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Foi descoberta uma fraude realizada pela gestão passada, equivalente a mais de R$ 1,3 milhão nos valores atuais. De acordo com documentos da auditoria, realizada pela empresa Diniz Consultoria Contábil e Empresarial, estão envolvidos na fraude o ex-presidente do órgão, Paulo Cesar de Oliveira, e a o ex-tesoureiro, José Aparecido de Moura.
A presidente do Grêmio Beneficente dos Servidores do Município de Telêmaco Borba (GREBSERV), Nilce Terezinha de Almeida, realizou no último dia 16, no salão nobre da ACITEL, uma prestação de contas sobre a auditoria realizada no GREBSERV, onde foi descoberta uma fraude realizada pela gestão passada, equivalente a mais de R$ 1,3 milhão nos valores atuais.
De acordo com documentos da auditoria, realizada pela empresa Diniz Consultoria Contábil e Empresarial, estão envolvidos na fraude o ex-presidente do órgão, Paulo Cesar de Oliveira, e a o ex-tesoureiro, José Aparecido de Moura.
Paulo, inclusive, foi presidente do GREBSERV por 10 anos, de 2013 a 2023. A auditoria se refere ao período de 2015 a 2023, onde segundo o documento, Paulo foi assessorado pelo tesoureiro, José Aparecido.
A auditoria se concentrou em uma conta aberta em um banco cooperativo da cidade, que foi movimentada de 22 de abril de 2015 a 31 de dezembro de 2023. Paulo possuía um cartão de débito e movimentava exclusivamente a conta.
“Constatou a contabilidade/auditoria dentre inúmeras irregularidades a mais grave até o momento é que absolutamente inexistem documentos comprobatórios da legitimidade, origem, motivação, contratos das operações realizadas e contidas nos respectivos extratos. Não consta nenhum tipo de registros nos controles usuais do Grêmio e/ou qualquer tipo de documentos das operações”, afirma o documento, apontando que nem o escritório de contabilidade que cuidava das finanças do GREBSERV soube das transações.
O laudo da auditoria se baseou nas entradas e saídas de dinheiro da conta, durante o período citado e disposto exclusivamente nos extratos bancários do período. Foram registradas entradas de R$ 633.071,65 e saídas de R$ 624.366,35, no período quase oito anos. Esses valores eram desconhecidos do Conselho Fiscal do GREBSERV.
O laudo da auditoria é enfático em afirmar que o ex-presidente, com o auxílio do então tesoureiro, “utilizou-se dos recursos do GREBSERV a seu bel prazer, operando clandestinamente a referida conta de titularidade do Grêmio, pelo simples fato de ser à época presidente da instituição, tendo em mãos cartão de débito, senha a afins, apossando-se indevidamente de mais de R$ 624.366,35 sem qualquer óbice ou fiscalização, sem prestar contas, sem ingresso na contabilidade de um único recibo, e o que é pior, não revertendo um único centavo desse valor em benefício ao GREBSERV, utilizando-se de 2015 à sua saída em 2023 do que estava disponível nessa específica conta em benefício próprio”.
A empresa Diniz Consultoria Contábil e Empresarial afirma que o valor de R$ 1.306.253,16 se refere a atualização dos valores indevidamente apropriados por Paulo Cesar Oliveira, que segundo a empresa devem ser ressarcidos ao GREBSERV. Para isso, o documento sugere que os bens móveis e imóveis de Paulo e José Aparecido sejam bloqueados.
De acordo com o advogado contratado pelo GREBSERV, Walmir Bernardo Parisi, que atua há mais de 26 anos na área econômica, informou que fez uma representação no Ministério Público contra a gestão anterior. “O MP entendeu que essa questão tinha que ter um boletim de ocorrência, que foi feito, para que tenha um processo investigatório. A Polícia Civil está fazendo o levantamento para ver se transforma em uma ação criminal”, explicou.
O advogado explicou que também ingressou na Área Cível pedindo o ressarcimento dos valores e a ação está em fase inicial. Ele sugeriu que as pessoas entrem no site: https://consulta.tjpr.jus.br/projudi_consulta/ e busquem o processo 0005125-93.2024.8.16.0165 para saber do andamento.
