Arquivo
Geraldo Stocco foi o único parlamentar a votar pela abertura de uma nova Comissão Parlamentar Processante contra Celso Cieslak, suspeito de corrupção.
A Câmara Municipal de Ponta Grossa decidiu rejeitar e arquivar ontem, 10, o projeto de resolução 01/2018 dos vereadores Geraldo Stocco (Rede) e Ricardo Zampieri (PSL). A medida buscava garantir maior transparência com o uso de diárias pagas pelo Legislativo Municipal, mas recebeu parecer contrário da Comissão de Legislação, Justiça e Redação (CLJR) e acabou sendo arquivado.
O projeto foi ao plenário e 15 vereadores votaram pela manutenção do parecer contrário e outros 5 pela derrubada. Votaram pelo arquivamento da proposta os vereadores: Daniel Milla (PV), presidente, Divo (PSC), Mingo Menezes (DEM), Eduardo Kalinoski (PSDB), Sargento Guiarone (PROS), Florenal (Pode), Jorge da Farmácia (PDT), Doutor Zeca (Cida), Doutor Magno (PDT), Pietro Arnaud (Rede), Rogério Mioduski (Cida), Professora Rose (PSB), Sebastião Mainardes Júnior (DEM), Vinícius Camargo (PMB) e Valtão (PP).
O projeto de Stocco obrigaria que os vereadores prestassem contas dos gastos que tem com diárias. “É uma pena que parte da Câmara não esteja comprometido com o dinheiro público”, criticou o parlamentar.
O vereador lembrou que no mercado de trabalho os funcionários das empresas, normalmente, tem que prestar contas dos gastos que tem em viagens para serem ressarcidos. “Mas o mesmo não acontece na Câmara. Aqui um vereador recebe uma diária de R$ 250 para compromissos no Paraná e R$ 350 em Brasília ou em qualquer cidade fora do Estado e não presta contas do que gastou ou não”, disse o vereador.
Stocco destacou a importância de viagens para a qualidade do trabalho parlamentar, mas cobrou transparência. “Sei da importância das viagens, o que eu questiono é a falta de transparência com o recurso que é recebido. Se os trabalhadores que atuam no mercado prestam contas, porque nós, homens públicos, não o faríamos?”, questionou o parlamentar.
GASTO EXCESSIVO – Para Stocco atualmente há um gasto excessivo com o pagamento de diárias e a obrigatoriedade de prestação de contas poderia contribuir com a diminuição desses gastos. “Vivemos uma crise profunda na política e na economia. Defendo que devemos dar o exemplo e caso um vereador não use todo o valor da diária o restante deve ser devolvido aos cofres públicos”, avalia o vereador. (Com assessoria)