23 de janeiro de 2019

Bakri confirma 40 deputados na base do governo

Divulgação

O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Hussein Bakri, revelou em entrevista ao BLOG DO JOHNNY que “existem fortes indícios de que há coisas erradas” na folha de pagamento do Estado.

O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Hussein Bakri (PSD), em entrevista ao BLOG DO JOHNNY ontem, avaliou as primeiras ações do governo Ratinho Junior (PSD), detalhou como será conduzida a relação entre os Poderes Executivo e Legislativo e falou sobre a sua relação com a cidade de Ponta Grossa. Confira:

BLOG DO JOHNNY – Passado pouco mais de 20 dias de governo, que avaliação o senhor faz dos trabalhos até o momento?

HB – O governador está demonstrando na prática aquilo que ele falou em campanha. A primeira delas foi a redução do número da máquina. Não é um mero discurso, é fato. Foi diminuído de 28 para 15 secretarias, que será remetido para a Assembleia nas primeiras sessões. Evidentemente que, ato contínuo, é a diminuição do número de cargos comissionados. O governador também, de acordo com o que ele propagou na campanha, tem se debruçado sobre a diminuição do custo da máquina. Detalhes às vezes que não parecem tão importantes, mas que no final tem um resultado muito forte, como, por exemplo, a devolução de um avião locado que custava R$ 4,5 milhões por ano. Se você fizer a conta nos quatro anos são R$ 18 milhões. O governador está se debruçando agora de forma muito contundente na folha de pagamento. Existem fortes indícios de que há coisas erradas.

BLOG DO JOHNNY – Quais seriam essas “coisas erradas” na folha?

HB – Já detectaram a princípio pagamentos em duplicidade à pessoas que já morreram. É muito grande o tamanho da folha do Estado. O momento é de se fazer uma espécie de CPI na folha de pagamento. Existe uma equipe técnica estudando. Além disso, existe uma determinação do governador muito forte, de que aquela questão política de cargos de apadrinhamento acabou. Evidentemente que uma indicação ou outra que tiver a condição política aliado a questão técnica, ele vai validar. Mas não é aquela conduta, aquele libera geral, toma lá dá cá, o governador está sendo muito comedido nisso. Aliás, até na montagem da equipe já foi assim. Existem muitas surpresas na equipe dele. Isso é reflexo de que ele não assumiu compromisso com ninguém na campanha, com partidos em troca de cargos e secretarias. Aliado a isso, o governador está estudando também para que, durante o ano, a Assembleia possa discutir uma eventual redução do repasse orçamentário ao Poder. Evidentemente que não podemos falar em nome dos demais Poderes, mas eu acho que a Assembleia podia começar a pensar para que no próximo ano, já validado por lei, possa se aplicar essa redução. O governador tem uma série de necessidades. Ele precisa aumentar o número de policiais militares, discutir com as categorias a data-base, mas quem é que sabe quando a nossa economia vai melhorar? O Estado está no limite prudencial da folha de pagamento. O governador precisa ter a segurança necessária de que ele pode avançar na relação com o funcionalismo. Como que ele vai ter? Reduzindo o tamanho da máquina, os cargos comissionados. Se possível, os Poderes deveriam colaborar  para reduzir cada qual da sua cota de contribuição e, paralelo a isso, torcer para que o governo federal possa recuperar a economia. E aprovamos o projeto das PPPs. É uma forma inteligente de fazer com que as coisas andem rápido e o Estado, que não tem a capacidade financeira de imediato, possa estabelecer parcerias com a iniciativa privada.

BLOG DO JOHNNY – Durante a reunião do secretariado hoje [ontem] o senhor falou como espera conduzir a relação do Executivo com o Legislativo, que recado foi passado?

HB – O nosso papel como deputados é não se meter na administração. Se chamados, vamos discutir, dar a opinião, mas sem interferir no poder discricionário do governo. E é importante que a recíproca seja verdadeira. Que os projetos sejam mandados com antecedência, porque às vezes um projeto bom que chega no afogadilho ganha contornos inimagináveis em função da falta de discussão e comunicação. O meu primeiro objetivo é que os secretários que vierem a encaminhar os projetos para a Casa Civil, façam com antecedência para que possamos exaurir a discussão ao máximo dentro da Assembleia. Que seja respeitado o papel dos deputados quando algum secretário for visitar as regiões, que comuniquem previamente. O deputado representa a região. É uma forma de prestígio. Que os secretários atendam pessoalmente os deputados. Esse é o meu papel. Tenho que cuidar dos deputados. A minha função como líder do governo é atender a nossa base.

“O momento é de se fazer uma espécie de CPI na folha de pagamento.”

BLOG DO JOHNNY – Como está a formação da base na Assembleia?

HB – Estou muito otimista com o tamanho da base. Estamos finalizando esse levantamento. Vamos finalizar antes da posse a conversa com os deputados. O governador, sem distinção, vai conversar com todos. Hoje [ontem] a bancada do PSL foi peremptória. Eles afirmaram: nós estamos com os 8 deputados na base do governo. Junto com o governador foram eleitos 21 deputados. Temos uma bancada de partidos que não estiveram com o governador e vários deputados já declararam apoio. Somado, temos de 38 a 40 deputados que estariam oficialmente na base. Todos imbuídos da maior vontade e sabem que acabou aquele toma lá dá cá. Sabem que se o Paraná e o governo forem bem, eles irão bem. O governador quer ter uma boa relação, até porque ele já foi deputado. Eu fico feliz e até surpreso com a receptividade que encontrou esse novo modelo que o governador implantou sem aquele velho toma lá dá cá, basta você ver o modelo da educação. Estou entrando num momento novo, assumindo a liderança com uma mudança de paradigmas. Muita coisa mudou com relação ao passado. Estamos sentido que as bancadas e o pessoal mais novo chegaram com esse propósito. Eventualmente um curto circuito vai dar, mas eu acho que com sapiência e inteligência se constrói.

BLOG DO JOHNNY – O senhor tem uma atuação parlamentar em Ponta Grossa. Nesta nova função, como líder do governo, o senhor acredita que poderá contribuir ainda mais com a cidade?

HB – Em Ponta Grossa temos várias lideranças que precisam ser respeitadas. Temos a Mabel, a gente respeita muito a votação, o trabalho e a história da família dela. Temos o deputado Plauto que tem uma história de muito trabalho por Ponta Grossa, que está e será respeitado sempre. Temos o grupo do Sandro Alex e do Marcelo Rangel que participou a vida inteira com o governador. E eu sei do meu tamanho em Ponta Grossa. Fiz uma votação e tenho projeto político de crescer na cidade, respeitando os demais colegas. Gostaria de fazer parcerias importantes e utilizar essa minha força, o meu trabalho e entrada nas secretarias para atender o prefeito Marcelo Rangel e toda a sua equipe. Tenho alguns projetos que ficaram para trás e gostaria de apadrinha-los para crescer junto com Ponta Grossa.


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