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Ao receber e posar para fotos com as mais diferentes lideranças/grupos políticos da cidade, o empresário talvez até demonstre maior simpatia por um do que outro, o que não significa uma declaração de apoio. Afinal, pagar de papagaio de pirata está na moda.
O empresário Álvaro Goes (Grupo GMAD) cotado para ser candidato a prefeito ou para compor a chapa majoritária como vice nas eleições de outubro, vem sendo cortejado por diversos grupos políticos. Indistintamente recebe a todos como empreendedor e, principalmente, presidente do glorioso Operário Ferroviário Esporte Clube (OFEC).
Dia destes, pessoas próximas à vice-prefeita/prefeita em exercício Elizabeth Schmidt (sem partido), informaram ao Blog do Johnny que ao convidar Goes para compor com ela a chapa majoritária como candidato a vice, ele teria pedido um prazo para pensar, o que foi prontamente desmentido pelo empresário.
Na última semana, o empresário Márcio Pauliki (SD) publicou nas redes sociais uma foto com Goes afirmando que ele faria parte de um grupo de lideranças que estão trabalhando na elaboração do seu plano de governo (PG+200), o que gerou diversas especulações sobre um eventual apoio e até uma dobradinha entre os dois. Desta vez, Goes não se pronunciou, e quem cala…
O prefeito Marcelo Rangel (PSDB) também já foi um entusiasta da candidatura de Álvaro Goes, assim como já sonhou com a candidatura do juiz federal Antônio César Bochenek, antes de ter o seu plano roubado pelo presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), Douglas Taques Fonseca, que lançou o nome do togado para representar a direita da cidade, uma espécie de salvador da pátria, inspirado na figura do ministro Sérgio Moro, o que é muito difícil de se concretizar, tendo em vista que Bochenek teria que renunciar a carreira na magistratura.
Goes também já recebeu e posou para fotos com o prefeito Marcelo Rangel (PSDB), o deputado federal Aliel Machado (PSB), Romualdo Camargo (Avante), também pré-candidatos a prefeito, Keyla Ávila (ligada à deputada federal Aline Sleutjes – PSL), o ex-prefeito e ex-deputado Jocelito Canto, os vereadores Paulo Balancin e Florenal, o empresário Lourival Pontarollo (Pode), o ex-governador Beto Richa (PSDB), entre outros.
Álvaro Goes possui uma história de sucesso muito bonita, de origem humilde se tornou um dos maiores empresários da cidade, com lojas em todo país. Como presidente do OFEC levou o time a conquistar os títulos de Campeão Paranaense (2015), Campeão Brasileiro – Série D e C (2017/2018) e a disputar/permanecer na Série B do Campeonato (2019).
Embora a sua participação no pleito seria de grande importância pela possibilidade de a população ter a opção de um novo nome para administrar a cidade, assim como Bochenek, basta uma rápida consulta para saber que os dois não são figuras conhecidas da maioria da população.
Quando decidiu candidatar-se a prefeito em 2012, Márcio Pauliki, por exemplo, trabalhou há pelo menos um ano e meio antes da eleição para construir a sua imagem e, mesmo com uma campanha bem estruturada, não chegou ao segundo turno.
Por mais que Álvaro e Bochenek decidam ser candidatos, é pouco provável que consigam conquistar a confiança do eleitor pontagrossense em tão pouco tempo (7 meses da eleição), espalhados em um amplo território e que prezam muito pelo contato corpo a corpo.
Tanto Goes quanto Bochenek devem sentem-se lisonjeados por ter os seus nomes cotados para a disputa pela Prefeitura, mas daí abrir dos negócios ou da carreira magistratura para se dedicar exclusivamente à cidade, com o risco de perder a eleição, é pouco provável.
Ao receber e posar para fotos com as mais diferentes lideranças/grupos políticos da cidade, Álvaro Goes talvez até demonstre maior simpatia por um do que outro, como é caso de Pauliki, dono das Lojas MM, patrocinador máster do OFEC, o que não significa uma declaração de apoio.
Afinal, pagar de papagaio de pirata está na moda, veja o efeito Bolsonaro na última eleição.