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Sem mandato, o ex-deputado Plauto Miró mantém folha de comissionados de R$ 700 mil no Estado. Um grupo especializado do Ministério Público do Paraná estaria investigando as nomeações, lotações e, principalmente, o cumprimento da carga horária e expediente desses cargos.
O governador Ratinho Júnior (PSD) volta de viagem de férias com a família nesta semana e um dos itens na pauta são os seis cargos em comissão que teriam sido indicados pelo ‘fantasma’ do ex-deputado Plauto Miró no Governo do Estado e que possuem salários que variam entre R$ 13,3 mil e 7,8 mil, totalizando uma folha de R$ 58.172,21 ao mês e R$ 698.066,52 ao ano (confira abaixo).
Ratinho Júnior não quer no Governo a ‘velha política’ e quer saber quem foi o responsável pela nomeação dos cargos supostamente indicados pelo ex-deputado Plauto Miró, que recentemente admitiu em acordo com o Ministério Público do Paraná ter recebido propina.
O caso já extrapolou o Palácio Iguaçu. Deputados estaduais estariam cobrando do Governo como um ex-deputado envolvido em escândalos de corrupção possui tanta influência e tantos cargos. Um grupo especializado do Ministério Público do Paraná (MP-PR) também estaria investigando as nomeações, lotações e, principalmente, o cumprimento da carga horária e expediente desses cargos.
Uma ‘bomba’ no colo do governador Ratinho Júnior que deve ser tratada em sua volta.
LIGAÇÃO – Todos os cargos atuavam no mandato ou estavam nomeados em outros cargos da ALEP indicados por Plauto no final do seu mandato e sempre foram bem próximos ao ex-deputado. Cinco deles estão nomeados na Casa Civil – Superintendência Geral de Articulação Regional, lotados em Ponta Grossa.
O Blog do Johnny não conseguiu apurar informações sobre o registro de frequência, local de trabalho e nem relatório dos serviços prestados dos servidores lotados em Ponta Grossa. O blog também não conseguiu contato com o ex-deputado Plauto Miró.
PROPINA – Plauto Miró recentemente confessou ter recebido propina do empresário Vicente Malucelli – da TV Icaraí, durante a renovação de contrato da empresa com a Assembleia. Segundo o MP-PR, as apurações confirmaram a corrupção passiva, com “a existência de indícios de autoria e prova de materialidade em relação a deputados estaduais”. Plauto e outro parlamentar confessaram ter cometido o crime, mas assinaram um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) com o Ministério Público para não responderem a processo na Justiça. Os dois acordos previram a devolução pelos parlamentares de dinheiro aos cofres públicos que somadas chegam a R$ 743.224,84.
CONFIRA OS CARGOS, LOTAÇÃO E SALÁRIOS DOS CARGOS EM COMISSÃO INDICADOS POR PLAUTO:
JOÃO NEY MARÇAL JUNIOR – CC PG – Supeintendência Geral de Articulação Regional – R$ 10.718,42.
ANDERSON LUIS STRACK TAVARES – Núcleo Regional da Casa Civil em Ponta Grossa – R$ 7.860,12.
CAROLINE REGINA AMARAL TUPAN SILVA – Núcleo Regional da Casa Civil em Ponta Grossa – R$ 7.860,12.
CELSO LEANDRO PRESTES DA SILVA – Núcleo Regional da Casa Civil em Ponta Grossa – R$ 10.479,90.
RENATO SPERLING JUNIOR – Núcleo Regional da Casa Civil em Ponta Grossa – R$ 7.860,12.
ALINE MARCELINO GOMES – Comissão de Fiscalização da Alep e Assuntos Municipais – R$ 13.393,53.