23 de março de 2023

Casa da Mulher faz 289 atendimentos no primeiro ano de atuação

Divulgação

Conforme dados coletados pela equipe, 96,4% das mulheres atendidas foram agredidas dentro de casa.

A Casa da Mulher atendeu 289 mulheres vítimas de violência em 12 meses de atuação. O espaço foi inaugurado em 22 de março de 2022 pela Prefeitura de Ponta Grossa, através da Secretaria Municipal da Família e de Desenvolvimento Social, da Fundação de Assistência Social e da Secretaria Municipal de Cidadania e Segurança Pública.
“Promover a segurança de todas as mulheres é nossa obrigação. Como mãe, como prefeita e como mulher, considero a implantação da Casa da Mulher um marco no acolhimento a vítimas de violência na nossa cidade. O intuito é fortalecê-las e ajudá-las a romper o ciclo a que estão submetidas”, afirma a prefeita Elizabeth Schmidt (PSD).
Do total de vítimas atendidas no primeiro ano, 126 foram encaminhadas pelo Juizado Especial de Violência Doméstica, 78 procuraram a Casa da Mulher espontaneamente e 34 foram encaminhadas pela Patrulha Maria da Penha.  Os demais encaminhamentos foram feitos pelos CREAS 1 e 2 (22), HU, HUMAI e UPAS (18) e CRAS (11).
Conforme dados coletados pela equipe, 96,4% das mulheres atendidas foram agredidas dentro de casa. “A violência psicológica é a que tem com maior incidência. 81% das mulheres relataram terem sido vítimas de agressões verbais e humilhações. Em segundo lugar vem a violência física, perfazendo 61% dos relatos”, revela a coordenadora da Casa da Mulher, Camila Calisto Sanches.
De acordo com o levantamento, os principais meios de violência foram ameaça/agressão verbal (54,5%), seguida de força corporal/espancamento (48,2%).  “Os números confirmam a relevância do acompanhamento psicológico individualizado ofertado pela Casa da Mulher. No primeiro ano, 160 mulheres passaram ou passam pelo nosso serviço dedicado à saúde mental”, complementa Camila.
Outro dado importante é que 90% das mulheres atendidas relataram que os episódios de violência ocorreram mais de uma vez. Embora 70,9% delas tenham medida protetiva de urgência, 62,5% ainda se sentem em risco.
Para garantir a segurança das vítimas e o efetivo cumprimento das medidas protetivas, as equipes da Patrulha Maria da Penha atuam na Casa da Mulher, onde oferecem suporte para mulheres vítimas de violência. Atualmente, mais de 400 medidas protetivas em vigor são acompanhadas pelos agentes.
“Todos os agentes da Guarda Civil Municipal possuem treinamento para lidar com situações de violência doméstica e prestar o devido auxílio e orientação às vítimas. No caso da Patrulha Maria da Penha esse atendimento é constante e passa por visitas de rotina, contatos por mensagens e por ligações, tudo para garantir que as medidas protetivas sejam cumpridas e contribuir para que as mulheres vítimas desse tipo de situação possam romper com o ciclo de violência”, destaca a secretária municipal de Cidadania e Segurança Pública Tânia Sviercoski.
O atendimento social e jurídico complementa os serviços ofertados na Casa da Mulher. Para a secretária municipal da Família e Desenvolvimento Social e presidente da Fundação de Assistência Social de Ponta Grossa, Tatyana Denise Belo, o espaço já pode ser considerado uma referência no acolhimento a vítimas de violência. “Conseguimos avançar muito na garantia dos direitos e proteção dessas mulheres, mas o fortalecimento da rede de atendimento do município ainda é um desafio que buscamos superar a cada dia”, avalia a Tatyana.
A Casa da Mulher está localizada na rua Theodoro Rosas, número 1651, e funciona das 9 às 17h. (Com assessoria)


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