com medo de enfrentar o senador na disputa pela sucessão do Palácio Iguaçu e quer levar a eleição no ‘tapetão’. Na última eleição, em Ponta Grossa, Ratinho Jr. e os seus aliados, os irmãos Sandro Alex, secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, e Marcelo Rangel, deputado estadual e vice-líder do Governo na Assembleia, tentaram a mesma estratégia contra a prefeita Elizabeth Schmidt (União Brasil) – aliada de Moro –, e deram um ‘tiro no pé’, perdendo a eleição em uma das principais cidades do Estado.